Microscópio
Já na antiguidade havia tentativas de reforçar a visão com auxílio de dispositivos óticos. Nas escavações de Nínive foram encontrados pedaços de vidro usados como lentes. Aristóteles refere-se claramente a uma lente, e Seneca descreveu o uso de globos de vidro para aumentar imagens. A partir do século XIV lentes começaram a ser usadas comumente para corrigir defeitos de visão e como dispositivos de aumento.
Este uso atingiu seu apogeu com Leeuwenhoek, que provavelmente deve ser considerado o primeiro verdadeiro microscopista. Detentor de uma técnica extremamente desenvolvida, levou o uso do microscópio simples (uma lente ou lupa) ao seu nível mais alto. Seus microscópios eram individualmente feitos para cada amostra e alguns de seus "pequenos animais"são examinados com aumentos de 300 vezes, façanha considerável mesmo em comparação com alguns instrumentos modernos.
O microscópio simples não é cômodo nas mãos do público em geral. Paralelamente ao desenvolvimento do telescópio no século XVII, surgiu o microscópio composto, constituido no mínimo de uma lente objetiva e de uma ocular. A invenção do microscópio composto é controvertida. A maioria dos historiadores situa sua origem na Holanda, por volta de 1600 e mencionam Jansen ou Lippershey como inventores. Convencionemos que a verdadeira história do microscópio começa em 1625, ano em Giovanni Faber cunhou o termo microscópio.
Os cem anos entre 1650 e 1750 podem ser considerados como época do desenvolvimento mecânico do microscópio. Em 1665 surgiu o célebre microscópio de Hooke. Este é talvez o protótipo do microscópio moderno, não só pela sua construção, mas por sua íntima ligação com a Micrographia, sem dúvida a mais famosa publicação de microscopia de sua época. Os microscópios de Cuffrepresentam um patamar no desenvolvimento do microscópio, que só foi sensivelmente ultrapassado após um século.
Acompanhando o desenvolvimento da mecânica fina em meados de século XVIII, Cuff passa do uso da madeira e couro para o metal, e reune pela primeira vez em um instrumento focalização por parafuso, platina para amostras, espelho para luz transmitida e refletida, que permitem equivalência com a disposição moderna. E, inevitavelmente, o rococó do século XVIII não poderia ter deixado de influenciar o microscópio.
O instrumento construido pelos Adams para o Rei George III, em prata e querubins, apesar de sua sofrível qualidade ótica, merece a atenção da crônica histórica.
A qualidade ótica dos microscópios não acompanhou o seu desenvolvimento mecânico. O grande problema eram as aberrações, principalmente o cromatismo.
Além de só fornecer uma pequena imagem central adequadamente focalizada, esta estava envolta por um halo colorido que inviabilizava o estudo de detalhes.
Nos cem anos entre 1800 e 1900 o microscópio finalmente conheceu a maturação ótica correspondente ao seu desenvolvimento mecânico. Em 1747 Euler desenvolveu a teoria da correção cromática. No final do século XVIII surgiram as primeiras tentativas de lentes acromáticas, mas só em 1830 Amici e J.J.Lister avançaram substancialmente na sua realização.
Coube a Abbe a contestação de que "aumentos cada vez maiores só dependeriam da perfeição de fabricação de lentes". Seus estudos mostraram que havia uma limitação básica para a resolução de um sistema ótico, relacionada ao diâmetro da lente e ao comprimento de onda da luz. Os trabalhos de Abbe resultaram na concepção das lentes apocromáticas em 1887. Estas lentes oferecem padrões de qualidade até então inexistentes, principalmente depois que Abbe, seguindo a sugestão de J.W.Stephenson, projetou a primeira lente de grande aumento de imersão a óleo, ou homogênea..
A qualidade ótica final atingiu assim o seu mais alto grau no início do século XX. A excelente correção das lentes apocromáticas foi extendida por Boegehold a partir de 1938 às lentes planoapocromáticas, cujo grande campo de visão corrigida as tornam especialmente importantes para a microfotografia e metalografia.
Mencionando ainda a introdução das camadas anti-refletoras, para controle da luz difusa, vemos que em meados do século XX, o microscópio atingiu praticamente os aumentos máximos previstos pela teoria, não sendo esperados grandes desenvolvimentos nesta direção. Evoluções importantes ocorreram no entanto no projeto dos microscópios.
Principios da Microscopia
A primeira pergunta que ouvimos do leigo ao ver um microscópio é: Qual é o aumento?
Na verdade, o aumento que tanto impressiona o usuário ocasional de microscopia, não é o parâmetro mais importante a considerar. Parece-nos, à primeira vista, que se dispusessemos de instrumentos perfeitos poderíamos examinar uma amostra com aumentos cada vez maiores, e perceber detalhes cada vez menores, até distinguir os átomos, ou quem sabe, as partículas que os compõem.
Não é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los separadamente. A esta distância chama-se "limite de resolução", e um aumento maior não revelará nenhum detalhe adicional da estrutura.
O elemento fundamental para a formação de uma imagem ampliada é a lente. Seu entendimento básico é pela chamada ótica geométrica, onde consideramos a luz como constituida de raios, que obedecem às leis da reflexão e da refração. As lentes comuns, baseadas em elementos esféricos, são no entanto sujeitas a defeitos que independem da qualidade de sua fabricação, denominados de aberrações. Dentre estas, as mais importantes são a aberração esférica e a aberração cromática. A aberração esférica determina que raios axiais que atravessam a lente próximos de seu eixo ótico são focalizadas em um ponto diferente daquele dos raios que passam pela periferia. Este defeito é inerente a uma lente esférica, e para uma lente isolada, só pode ser minimizado através da diminuição de seu diâmetro, ou seja, utilizando apenas raios paraxiais. A aberração cromática refere-se ao comportamento com luz branca, que, como sabemos, é constituida da soma de todas as cores do espectro luminoso. A distância focal de uma lente depende da cor da luz; e portanto raios de cores diferentes serão focalizados em pontos diferentes.
Estes defeitos se agravam à medida que usamos uma lente mais "forte", ou seja, com maiores aumentos. Foi com o objetivo de minimizar esta dificuldade que surgiu o microscópio composto, onde, pelo aumento sucessivo de duas lentes, obtemos o mesmo aumento atingido por uma só lupa. A qualidade da imagem fornecida pelo conjunto, por exemplo, de 5 X x 10 X será muito melhor do que a obtida por uma lente de 50 X. Estas aberrações podem ser largamente controladas caso utilizemos, ao invés de lentes simples, combinações de lentes de diversos perfís e com vidros de diferentes índices de refração. Da mesma maneira que em fotografia, dispomos para microscopia de lentes com complexidade, preço e qualidade crescentes. Os mais importantes avanços foram obtidos no século XIX, com as lentes acromáticas e apocromáticas.
Existe outro comportamento da luz que não pode ser interpretado pelas leis da ótica geométrica: é a difração, que exige que consideremos a luz como constituida de ondas transversais que se propagam no espaço.
Durante o século XIX , procurou-se aumentar o poder de resolução das lentes e dos microscópios pela construção de lentes cada vez mais perfeitas, na suposição de que isto levaria a aumentos crescentes, e supostamente, ilimitados.
Em 1880, Abbe demonstrou que na verdade a resolução de uma lente era limitada por difração, dependendo de sua abertura e do comprimento de onda da luz, segundo:
d = 0.61 l / n . sen a
onde l é o comprimento de onda da luz, n o índice de refração do meio, e a o ângulo de abertura da lente. Este resultado pode ser considerado um dos mais importantes, senão a fórmula fundamental da microscopia.
Para que haja formação de uma imagem, precisamos também de "contraste". Denominamos de contraste a capacidade de distinguir traços característicos da estrutura sobre o plano de fundo. Citando Veríssimo, não podemos ver com clareza um "gato branco em campo de neve". Além da simples absorção ou reflexão de energia pela amostra existem vários outros mecanismos de geração de contraste em microscopia.
É claro que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e lentes, e portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta interação de maneira mais geral, analizando o efeito de todo o espectro eletromagnético sobre a matéria; e por razões que se tornarão aparentes mais adiante, incluimos nest análise o efeito de um feixe de elétrons.
De um modo geral, uma excitação incidente desencadeará na matéria uma resposta, dita um sinal, que podemos adquirir por um sensor adequado. No caso especial de ocorrer a excitação por um feixe de elétrons acelerados, verifica-se a ocorrencia de múltiplos sinais.
Dois exemplos são bem conhecidos de todos: a imagem luminosa de um tubo de televisão, e a radiação emanante de um tubo de raios-X.
Evolução da Microscopia Eletrônica de Transmissão
A simples consideração da expressão de de Broglie indicaria a busca de microscópios de transmissão operando com tensão cada vez maior. Deste modo, o comprimento de onda associado à onda de elétrons diminuiria, melhorando a resolução. Infelizmente, este argumento não é tão simples; as crescentes dificuldades técnicas associadas ao aumento de tensão terminam por influir negativamente na resolução que pode ser obtida. Em alguns casos, no entanto, a alta tensão é desejável por outras razões.
Isto determinou que o microscópio eletrônico de transmissão se desenvolvesse em duas direções distintas: alta tensão (High voltage electron microscopy - HVEM) e alta resolução (High resolution electron microscopy - HREM).
A construção de microscópios de alta tensão, na faixa dos megavolts, que inicialmente buscava o objetivo discutido acima, encontrou sua aplicação no exame de amostras espessas, na indústria nuclear, e em determinadas aplicações biológicas. Considerações técnicas e de mercado fazem o HVEM um instrumento completamente diferente do TEM; enquanto este é um instrumento de produção seriada, o HVEM é, pelo seu vulto e complexidade, de construção especial.
Operam no mundo algumas poucas dezenas destes microscópios. Na maioria dos casos constituem laboratórios nacionais , para fazer face, pela operação centralizada, aos altos custos e disponibilidade de especialistas.
As principais características de operação destes instrumentos são:
Amostras mais espessas podem ser examinadas; estas podem ser mais representativas da estrutura interna dos materiais do que lâminas delgadas; em alguns casos, dispositivos integrais podem ser examinados;
A maior energia do feixe eletrônico resulta em maior interação com a estrutura da amostra, ocasionando danos semelhantes aos danos de irradiação, permitindo a geração e estudo de tais danos in situ;
Paradoxalmente, este mesmo excesso de energia causa menor dano em amostras biológicas, permitindo seu exame por mais tempo.
Por outro lado, o projeto de geradores de extra-alta-tensão, com características comparáveis de estabilidade de tensão, é problemática; os problemas de projeto de lentes, estabilidade mecânica e térmica, vulto do instrumento para a devida proteção de radiação, todos contribuem para que a resolução alcançada esteja comprometida acima de um determinado valor de tensão. Esta constatação deu origem a que se desenvolvessem microscópios destinados à resolução atômica ou da rede, operando em tensões intermediárias. Estes instrumentos operam geralmente na faixa de 500/600 kV, e têm um vulto comparável com os TEM normais.
Trata-se de microscópios onde todos os componentes são cuidadosamente otimizados para o resultado esperado, e também operados em laboratórios que fizeram dos problemas de alta resolução seu objetivo, em número bem delimitado no mundo. A interpretação de imagens de rede faz forte apelo ao uso de técnicas computacionais, e da desfocalização, para a computação e validação de hipóteses de estruturas.
Advento da Microscopia Eletrônica
Vimos que no começo do século XX, a microscopia ótica havia atingido o limite de resolução previsto pela teoria de Abbe. Uma vez que a qualidade das lentes não oferecia mais escôpo para progresso, o único caminho para conseguir maior resolução seria através da utilização de radiações com menor comprimento de onda. Em 1924 de Broglie formulou sua postulação da dualidade onda-partícula para elétrons, que lhes atribuia um comprimento de onda equivalente a
l = h / 2 m v  ou l = ( 150 / V )-1/2
onde l é o comprimento de onda, V a tensão de aceleração dos elétrons , h a constante de Planck e m, v a massa e velocidade dos elétrons. Portanto, a aceleração de elétrons a algumas dezenas de milhares de volts resulta em comprimento de onda da ordem de ångstroms, da ordem das dimensões atômicas.
A carga dos elétrons determina que que sejam influenciados por campos magnéticos e eletrostáticos, o que possibilita a construção de lentes. Em 1926 Busch descreveu a teoria básica de lentes eletrostáticas, logo em seguida complementada pela descrição das lentes magnéticas. A possibilidade de construção de um microscópio eletrônico foi imediatamente percebida por diversos pesquisadores, principalmente de grupos em Berlin, empenhados na construção de osciloscópios de raios catódicos. Dentre estes, Knoll e Ruska tomaram a dianteira, e rapidamente desenvolveram o instrumento a ponto de superarem, pela primeira vez em 1931, a resolução do microscópio ótico. Durante a década de '30, o instrumento conheceu sucessivos aperfeiçoamentos, e à véspera da 2a. Grande Guerra, iniciava sua comercialização pela firma Siemens.
A disposição do microscópio eletrônico de transmissão (MET) é semelhante ao do microscópio biológico, incluindo uma fonte de radiação, lentes condicionadoras do feixe, a amostra transparente aos elétrons, e aumento da imagem através de sucessivos estágios de lentes. As peculiaridades devidas ao uso de elétrons são a necessidade de estabelecer vácuo em todo o percurso dos elétrons, amostras muito finas, e aquisição da imagem por filmes ou telas fluorescentes.
A necessidade de dispor de amostras transparentes aos elétrons determinou o avanço da aplicação biológica em relação à metalurgia. Inicialmente o exame de materiais foi restrito ao uso de réplicas da superfície; foi só após 1955, quando Heidenreich obteve pela primeira vez lâminas finas da ordem de 100 nm, transparentes aos elétrons, que a estrutura interna de metais pode ser examinada.
O MET possibilita a obtenção de dois tipos principais de informações: morfológicas, e no caso de amostras cristalinas, cristalográficas.
Restringirmo-nos-emos às primeiras, preservando o caráter de microscopia strictu sensu desta conferência. Analisemos brevemente as origens do contraste da imagem em microscopia eletrônica de transmissão. Estas incluem absorção, contraste de fase e contraste de difração.
A absorção, de maior importância no caso de amostras biológicas ou amorfas, corresponde em princípio ao contraste de amplitude na microscopia ótica, e resulta da absorção diferenciada de elétrons por diversas regiões da amostra, seja por variação de espessura, seja por interação com atomos de maior ou menor número atômico. No caso da microscopia de materiais, este mecanismo surge como importante no caso do exame de réplicas. O contraste de fase resulta da interação entre feixes que percorrem regiões adjacentes da amostra, e entre as quais haja diferenças de fase provocadas por variações de espessura, estrutura cristalina, etc; notar no entanto que a origem clássica do contraste de fase em microscopia ótica, baseada na variação de índice de refração, não tem equivalente no MET. O estudo da interação entre a radiação e a matéria indica uma variação de intensidade periódica com a espessura da amostra, e com sua estrutura cristalina. Este contraste pode ser exemplificado pela observação de defeitos de empilhamento em cristais. Finalmente, uma vez que o comprimento de onda dos elétrons corresponde à distância interatômica nos sólidos, a difração se apresenta como fenômeno de importância. Aplica-se a mesma expressão de Bragg que vale para difração de raios-X, e que resulta em espalhamento elástico coerente para determinadas orientações da malha cristalina. A observação de discordâncias exemplifica este mecanismo.
Qual é a resolução que podemos esperar do MET? A simples consideração do comprimento de onda nos indicaria grande facilidade em resolver os átomos individualmente, uma vez que às tensões usuais de trabalho, entre 100 e 200 kV, corresponde algo como 0.3 nm. Tal resolução não é realizada na prática, devido à sérias deficiências na qualidade das lentes eletromagnéticas, principalmente em relação à aberração esférica. Esta só pode ser controlada através da redução radical da abertura numérica, mantendo os raios de elétrons praticamente paraxiais. Assim, enquanto que lentes óticas são projetadas com aberturas da ordem de pi/2, as lentes eletromagnéticas apresentam aberturas de cerca de 0.03 rad. A consideração da fórmula de Abbe nos indica portanto que as resoluções são muito piores do que o esperado. Se levarmos em conta outras dificuldades de projeto, como estabilidade elétrica, mecânica e térmica do conjunto, resulta modernamente uma resolução garantida, para um microscópio de rotina, de cerca de 0.2 nm para malhas periódicas, ou seja, o limiar da resolução atômica.
Fonte: www.coppe.ufrj.br
Microscópio
MICROSCOPIA
INTRODUÇÃO
A célula é um micromundo cujas as estruturas só podem ser observadas com o auxilio de instrumentos e técnicas especializadas que comporta alguns riscos dos quais é necessário estár consciente.
Sendo assim ouve uma convergençia de várias técnicas que ao longo dos tempos permitio estabelecer uma verdadeira « Anatomia das células ». Pelo geral o poder resolvente do olho humano é de 0.1mm, ou seja a menor distançia vista ou resolvida pelo olho humano é de duas linhas a 1mm de distançia, sendo evidente, isto prova a nessecidade do aparecimento do microscópio,ex: duas linhas a 100 um de distançia, veremos uma só linha.
A descoberta da célula, tal como todo o conhecimento humano, foi resultado de um longo percurso de investigação envolvendo interação de ideias e invenções de técnicas
HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO
Cronologicamente até o seculo XVII conhecia-se bastante sobre os orgãos que constituem os seres vivos, mas não sabiam como eram organizadas e constituidos(em unidades mais pequenas, as células)isto na época de Galileu que interessou para esse problema e fez quase um microscópio.
Neste mesmo século um Holandês, vendedor de roupas e especialista em lentes Anthony Van Leeuwenhoeck(1650-1700)construio o 1º microscópio simples que concistia, apenas numa única lente montada numa moldura simples, com um cistema para segurar o objeto à distançia. Van o usava para examinar tudo desde da água,à sua propria saliva.
Comunicou as descobertas, por carta á Royal Society de Londes onde na descrição dizia que descobrio pequenos animais(os protozoários ex: vorticela)e foi o primeiro homem a ver bactérias, e na época considerou-se a descoberta dum 3º mundo dos microrganismos(x270). Esses animais com fama(1676)foram designados anímáculos onde havia uma péssima imagem com lentes defícientes e com uma imagem pouco nitidas e deformadas.
30 anos mais tarde «tecidos fibrosos» «rete mirabile = rede maravinhosa» « papa» «lodo» e sucos nobres são algumas das designações usadas pelos cientistas do sec. XVII para descrever matéria viva. Robert Hook(1636-1703)pública o livro Micrografia onde é o 1º a descrever células. Examinou uma lámina muito fina de cortiça e coloco-a num dos 1º microscópios simples construidos, que é constituido por uma única lente e mais tarde associaram-se duas ou mais lentes até o microscópio composto simples que permitiram observações mais precisas das estruturas animais e vegetais. O seu aprofeiçoamento ao longo do sec. XVII iria permitir um avanço no estudo dos seres vivos. Contribuio tambem um zoológo, Malpighi(1628-1694).
Da célula Hook vio apenas as paredes esquelécticas, sem intervir na natureza real e na sua individualidade. Os seus trabalhos no entanto encorajaram outros cientistas a utilizarem o microscópio na observação de material bíologico.
A hipotese Hooke admitio que todos os seres vivos são constituidos por células(que eram porções de matéria que podiam ou não estar envolvidas por uma parede, citoplasma, nucleo.
Foi preciso 150 anos para que a noção de célula adquirisse o significado que têm hoje.
No sec. XVIII em 1838-39 entre uma conversa dos cientistas alemões, Schleiden o zoológo e Schwan o botânico, nasceu ou foi inuciada uma téoria geral da célula(Teoria Celular)que modificou as ideias no tempo e no espaço; « a celula é a unidade básica do metabolismo que contêm material hereditário e fisiologica, sob o ponto de vista estrutural e funcional, dos seres vivos e ou seja todos os organismos são constituidos por células, onde se desemrolam as reações da vida ».
Robert Brown(1831-1839)descrobrio o nucleo nas células vegetais,e um tempo depois o biologista alemão e médico Virchow(1855)acrescentou a teoria celular com « elas multiplicam-se por divisão dependente duma continuidade genetica entre célula mãe e células filhas»
A teoria celular constitui um grande marco da ciençia em geral,e da microscopia em particular.
Foi decissivo e essencial para tornar comprêncivel o desenvolvimento embrionário, e das leis da heriditariedade.
Com o aprofeiçoamento do microscópio, acomularam-se as provas sobre essa teoria unificadora da biologia, porque se foram observando cada vez mais estruturas no interior da substânçia gelatinosa da célula. Foi-se modificando e evoluindo a mecânica e a óptica do microscópio até os nossos dias onde existe o Microscópio Composto(Óptico)
Já na antiguidade se observaram, atravez de lascas de cristal trasparente, com superficíes curvas, dão imagens ampliadas dos objetos.
Desde então a biologia do sec.XVIII progredio em passos lentos devido à insuficiencia de meios materias e ópticos para observação dos « imfinitamente pequenos » ou fragmentos dos tecidos e de orgão de seres superiores.
A invenção do microscópio permitio preencher uma grande lacuna da ciençia onde hoje é possivel decompolos e estuda-los em dois tipos:
MICROSCÓPIO COMPOSTO OU ÓPTICO
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO
MICROSCÓPIO COMPOSTO OU ÓPTICO
Este aparelho fornece imagens ampliadas dos objetos, permitindo portanto a observação de estruturas invisiveis à vista desarmada. Haviam vários defeitos nestes microscópio no principio do sec.XIX a nivel do acromatismo e esfericidade que atualmente já foram corregidos com uma associação de lentes fabricados com materias especiais para esse fim, e as imagens têm vindo a ser mais nitidas e cada vez mais premenorizado. A ampliação é feita atravez de dois cistemas de lentes de ampliação(objetivas e oculares)suportados por uma série de péças mecânicos que permitem uma utilização prática desse aparenho.
A ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO
Pé, Coluna
Tubo
Parafusos(micrométrico e macrométrico)
PARTE MECANICA
Platina ou Estativo
Revolver
Sistemas de objetivas x20,x40,x100 etc...
Sistema oculares
PARTE ÓPTICA
Sistemas de iluminação
Espelho
Plano
Côncavo
Condensador
Diafragma
As OBJETIVAS são formadas por uma associação de lentes inceridas num suporte metálico e têm uma escritura na parte externa com o seu poder resolvente e de ampliação. A ampliação proporcionada pelo microscópio óptico deve-se em geral a uma conjugação do poder de sistemas de objetivas e do sistema ocular a ser usado; ex: 40xocular,120x objetivas= 40x100= 400 vezes de ampliação. Normalmente a ampliação tem limites,e se usar ampliações muito grandes as imagens começam a perder qualidade.
Falando do poder resolvente que tinhamos falado anteriormente(ex: duas linhas....), o poder resolvente é calculado com os parametros:
1) O comprimento de ondas eletromagnéticas de luz radiada que é limitádo(luz visivel entre 400nm a 700nm ou 0.01 um de comprimento)é limitádo para esse microscópio, e que é calculada atravez da velocidade da luz 300000 m\s sobre o tempo de uma onda.
2) NA objetivas e NA condensador = que são aberturas numéricas da objetiva e do condensador,onde NA é uma caracteristica especifica do sistemas de lentes ex: NA = n. sen #, n=indice de refração, # formado pelo eixo óptico.
Poder Resolvente = comprimento de onda da luz visivel
NA objetivas + NA condensador
Sendo assim o poder de resolução máxima é de 200 - 250 nm e o aumento máximo é de 1500x.
Neste microscópio o tipo de radiação é a LUZ natural ou artificial, daqui que as amostras podem ter animais vivos ou mortos e de preferençia fino e montado em material transparente, lâminas e lamelas de vidro, sobrepostas umas nas outras geralmente com amostras finissimas. LENTES em geral de vidros
DIAFRAGMA é um despositivo mecânico que serve para diminuir ou aumentar e evitar a incidênçia da luz que dificulta a observação de amostras muito finas e fica situado debaixo da plataforma e que serve de mediador entre a luz que vem do espelho ou lâmpada até ás amostras.
A imagem trasmitida é geralmente colorida.
O campo do microscópio tem uma certa profundidade, dai a possibilidade de podermos focar vários planos, ou seja, quando focamos um plano o de baixo e de cima ficarão desfocados como se fessem pequenas alturas diferentes e assim sucessivamente para os outros planos.
Para movimentar a imagem para outras posições deve-se deslocar a lamina sempre no sentido oposto a que queremos ir(mas atualmente à parafusos especiais na plataforma,e com precisão para esse fim ou seja para movimentar a amostra)(e ainda existem atualmentente parafusos micrometros para visualizar nitidamente no mesmo plano, e parafuso macromero para focar a imagem).
TIPOS DE MICROSCÓPIO COMPOSTO
MICROSCÓPIO DE CAMPO LUMINOSO as amostras podem ser coradas ou não, ex: bactérias coradas, serve para determinação de elementos morfológicos. Aumento 1000-2000 vezes todos os m. compostos.
MICROSCÓPIO DE CAMPO OBSCURO amostras não coradas e utilizan-se lentes que desviam raios luminosos onde aparece iluminado as amostras com fundo escuro e os microrganismos vão exibir alguns dados morfológicos caracteristicos em estado vivo e em suspenção liquida.
MICROSCÓPIO DE LUZ ULTRAVIOLETA utiliza como fonte de luz as radiações ultravioletas onde é vantajoso nas radiações visiveis e de condições de visibilidade e podem ser em amostras coradas e não coradas e podem ser fotografadas e deferençia-se os componentes e estruturas intra-celulares com maior ou menor absorção das diferentes partes atravez da luz ultra violeta.
MICROSCÓPIO DE CONTRASTE DE FASES se desviam raios luminosos com uma grande intencidade, com vários graus de brilho, e fazem-se exames de estruturas celulares em células vivas de microrganismos maiores: leveduras, algas, protozoários e bactérias.
MICROSCÓPIO DE FLUORESCENÇIA brilhante a corado por cor fluorecente e usa-se para técnicas diagnósticas com diferentes organismos e com diferentes fluoresçencia onde vai revelar a sua propria identidade como micrôrganismo.
A PREPARAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO PARA M. OPTICO
Deve ser feita temporariamente ou exporádicamente ou de preperação defenitiva, e deve-se ser de pequena espessura e é colocada sobre a lamina, mergulhando sobre solusões aquosas à ocasião. Ou tambem « in vivo » meio mormal de vida das células e com solusão de Ringer.
Há coloração especificada para ver diferentes e especificados organelos citoplasmática.
Podem ser os processos:
1) Colheita,
2) Fixação,
3) Desindiatação,
4) Inclusão,
5) Corte,
6) Colagem,
7) Desparafinação,
8) Montagem. E etc....
Vantagens do Microscópio Composto Óptico
Maior poder separador ou de resolução ou seja capacidade de distinguir X do Y aos permenores.
Quanto á luz, menor for o comprimento de onda maior é o poder resolvente do microscópio e o de luz ultravioleta menhora extraordináriamente as qualidades da imagem quanto aos permenores.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO
O fisico francês De Broglie em 1924 descobrio que os electrões possuiam uma natureza ondulatória e que as radiações ultravioletas tinham menor comprimento de onda. Assim sendo na decada de 30 o Prof. E. Ruska em 1933 constroi o 1º microscópio eletrônicoque na sua natureza é bastante volumoso e complexa tendo uma mesa com todos os comandos incluindo um monitor e com um tubo metálico com vários metros de comprimento.
Na sua natureza á um emissor de de feixes de electrões quanto á radiação, um conjunto de lentes eletromagnéticas, um cistema condensador, de objetivas, e de projetil.
O comprimento de ondas usado é variável entre 0.005 nm.
O poder de resolução maxima varia entre 0.5-0.2 nm = 500x m.óptico =10 Angst.
E o poder de ampliação maxima de 250000X -500000X -1000000X de vezes.
O seu funcionamento, no interior exige uma pressão de vácuo exagerado de(0.0001 a 0.0000001 mmHg), a uma voltagem de 4000 a 100000 volts, onde os seres vivos não conseguem suportar vivos(uma desvantagem)por serem muito delgados(uma prévia preparação), permitirão um nº suficiente de electrões o atravesse e forme uma imagem observadas de ultra-estruturas.