Garry kasparov


(1963 - ) Harry Weinstein ('Garry Kasparov')

Biografia:
Nasceu em Baku, capital do Azerbaijão, seu nome foi mais tarde mudado para Garry Kasparov para fazer soar mais "russo". Aos 17 ele ganhou o Campeonato Mundial Júnior e se tornou o mais jovem campeão do mundo aos 22 batendo Karpov em 1985. Ambos, Kasparov e Karpov elevavam-se acima de seus contemporâneos por outros 10 anos e manejavam fãs para a maior rivalidade da história do xadrez. Em 1993, Kasparov perdeu o campeonato da FIDE por recusar a jogar sobre as regras da FIDE e em vez disso, ajudou a fundar a Associação Professional de Enxadristas (PCA). Em 1995 ele bateu Anand para superar Fischer como o melhor jogador rankiado, mas foi o seu jogo contra o supercomputador da IBM - Deep Blue - que trouxe ele alguns de suas maiores publicidades. Em 1996 ele defendeu a honra de toda espécie humana batendo a supermáquina 4 vitóris contra 2 em 6 jogos, mas depois, a IBM fez muitos ajustes e Deep Blue voltou muito mais forte e em sua revanche em 1997, Kasparov sentiu (3.5 - 2.5). 

Estilo:
Kasparov calculava rapidamente e encontrava ricas novidades de aberturas, os quais são usualmente o produto de preparação profunda. Freqüentemente ele iria desistir de um peão ou um sacrifício material assim que suas peças tivessem mais mobilidade. Ele muitas vezes surpreendia os espectadores escolhendo descartadas aberturas assim como Gambito Escocês ou o preciso Gambito de Evans. Basicamente ele começava com 1. d4 e geralmente defendia-se contra 1. e4 com Siciliana de dois lados.

Incêndios televisivos


Incêndios televisivos
TV Tupi e afiliadas: Restam alguns registros dos anos 50, já que 90% dos programas eram ao vivo e o resto era gravado em filme, tais como a inauguração (programa TV na Taba), musical da Hebe Camargo e Ivon Curi cantando "Meu Pé de Manacá", diversos filmes de reportagens (disponíveis no site da Cinemateca), além de fragmentos de "Alô, Doçura", "TV de Vanguarda", "Falcão Negro" e outros. Dos anos 60, restaram algumas cenas de novelas como "O Direito de Nascer", "Antônio Maria", "Beto Rockfeller" e "Nino, o Italianinho" que estão na Cinemateca Brasileira. Aliás, as novelas foram o material que mais se preservou nos arquivos remanescentes da TV Tupi (SP). Corresponde à metade das 3850 fitas, inclusive tem algumas novelas que estão completas ou em compacto, como "A Viagem", "Éramos Seis", "O Direito de Nascer (1978)" e "O Profeta", enquanto que de outras como "Simplesmente Maria", "Mulheres de Areia", "A Barba Azul", "Ídolo de Pano" e muitas outras, há só alguns capítulos e cenas avulsas. Dos outros programas, há cenas do "Almoço com as Estrelas", "Clube dos Artistas", "Capitão Aza", "Estúdio A", "Hebe", "Chacrinha". Muitas fitas da sede paulista apodreceram depois da falência em um galpão de Cotia e foram resgatados pela Cinemateca em 1985 e quatro anos depois, passaram a ser recuperados com a ajuda da TV Cultura. Algumas fitas foram descobertas de uma forma espetacular, como o programa "Mais Cor em Sua Vida" (primeira transmissão em cores da emissora) e o histórico Pinga-Fogo com o Chico Xavier foi lançado em DVD (com muitas partes deterioradas). Na sede do Rio foi mais tenebroso, porque no antigo Cassino da Urca não tinha nenhuma condição de preservação e os filmes de reportagens foram achados na sala de refeitório extremamente deteriorados (devido à síndrome de vinagre). Foi feito então um acordo entre o Arquivo Nacional e a Globo para se tentar preservar mais alguma coisa. Prova disso é 536 fitas de videotape encontradas numa sala do prédio da Rádio Tupi no Rio de Janeiro com cenas do Chacrinha. Da TV Itacolomi(MG), possui algumas fitas com a TV Alterosa e os Associados em Minas. Quanto à TV Piratini (RS), a história é mais triste: o prédio da emissora passou a ser ocupado pela TVE e em 1983 e grande parte do material se perdeu num incêndio. O pouco que sobrou está deteriorando num museu em Porto Alegre. Das TVs Rádio Clube (PE) e TV Itapoan (BA), os arquivos se perderam em 1978 e 1974, respectivamente. Não há registro da existência em outras afiliadas.

Rede Globo: A emissora passou por três incêndios (em 1969, na sede paulista e nos anos de 1971 e 1976 no Rio de Janeiro e neste último estima-se que se perderam entre 920 e 1500 fitas). Por causa disso, só restaram alguns fragmentos e filmes da década de 60, como o filme da construção e inauguração da emissora, pequeno registro da primeira transmissão esportiva, do jogo de futebol entre o Brasil e a União Soviética, imagens da enchente ocorrida no Rio de Janeiro de 1966, filmes com cenas de programas "Sempre Mulher" (há uma entrevista de Edna Savaget e Zélia Gattai), vinhetas como "Vem aí mais um campeão de audiência do seu canal 4!" e "O que é bom está na Globo". Sobraram filmes raríssimos, como o do Pelé cantando no 1º aniversário da emissora, uma entrevista do jornalista Sérgio Porto e a da doença do Costa e Silva. Porém do primeiro Jornal Nacional, restam só os filmes de reportagens, já que a parte de estúdio se perdeu para sempre. De novelas mais antigas, restam cinejornais das novelas "O Sheik de Agadir", "Anastácia, a mulher sem destino", "A Rainha Louca" e "Véu de Noiva" e dos anos 70, só há 12 novelas completas e em compactos, tais como: "Irmãos Coragem", "Carinhoso", "Selva de Pedra", "O Bem-Amado", "O Espigão", "O Rebu", "Gabriela", "Escrava Isaura", "O Casarão", "Saramandaia", "Dancin'Days", "O Astro", "Pai Herói" e mais outras. No caso de Irmãos Coragem e Selva de Pedra resta um compacto com 138 e 80 capítulos, respectivamente. Outras novelas, como "Bandeira 2", "O Cafona", "Uma Rosa com Amor", "O Semideus", "Os Ossos do Barão", "Escalada", restam algumas cenas e pouquíssimos capítulos preservados. E já de "A Patota", "O Primeiro Amor", "O Bofe", "Cuca Legal", "Bicho do Mato", "Cavalo de Aço" restaram chamadas. No ramo da teledramaturgia, todos os Casos Especiais de 1971 a 1995 foram preservados, tais como: "Nº 1", "Meu Primeiro Baile", "O Médico e o Monstro", "O Crime de Zé Bigorna", "Dibuk, o Demônio", "O Matador" e outros tantos. Quanto à preservação das novelas, só passaram a ser interessar nos anos 80 por causa do quesito exportação. Mesmo assim, há novelas como "O Amor é Nosso" e "Terras do Sem Fim" que delas não restaram quase nada. De musicais, resta o "Festival Internacional da Canção", apesar de não haver registros de Milton Nascimento cantando "Travessia" e Geraldo Vandré cantando "Pra não dizer das flores". Do Som Livre Exportação sobraram só alguns fragmentos, como o da Elis Regina e Ivan Lins cantando "Madalena" e Os Mutantes ao som de "Ando Meio Desligado". Por outros lado, há os programas "Elis Especial" e "Viva Marília" catalogados, além de registros do "Hello Crazy People" (do Big Boy) e de "Sandra e Miele". Dos humorísticos, foram guardados somente 9 programas do Chico City e poucos episódios da 1ª versão da Grande Família, além de muitas esquetes do "Faça Humor, Não Faça Guerra", "Satiricom" e boa parte dos programas do "Planeta dos Homens", assim como diversos dos "Trapalhões". Dos infantis, sobrou pouca coisa de "Vila Sésamo" principalmente devido ao incêndio de 1976, "Shazan, Xerife e Cia.", "Globinho", restando diversos musicais infantis como "A Arca de Noé", "Pirlimpimpim" e "Casa de Brinquedos", além de muitos registros do "Amaral Netto, o Repórter (cujo acervo foi comprado pela Fundação Pró-Memória), Jornal Nacional, muitos segmentos do Fantástico, Globo Repórter e Globo Shell Especial, além das retrospectivas de 1975 em diante. Milagrosamente, todos os especiais de Roberto Carlos conseguiram se salvar, só que dos programas do Chacrinha na emissora não restou nada pré-1972 e uns ínfimos da década de 80. Dos programas "Telecatch", "Casamento na TV", "Sílvio Santos", "Tevefone", "Dercy Espetacular", "Dercy de Verdade", "Moacyr Franco" restaram pouquíssimos registros ou mesmo nada. O CEDOC (Centro de Documentação da Rede Globo) foi inaugurado em 1976 e hoje uma parte está lá e o resto no PROJAC. Cada fita tem um código de consulta e o acesso é feito por meio de robô gigante.

Rede Record: Foi uma das que mais se preocuparam em preservar os arquivos, mesmo com diversos incêndios que sofreu em sua trajetória. Existem muitas cenas da década de 50, como cenas da inauguração da emissora em 1953, filmetes de shows internacionais como Bill Halley e seus cometas, Louis Armstrong e Marlene Dietrich, inauguração da Avenida 23 de Maio, carregamento dos equipamentos do porto de Santos, uma entrevista com Juscelino Kubitstchek e outros. Muitos registros em videotape ainda existem, como as finais dos Festivais da Canção de 1966 a 1969, cenas do Troféu Roquette Pinto, Jovem Guarda, Show do Dia 7, três episódios da Família Trapo, pouquíssimos fragmentos de O Fino da Bossa e Astros do Disco, o programa da Hebe Camargo, alguns programas do Dia D (inclusive há a reportagem da repórter Cidinha Campos entrevistando o Pelé antes do mesmo fazer o milésimo gol da sua carreira), várias edições do programa Sambão, a primeira Bienal do Samba de 1968 (a segunda foi apagada), Quem tem Medo da Verdade?, algumas cenas de Os Insociáveis (precursor dos Trapalhões). Mais recentemente, há cenas do talk show Noites Cariocas, uns registros do Perdidos na Noite do Fausto Silva (antes da chegada dele à Bandeirantes). Por incrível que pareça, não resta cenas do primeiro ano do Note e Anote, restando algumas registros gravados por colecionadores e cenas de novelas antigas, como O Vendaval, Meu Adorável Mendigo e cenas do encerramento da primeira versão de As Pupilas do Senhor Reitor. Só foi a partir de 1997 que a emissora passou a não apagar mais os programas. Além disso, muitos rolos de filme e videotapes antigos (um lote com 600 registros raríssimos) foram descobertos quando a emissora estava organizando e recuperando o seu acervo graças à ajuda do Grupo Ressoar.

TV Excelsior: Realmente, a maioria dos registros se perderam com o incêndio que acabou com a emissora em 1969/70. Porém a Globo e a Gazeta já haviam pegado vários fitas. Prova disso é que no final dos anos 90 foi descoberto cerca de 100 fitas da emissora e foram restauradas em poder da Faculdade Cásper Líbero até serem doadas pra Cinemateca Brasileira em 2001, restando cenas de novelas como Redenção (um capítulo está nos arquivos da Globo), A Muralha, A Pequena Órfã, Sangue do Meu Sangue e Dez Vidas. Além disso, há a apresentação do cantor norte-americano Ray Charles de 1963 (que foi lançada em DVD) e uma série de vinhetas com as mascotes Ritinha e Paulinho, além de haver cenas de alguns musicais. Há o único registro do humorístico Times Square (gravado em super-8) e a uma série de fitas com programas antigos na TV Record Minas (ex-TV Vila Rica(MG) e algumas poucas cópias nas TV Paranaense e TV Gaúcha (atual RBS Porto Alegre). O ex-diretor do canal Álvaro de Moya em seu livro "Glória In Excelsior" afirma que assistiu uma cópia da série "Caminhos da Medicina", exibida em 1962 na antiga TV Morada do Sol em Araraquara (SP).

Rede Bandeirantes: Possui um dos arquivos mais completos entre as emissoras, mesmo após um atentado a bomba que destruiu a emissora em 1969, apenas dois anos depois de sua inauguração. Possui toda a série de 80 teleteatros da atriz Cacilda Becker, cenas e a abertura da novela "Nunca É Tarde Demais" e a inauguração da emissora também está documentada. Muitos musicais foram preservados e lançados em DVD mais tarde. Existem também vinhetas, inclusive a primeira em cores, a final de 1970 (em preto-e-branco) está preservada, além de mais quatro horas de gols que o Pelé fez entre 1967 e 1973. A partir de Cara a Cara, a emissora possui todas as suas novelas preservadas. E muitos programas infantis, como A Turma do Lambe-Lambe, Tutti Frutti, ZYB Bom estão conservados nos arquivos da emissora, assim como jornalísticos, programa da Silvia Poppovic e edições do programa Perdidos na Noite (entre 1986 e 1989), apesar de que há rumores da emissora não guardar bem os seus arquivos numa sala acondicionada.

SBT: Tem alguns registros entre 1981 e 1990, já que várias fitas molharam devido às enchentes. Mesmo assim, no Festival de 30 anos da emissora foram mostradas como Parada da Criança, Programa Silvio Santos e os "episódios perdidos" do Chaves e Chapolin que foram encontrados nos corredores da emissora. Mas boa parte das primeiras novelas se perderam, restando uns minutos com colecionadores, além de quadros do programa "Qual é Música?". Mesmo assim, foi por pouco que os primeiros programas do "Jô Soares Onze e Meia" não foram apagados, já que um lote do programa no ano de estréia (1988) continha o carimbo "apagar" e está com a própria produção do apresentador. Mas sobraram cenas do programa do Bozo, Mara Maravilha e há arquivado na íntegra o primeiro programa da "Praça é Nossa e além disso possui registros de quadros de 1975 do Silvio e a assinatura da concessão da TVS (RJ), primeira emissora própria de SS.

TV Cultura/TVE Brasil: A TV Cultura também preservou muitos programas antigos, mesmo sofrendo um incêndio em 1986. Restam filmes com a primeira emissão da emissora, vários programas Ensaio do diretor Fernando Faro. Dos programas Vila Sésamo, há apenas 4 programas na íntegra nos arquivos da emissora. Quase todos os registros de 1969 a 1980 foram passados pra filme. A primeira novela educativa (exibida em parceria com a Globo) Meu Pedacinho de Chão teve alguns capítulos preservados, bem como o programa Panorama com o único depoimento televisivo da escritora Clarice Lispector, alguns programas do Jardim Zoológico e Bambalalão estão nos arquivos do canal, assim como musicais da TVE e seriados educativos, como João de Silva e Márcia e Seus Problemas. Os capítulos dos seriados Mundo da Lua e Castelo Rá-Tim Bum estão quase que completos. Da TVE, restam musicais de Isaurinha Garcia, Jackson do Pandeiro e várias cenas de Elis Regina no festival de Montreux, bem como trechos da Turma do Lambe Lambe. Infelizmente, as fitas das Aventuras do Tio Maneco e Patati Patatá foram apagados, restando alguns escassos com colecionadores.

Rede Manchete: A maioria se perdeu depois da falência da emissora, restando alguns títulos de novelas que seriam reprisadas pelo SBT e Bandeirantes, que foram Dona Beija, Pantanal, A História de Ana Raio e Zé Trovão e Xica da Silva. Outros títulos já foram negociados pela JPO Produções, que ficou com a massa falida da emissora, sendo negociados. Na TV Cultura (SP), teve uma pessoa que arrematou num leilão equipamentos com cerca de 200 fitas da emissora, contendo vinhetas, jogos de futebol e musicais. O programa Documento Especial, de Nelson Hoineff foi reprisado no Canal Brasil a partir de cópias feitas em VHS pela produtora e apesar do sumiço dos arquivos da emissora, existem vários registros com colecionadores com vários momentos da emissora, pois a mesma teve a sorte de existir na época do vídeo-cassete doméstico. A Rede TV! pegou algumas fitas da Manchete e fez cópias para o seu acervo. Restam também uns registros da Manchete nos arquivos da Globo, como é o caso do programa Clube da Criança na fase apresentada pela Xuxa e Angélica. Alguns documentários da emissora foram lançados em vídeo e no DVD "Nossas Câmeras são Seus Olhos, há cenas de programas feitas pela produtora do falecido Fernando Barbosa Lima como Conexão Internacional, Xingu, a primeira temporada do Programa de Domingo e a novela censurada O Marajá.

RedeTV!: Mantém os arquivos desde sua inauguração até hoje gravados em DVD.

Rede Gazeta: Não manteve arquivos, só foram alguns programas especiais e cenas da inauguração da emissora.

Tsunami de 2004


Relembre como foi o tsunami de 2004 




no oceano Índico


Terremoto de magnitude 9,1 atingiu a costa da província indonésia de Aceh.
Ao menos 226 mil pessoas morreram.

O Japão sofreu nesta sexta-feira (11) o seu maior terremoto desde que os registros começaram a ser feitos no país. O tremor de magnitude 8,9, na costa nordeste do arquipélago, desencadeou uma onda sísmica que varreu casas, navios e carros, e que provocou uma alerta de tsunami para quase todos os países banhados pelo Pacífico.
Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 na costa da província indonésia de Aceh desencadeou um tsunami no oceano Índico, que causou a morte de cerca de 226 mil pessoas na Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e outros nove países.
Em 2009, a ONU recomendou aos países asiáticos mais propensos a catástrofes que reservassem 10 por cento das suas verbas de desenvolvimento para limitar o risco de desastres, especialmente tendo em conta o impacto das alterações climáticas.
A seguir, alguns números relacionados ao tsunami de 2004:
- 13 países afetados: Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia, Madagascar, Maldivas, Malásia, Mianmar, Seicheles, Somália, Quênia, Tanzânia e Bangladesh.
- 226.306 vítimas: 37.087 na Indonésia, 23.231 no Sri Lanka, 12.405 na Índia, 5.395 na Tailândia, 164 no leste da África, 82 nas Maldivas, 69 na Malásia, 61 em Mianmar e 2 em Bangladesh.
1,8 milhão de desabrigados
469 mil imóveis danificados ou destruídos
US$ 10,7 bilhões em prejuízo


Biografia de Alfredo Volpi



Biografia de Alfredo Volpi


Alfredo Volpi nasceu em Lucca, Itália, a 14 de abril de 1896. Em 1897, a família Volpi emigra para São Paulo e se estabelece na região do Ipiranga, com um pequeno comércio. Destino comum aos filhos de imigrantes italianos, Volpi inicia-se em trabalhos artesanais e, em 1911, torna-se pintor decorador. Talvez daí decorra o gosto pelo trabalho contínuo e gradual da sua linguagem estética, próprio da valorização de um “saber fazer”.
Até os anos 30, Volpi elabora sua técnica e, principalmente, a partir da década de 1930, emerge um trabalho mais consciente, utilizando-se das cores para a construção de um equilíbrio muito próprio. Por esses tempos, Volpi aproxima-se de artistas como Fúlvio Pennachi e Francisco Rebolo Gonsales, integrando o Grupo Santa Helena. A denominação do grupo, e a inserção de Volpi nele, é oriunda mais de uma proximidade física dos pintores (que pintavam em uma sala do Edifício Santa Helena) e da sua origem comum do que de uma identificação estética. Volpi destoava do grupo especialmente por não ser um pintor conservador.
Em 1938, Volpi conhece o pintor italiano Ernesto de Fiori. O encontro seria muito frutífero para ambos, e se deu numa época muito oportuna para Volpi, que enveredava para um caminho de maior liberdade estética.
Um acontecimento fundamental para a evolução de Volpi foi a sua “estada” em Itanhaém, entre 1939 e 1941. Sua esposa teve problemas de saúde e mudou-se para o litoral, a fim de se tratar. O artista a acompanhou, retornando a São Paulo apenas nos finais de semana, em que procurava vender suas obras. A gravidade da doença de Judite Volpi envolveu o artista em questionamentos que o fizeram rever sua obra e suas concepções, liberando um potencial criativo latente, ao qual Volpi finalmente conseguiria dar vazão. A tensão própria de situações-limite possibilitou para Volpi uma liberdade gestual que imprimiria uma nova dinâmica à sua obra. A série de marinhas que Volpi pinta a partir dessa época evidenciam uma obra muito própria que se desenvolveria gradualmente até atingir um ápice abstrato em que as composições eram compreendidas em termos de cores, linhas e formas.
Cabe ressaltar que Volpi recusava teorizações estéreis, mas estava sempre muito bem informado das correntes artísticas do seu tempo, embora não se filiasse explicitamente a nenhuma delas, já que sua trajetória era extremamente pessoal. Esse é um dos pontos que fazem dele um grande pintor: Volpi é moderno e atual sem se importar com rótulos artificiais. A diferença é que ele não precisava ser moderno ou popular; simplesmente era. 

Revolta da Vacina


Revolta da Vacina



No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Estava crescendo desordenadamente. Sem planejamento, as favelas e cortiços predominavam na paisagem. A rede de esgoto e coleta de lixo era muito precária, as vezes inexistente. Em decorrência disto, dezenas de doenças se proliferavam na população, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubônica, Varíola, entre outras enfermidades.
Oswaldo Cruz
Vendo a situação piorar cada dia mais, o então presidente Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no centro do Rio, implementando projetos de saneamento básico e urbanização. Ele designa Oswaldo Cruz, biólogo e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, que juntamente com o prefeito Pereira Passos, começam a reforma.
A reforma incluía a demolição das favelas e cortiços, expulsando seus moradores para as periferias, a criação das Brigadas Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionários do serviço sanitário e policiais que invadiam as casas, matando os insetos encontratos, etc. Essas medidas tomadas causaram revolta na população, e com a aprovação da Campanha da Vacinação Obrigatória, que obrigava as pessoas a serem vacinadas (os funcionários responsáveis pelo serviço tinham que vacinar as pessoas mesmo que elas não quisessem), a situação piorou. A população começou a fazer ataques à cidade, destruir bondes, prédios, trens, lojas, bases policiais, etc. Esse episódio da história brasileira ficou conhecido então como Revolta da Vacina.
Mais tarde, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. A revolta popular fez com que o governo suspendesse a lei, não sendo mais obrigatória. Para finalizar a rebelião, Alves coloca nas ruas o exército, polícia e marinha.
Ao final da revolta, o governo recomeça a vacinação da população, tendo como resultado a erradicação da varíola na cidade.

Revolta da Chibata


Revolta da Chibata



Revolta da Chibata ocorreu durante o governo de Hermes da Fonseca, em 1910. Foi um levante de cunho social, realizado em subdivisões da Marinha, sediadas no Rio de Janeiro. O objetivo era por fim às punições físicas a que eram submetidos os marinheiros, como as chicotadas, o uso da santa-luzia e o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento. Os marinheiros requeriam também uma alimentação mais saudável e que fosse colocada em prática a lei de reajuste de seus honorários, já votada pelo Congresso. De todos os pedidos requeridos, o que mais afligia os marujos eram os constantes castigos a que eram sujeitos. Esta situação revoltou os marinheiros, que eram obrigados, por seus comandantes, a assistir a todas as punições aplicadas, para que elas servissem de exemplo. Os soldados se juntavam e ao estampido de tambores traziam o rebelado, despido na parte de cima e com as mãos atadas, iniciando o castigo.
A sublevação deu-se quando um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou 250 chicotadas por ter machucado um companheiro da Marinha no interior do navio de guerra denominado Minas Gerais, que se encontrava a caminho do Rio de Janeiro. Os rebelados assassinaram o capitão do navio e mais três militares. Enquanto isso, na Baía de Guanabara, os insurgentes conseguiram a adesão dos marujos da nau São Paulo.
O condutor da insurreição, João Cândido – o célebre Almirante Negro –, foi o responsável por escrever a missiva com as solicitações exigidas para o fim da revolta.
O presidente Hermes da Fonseca percebeu que não se tratava de um blefe e decidiu ceder diante do ultimato dos insurgentes. Os marinheiros confiaram no presidente, entregaram as armas e os navios rebelados, mas com o término do conflito o governante não cumpriu com a sua palavra e baniu alguns marinheiros que haviam feito parte do motim. Os marinheiros não se omitiram diante deste fato, estourando outro levante na Ilha das Cobras, o qual foi severamente abafado pelas tropas do governo. Muitos marujos morreram, outros tantos foram banidos da Marinha. Quanto a João Cândido, foi aprisionado e atirado em um calabouço na Ilha das Cobras. Quando se livrou da prisão, encontrava-se emocionalmente amargurado, considerado até mesmo meio alucinado. Em 1912 ele foi julgado e considerado inocente. Historicamente ficou conhecido como o Almirante Negro, aquele que aboliu o uso da chibata na Marinha brasileira.

Concilio de Trento


Concilio de Trento
Enquanto João Paulo II encontra-se há 20 anos assentado no chamado trono de São Pedro, os cinco papas que governaram a Igreja durante os 18 anos do Concílio de Trento (1545-1563) tiveram pontificados de pequena duração.
Paulo III foi eleito papa aos 66 anos e morreu 15 anos depois. Júlio III foi eleito aos 63 e morreu cinco anos depois. Marcelo II foi eleito aos 54 (a 10 de abril de 1555) e morreu 22 dias depois (1o. de maio), Paulo IV foi eleito aos 79 e morreu quatro anos depois. E Pio IV foi eleito aos 60 e morreu sete anos depois. Com exceção do piedoso Marcelo II, todos os outros mancharam seus pontificados com a prática do nepotismo. Paulo IV, por exemplo, fez de seu sobrinho Carlos Carafa Cardeal Secretário de Estado. Esse homem era imoral e destituído de consciência e abusou de seu ofício para cometer extorsões vergonhosas.
O 19º Concílio Ecumênico da Igreja, mais conhecido como o Concílio de Trento , por ter se reunido em sua grande parte na cidade de Trento, ao norte da Itália, realizou 25 sessões plenárias em três períodos distintos, de 1545 a 1563. O primeiro período foi de 1545 a 1547. O segundo começou quatro anos depois, em 1551 e terminou no ano seguinte. O último período começou dez anos mais tarde, em 1562, e terminou no ano seguinte.
A essa altura, a Reforma Protestante já tinha se espalhado por todos os países da Europa Ocidental e da Europa Setentrional. A abertura do Concílio de Trento deu-se 28 anos depois do rompimento de Martin Lutero com Roma (outubro de 1517) e nove anos depois da primeira edição das Institutas da religião cristã, de João Calvino, em 1536 (um livro de formato pequeno, com 516 páginas). Outras edições em latim e francês já tinham sido publicadas. Por ocasião da abertura do Concílio (13 de dezembro de 1545), todos os reformadores, exceto Ulrico Zuínglio, ainda estavam vivos: Martin Lutero com 62 anos, Guilherme Farel com 56, Filipe Melanchton com 48, João Calvino com 36 e João Knox com 31. Lutero morreria no ano seguinte (1546).
O propósito do Concílio de Trento era fazer frente à Reforma Protestante, reafirmando as doutrinas tradicionais e arrumando a própria casa. Portanto houve duas reações distintas, uma na área teológica e outra na área vivencial. Um dos papas teria confessado que Deus permitiu a revolta protestante por causa dos pecados dos homens, "especialmente dos sacerdotes e prelados".
No que diz respeito à melhoria da conduta do clero, o Concílio foi muito positivo. Formulou-se uma legislação com o objetivo de eliminar os abusos. Os sacerdotes deveriam residir junto às paróquias, os bispos, na sede episcopal, monges e freiras em seus mosteiros e conventos. A Igreja deveria fundar seminários para preparar melhor seus sacerdotes.
Mas, no que diz respeito às doutrinas postas em dúvida pela Reforma Protestante, o Concílio de Trento nada fez senão confirmar o ensino tradicional católico. Enquanto os protestantes afirmavam que a Escritura Sagrada é a única regra de fé e prática dos cristãos, o Concílio colocava a tradição e os dogmas papais no mesmo pé de igualdade com a Bíblia. O Concílio declarou que a tradução latina da Bíblia, a Vulgata, era suficiente para qualquer discussão dogmática e só a Igreja tem o direito de interpretar as Escrituras. Também reafirmou a doutrina da transubstanciação, defendeu a concessão de indulgências, aprovou as preces dirigidas aos santos, definiu o sacrifício da missa, insistiu na existência do purgatório e ensinou que a justificação é o resultado da colaboração entre a graça de Deus e as obras meritórias do crente. Outra resolução do Concílio de Trento que acentua a diferença entre católicos e protestantes foi a inclusão de livros dêuteros canônicos no cânon bíblico.
Depois do Concílio de Trento , a cristantade ficou definitivamente dividida entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Protestante, por meio de suas diferentes denominações: valdenses, anabatistas, luteranos, presbiterianos (calvinistas) e outras. Como já havia uma divisão anterior, ocorrida em 1054, deve-se acrescentar o terceiro braço da Igreja Cristã: a Igreja Ortodoxa Grega.
A última sessão do Concílio de Trento aconteceu no dia 4 de dezembro de 1563. Nesse dia foram lidas todas as decisões tridentinas - todo o texto ou apenas seus começos - e encaminhadas ao Papa Pio IV para aprovação final, o que ocorreu menos de dois meses depois, em 26 de janeiro de 1564.
Durante o Concílio de Trento , os protestantes redigiram pelo menos três clássicas confissões de fé: a Confissão Escocesa (1560), o Catecismo de Heidelberg (1562) e a Segunda Confissão Helvética (1562). Os pontos doutrinários aí expostos não se afinam com as declarações tridentinas. As diferenças entre um credo e outro permanecem até hoje, embora a convivência entre um grupo e outro seja muito melhor neste final do século XX do que na primeira metade do século XVI.
Este Concilio teve especial importancia para os pesquisadores de genealogia devido a uma de suas resoluções, esta determinava que toda criança, para ser batizada na igreja catolica deveria possuir um nome cristão e um sobrenome de familia, desta forma, as familias que ainda não o possuiam foram obrigadas a assumir o termo que os identifica-se, o uso de sobrenomes familiares foi então implantado definitivamente.
Fonte: www.benzisobrenomes.com
Concílio de Trento

TRIDENTINO

O papa Paulo III convoca o Concílio de Trento para garantir a unidade da fé e da Igreja

O Concílio de Trento foi o XIX concílio ecumênico da Igreja (1545-63). Requisitada por várias partes e por muitas pessoas, dentre as quais o próprio Lutero por objetivos particulares e para escapar da condenação papal, a convocação de um concílio ecumênico concretizou-se só em 1545, após as malogradas tentativas realizadas pelo papa Paulo III em Mântua em 1537 e em Vicenza em 1538 e após o fracasso do colóquio de Ratisbona (1541) entre católicos e protestantes por iniciativa do imperador Carlos V. Convocado em Trento já em 1º de novembro de 1542, em uma cidade pertencente ao Império e, como tal, aceita pelos alemães e também pelos italianos, o concílio foi adiado pela retomada da guerra entre Francisco I e Carlos V para 1545, ou seja, após a paz de Crépy (setembro de 1544) em que os dois soberanos haviam concordado em celebrar um concílio, comprometendo-se a respeitar as suas decisões.
O Concílio Tridentino foi convocado pelo papa Paulo III com a bula Laetare Jerusalem (19-11-1544) e aberto em 13 de dezembro de 1545. A bula papal destinava ao concílio as seguintes tarefas: a condenação dos erros em matéria de fé, a reforma dos abusos, a reconstituição da unidade da Igreja, a cruzada contra os turcos. Tiveram direito a voto (com o método de votação por cabeça) os cardeais, os bispos residenciais, os gerais das Ordens religiosas e os representantes das congregações monásticas. Estiveram presentes, embora sem direito a voto, numerosos teólogos, representantes das mais diversas correntes teológicas, e os embaixadores dos príncipes católicos. Os trabalhos do concílio articularam-se mediante as congregações dos teólogos (reuniões de caráter privado e meramente consultivo), as congregações gerais dos padres (em que cada qual com direito a voto exprimia o seu parecer acerca das propostas de dogma ou de reforma) e as sessões solenes, que sempre ocorreram na catedral de Trento e em que se votavam definitivamente os decretos convencionados. Das dez sessões solenes desse primeiro período (oito em Trento e duas em Bolonha), a mais importante foi a quarta (8-4-1546), em que foi promulgado o decreto sobre a Sagrada Escritura (da qual foi estabelecido o cânon) e sobre as tradições apostólicas orais que devem ser acolhidas com a mesma reverência que a Sagrada Escritura. Na mesma sessão, foi aprovado o decreto sobre a edição Vulgata da Bíblia, ou seja, foi decidida a atribuição de autenticidade jurídica à tradução latina da Bíblia realizada por são Jerônimo, que a Igreja já utilizava havia séculos. Na quinta sessão (17-6-1546), foi aprovado o decreto sobre o pecado original voltado tanto contra algumas instâncias otimistas pelagianas como contra o pessimismo luterano que afirmava que o pecado original permanecia mesmo após o batismo. Na sexta sessão (13-1-1547), foi aprovado o decreto sobre a justificação, estruturado em 16 capítulos, em que se expunha a doutrina a ser aceita como verdadeira e, em 33 cânones, em que se condenavam os erros. Esse decreto, um dos mais importantes do Concílio Tridentino, constitui a resposta do magistério da Igreja à doutrina da graça e da justificação de Lutero e enfatiza que, na obra de justificação, a vontade humana atua juntamente com a graça divina, rejeitando assim a noção protestante de justiça puramente imputada. Na sétima sessão (3-3-1547), foi aprovado por unanimidade o decreto sobre os sacramentos, sinais eficazes da graça instituídos por Cristo, para os quais se reforçou o número de sete sacramentos. Além desses decretos dogmáticos, nesse primeiro período do concílio também foram aprovados alguns decretos de reforma, como os que versavam sobre a obrigação de residência dos bispos, a atribuição de benefícios eclesiásticos e o ensino de teologia e da Sagrada Escritura nas catedrais e nos conventos.

Paulo III decreta a suspensão do Concílio de Trento

Inaugurado com a presença de 31 bispos, a maioria italianos, sob a presidência dos legados papais, os cardeais Giovanni del Monte, Marcello Cervini e o inglês Reginald Pole, o Concílio de Trento foi suspenso por Paulo III em 1549, em decorrência da epidemia de tifo petequial e da transferência do concílio para Bolonha, também com o objetivo de subtrair-se à excessiva ingerência de Carlos V.

Reabertura do Concílio de Trento

Reaberto em 1551, após a suspensão, pelo papa Júlio III, sucessor de Paulo III, o Concílio de Trento chega a ter seis sessões solenes, mas é novamente suspenso em abril de 1552, devido ao fracasso das negociações com os protestantes e à traição de Maurício da Saxônia, que passara a apoiar os franceses. Contudo, no decorrer dessas sessões, o Concílio não deixou de discutir e aprovar importantes decretos, como os que versavam sobre a presença real de Cristo na Eucaristia (doutrina da transubstanciação), sobre a penitência (necessidade da confissão auricular) e sobre a extrema-unção.

Com Pio IV termina a última convocação do Concílio de Trento (1562-1563)

O Concílio de Trento foi retomado novamente, sobretudo graças ao papa Pio IV, sucessor de Paulo IV. Caracterizado por uma presença cada vez maior de padres, nesse terceiro período do Concílio foram realizadas nove sessões solenes. Na de 26 de fevereiro de 1562 (a XVIII sessão solene do Concílio), foi promulgado um decreto determinando a redação de um novo Índice de livros proibidos. Na sessão de 16 de julho de 1562 (a XXI), foi aprovado o decreto sobre a comunhão "sub utraque specie", que afirmava a presença real de Cristo sob cada uma das duas espécies do pão e do vinho. Na XXII sessão, de 17 de setembro, tratou-se do sacrifício da missa. Na sessão de 15 de julho de 1563 (a XXIII), a mais freqüentada, discutiu-se o sacramento da ordem sagrada. Dentre outros, destaca-se o cânon XVIII com o qual foram instituídos os seminários diocesanos para a formação intelectual e pastoral dos chamados ao sacerdócio. Na XXIV sessão, de 11 de novembro de 1563, foram promulgados um decreto dogmático sobre o sacramento do matrimônio e numerosos decretos disciplinares referentes aos sínodos diocesanos anuais, aos concílios provinciais trienais, às visitas pastorais, à pregação, à instrução religiosa do povo, à atribuição de benefícios eclesiásticos. A última sessão solene (a XXV) estendeu-se excepcionalmente por dois dias, de 3 a 4 de dezembro de 1563, e abordou questões dogmáticas relativas ao purgatório, às indulgências, ao culto aos santos, à veneração das imagens de Cristo, de Nossa Senhora e dos santos, além de várias questões disciplinares. A assembléia conciliar foi encerrada pelo cardeal Morone, que teve papel importante no projeto de reforma desse terceiro período do Concílio, cabendo ao papa Pio IV aprovar todos os decretos conciliares, conferindo-lhes força de lei. Em 13 de novembro de 1564, o próprio papa publicou a "Professio fidei tridentina" com uma profissão de fé relativa a todas as decisões dogmáticas do Concílio e uma promessa de obediência à Santa Sé.
Fonte: br.geocities.com
Concílio de Trento
O Concílio de Trento , realizado de 1545 a 1563, foi o 19º concílio ecuménico, convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica. A sua convocação surge no contexto da reacção da Igreja Católica à divisão que se vive na Europa do século XVI quanto à apreciação da Reforma Protestante. O Concílio de Trento foi o mais longo da história da Igreja: é chamado Concílio da Contra-Reforma. Emitiu numerosos decretos disciplinares. O concílio especificou claramente as doutrinas católicas quanto à salvação, os sacramentos e o cânon bíblico, em oposição aos protestantes e estandardizou a missa através da igreja católica, abolindo largamente as variações locais. A nova missa estandardizada tornou-se conhecida como a "Missa Tridentina", com base no nome da cidade de Trento, onde o concílio teve lugar. Regula também as obrigações dos bispos e confirma a presença de Cristo na eucaristia. São criados seminários como centros de formação sacerdotal e reconhece-se a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. É instituído o índice de livros proibidos Index Librorum Prohibitorum e reorganizada a Inquisição.
Celebrou-se em três períodos:

1º Período (1545-48)

Celebraram-se 10 sessões, promulgando-se os decretos sobre a Sagrada Escritura e tradição, o pecado original, a justificação e os sacramentos em geral e vários decretos de reforma;

2º Período (1551-52)

Celebraram-se 6 sessões, continuando a promulgar-se, simultaneamente, decretos de reforma e doutrinais ainda sobre sacramentos em geral, a eucaristia, a penitência, e a extrema-unção. A guerra entre Carlos V e os príncipes protestantes constituiu um perigo para os padres de Trento;

3º Período (1562-63)

Convocado pelo Papa Pio IV, foi presidido pelos legados careais Ercole Gonzaga, Seripando, Osio, Simonetta e Sittico. Estiveram ainda no concílio os cardeiais Luís Madruzzo, bispo de Trento e Carlos Guise. O Papa enviou os núncios Commendone e Delfino aos príncipes protestantes do império reunidos em Naumburgo, e Martinengo à Inglaterra para convidar os protestantes a virem ao concílio. Neste período realizaram-se 9 sessões, em que se promulgaram importantes decretos doutrinais, mas sobretudo decretos eficazes para a reforma da Igreja. Assinaram as suas actas 217 padres oriundos de 15 nações.
Os decretos tridentinos e os diplomas emanados do concílio, foram as principais fontes do direito eclesiástico durante os 4 séculos seguintes até à promulgação do Código de Direito Canónico.
Na história de Portugal, o concílio teve grande influência, quer pela participação e apoio dos reis, quer pela influência que os seus decretos tiveram na vida eclesiástica e social do país.
No 1º período participaram o bispo do Porto, Frei Baltazar Limpo, carmelita, e os teólogos dominicanos Frei Jerónimo de Azambuja, também embaixador régio, Frei Jorge de Santiago, e o franciscano Frei Francisco da Conceição. Logo que o bispo do Porto regressou de Trento, mandou D. João III que se reunisse com letrados para estudarem o modo de pôr em prática os decretos da reforma.
No fim do 2º período D. João III e o cardeal D. Henrique constituíram assembleias de peritos para porem em acção um grande plano de reforma, completando com os decretos do V Concílio Laterense aqueles pontos ainda não promulgados em Trento.
No 3º período, D. Fernando Martins de Mascarenhas e o Dr. André Velho não só actuaram como hábeis embaixadores, mas também se portaram como grandes senhores. D. Frei João Soares, agostiniano, bispo de Coimbra, levou uma comitiva de umas 30 pessoas, sendo conhecido o seu teólogo António Leitão. A caminho do concílio morreu o teólogo dominicano Fr. João Pinheiro, vice-reitor da Universidade de Coimbra. Acérrimo executor do Concílio foi o arcebispo de Braga Frei Bartolomeu dos Mártires, promulgando-o para Braga no sínodo bracarense e adaptando-o a toda a metrópole no IV Concílio Provincial Bracarense de 1566
Fonte: pt.wikipedia.org

Microscópio


Microscópio


Já na antiguidade havia tentativas de reforçar a visão com auxílio de dispositivos óticos. Nas escavações de Nínive foram encontrados pedaços de vidro usados como lentes. Aristóteles refere-se claramente a uma lente, e Seneca descreveu o uso de globos de vidro para aumentar imagens. A partir do século XIV lentes começaram a ser usadas comumente para corrigir defeitos de visão e como dispositivos de aumento.
Este uso atingiu seu apogeu com Leeuwenhoek, que provavelmente deve ser considerado o primeiro verdadeiro microscopista. Detentor de uma técnica extremamente desenvolvida, levou o uso do microscópio simples (uma lente ou lupa) ao seu nível mais alto. Seus microscópios eram individualmente feitos para cada amostra e alguns de seus "pequenos animais"são examinados com aumentos de 300 vezes, façanha considerável mesmo em comparação com alguns instrumentos modernos.
microscópio simples não é cômodo nas mãos do público em geral. Paralelamente ao desenvolvimento do telescópio no século XVII, surgiu o microscópio composto, constituido no mínimo de uma lente objetiva e de uma ocular. A invenção do microscópio composto é controvertida. A maioria dos historiadores situa sua origem na Holanda, por volta de 1600 e mencionam Jansen ou Lippershey como inventores. Convencionemos que a verdadeira história do microscópio começa em 1625, ano em Giovanni Faber cunhou o termo microscópio.
Os cem anos entre 1650 e 1750 podem ser considerados como época do desenvolvimento mecânico do microscópio. Em 1665 surgiu o célebre microscópio de Hooke. Este é talvez o protótipo do microscópio moderno, não só pela sua construção, mas por sua íntima ligação com a Micrographia, sem dúvida a mais famosa publicação de microscopia de sua época. Os microscópios de Cuffrepresentam um patamar no desenvolvimento do microscópio, que só foi sensivelmente ultrapassado após um século.
Acompanhando o desenvolvimento da mecânica fina em meados de século XVIII, Cuff passa do uso da madeira e couro para o metal, e reune pela primeira vez em um instrumento focalização por parafuso, platina para amostras, espelho para luz transmitida e refletida, que permitem equivalência com a disposição moderna. E, inevitavelmente, o rococó do século XVIII não poderia ter deixado de influenciar o microscópio.
O instrumento construido pelos Adams para o Rei George III, em prata e querubins, apesar de sua sofrível qualidade ótica, merece a atenção da crônica histórica.
A qualidade ótica dos microscópios não acompanhou o seu desenvolvimento mecânico. O grande problema eram as aberrações, principalmente o cromatismo.
Além de só fornecer uma pequena imagem central adequadamente focalizada, esta estava envolta por um halo colorido que inviabilizava o estudo de detalhes.
Nos cem anos entre 1800 e 1900 o microscópio finalmente conheceu a maturação ótica correspondente ao seu desenvolvimento mecânico. Em 1747 Euler desenvolveu a teoria da correção cromática. No final do século XVIII surgiram as primeiras tentativas de lentes acromáticas, mas só em 1830 Amici e J.J.Lister avançaram substancialmente na sua realização.
Coube a Abbe a contestação de que "aumentos cada vez maiores só dependeriam da perfeição de fabricação de lentes". Seus estudos mostraram que havia uma limitação básica para a resolução de um sistema ótico, relacionada ao diâmetro da lente e ao comprimento de onda da luz. Os trabalhos de Abbe resultaram na concepção das lentes apocromáticas em 1887. Estas lentes oferecem padrões de qualidade até então inexistentes, principalmente depois que Abbe, seguindo a sugestão de J.W.Stephenson, projetou a primeira lente de grande aumento de imersão a óleo, ou homogênea..
A qualidade ótica final atingiu assim o seu mais alto grau no início do século XX. A excelente correção das lentes apocromáticas foi extendida por Boegehold a partir de 1938 às lentes planoapocromáticas, cujo grande campo de visão corrigida as tornam especialmente importantes para a microfotografia e metalografia.
Mencionando ainda a introdução das camadas anti-refletoras, para controle da luz difusa, vemos que em meados do século XX, o microscópio atingiu praticamente os aumentos máximos previstos pela teoria, não sendo esperados grandes desenvolvimentos nesta direção. Evoluções importantes ocorreram no entanto no projeto dos microscópios.

Principios da Microscopia

A primeira pergunta que ouvimos do leigo ao ver um microscópio é: Qual é o aumento?
Na verdade, o aumento que tanto impressiona o usuário ocasional de microscopia, não é o parâmetro mais importante a considerar. Parece-nos, à primeira vista, que se dispusessemos de instrumentos perfeitos poderíamos examinar uma amostra com aumentos cada vez maiores, e perceber detalhes cada vez menores, até distinguir os átomos, ou quem sabe, as partículas que os compõem.
Não é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los separadamente. A esta distância chama-se "limite de resolução", e um aumento maior não revelará nenhum detalhe adicional da estrutura.
O elemento fundamental para a formação de uma imagem ampliada é a lente. Seu entendimento básico é pela chamada ótica geométrica, onde consideramos a luz como constituida de raios, que obedecem às leis da reflexão e da refração. As lentes comuns, baseadas em elementos esféricos, são no entanto sujeitas a defeitos que independem da qualidade de sua fabricação, denominados de aberrações. Dentre estas, as mais importantes são a aberração esférica e a aberração cromática. A aberração esférica determina que raios axiais que atravessam a lente próximos de seu eixo ótico são focalizadas em um ponto diferente daquele dos raios que passam pela periferia. Este defeito é inerente a uma lente esférica, e para uma lente isolada, só pode ser minimizado através da diminuição de seu diâmetro, ou seja, utilizando apenas raios paraxiais. A aberração cromática refere-se ao comportamento com luz branca, que, como sabemos, é constituida da soma de todas as cores do espectro luminoso. A distância focal de uma lente depende da cor da luz; e portanto raios de cores diferentes serão focalizados em pontos diferentes.
Estes defeitos se agravam à medida que usamos uma lente mais "forte", ou seja, com maiores aumentos. Foi com o objetivo de minimizar esta dificuldade que surgiu o microscópio composto, onde, pelo aumento sucessivo de duas lentes, obtemos o mesmo aumento atingido por uma só lupa. A qualidade da imagem fornecida pelo conjunto, por exemplo, de 5 X x 10 X será muito melhor do que a obtida por uma lente de 50 X. Estas aberrações podem ser largamente controladas caso utilizemos, ao invés de lentes simples, combinações de lentes de diversos perfís e com vidros de diferentes índices de refração. Da mesma maneira que em fotografia, dispomos para microscopia de lentes com complexidade, preço e qualidade crescentes. Os mais importantes avanços foram obtidos no século XIX, com as lentes acromáticas e apocromáticas.
Existe outro comportamento da luz que não pode ser interpretado pelas leis da ótica geométrica: é a difração, que exige que consideremos a luz como constituida de ondas transversais que se propagam no espaço.
Durante o século XIX , procurou-se aumentar o poder de resolução das lentes e dos microscópios pela construção de lentes cada vez mais perfeitas, na suposição de que isto levaria a aumentos crescentes, e supostamente, ilimitados.
Em 1880, Abbe demonstrou que na verdade a resolução de uma lente era limitada por difração, dependendo de sua abertura e do comprimento de onda da luz, segundo:

d = 0.61 l / n . sen a

onde l é o comprimento de onda da luz, n o índice de refração do meio, e a o ângulo de abertura da lente. Este resultado pode ser considerado um dos mais importantes, senão a fórmula fundamental da microscopia.
Para que haja formação de uma imagem, precisamos também de "contraste". Denominamos de contraste a capacidade de distinguir traços característicos da estrutura sobre o plano de fundo. Citando Veríssimo, não podemos ver com clareza um "gato branco em campo de neve". Além da simples absorção ou reflexão de energia pela amostra existem vários outros mecanismos de geração de contraste em microscopia.
É claro que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e lentes, e portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta interação de maneira mais geral, analizando o efeito de todo o espectro eletromagnético sobre a matéria; e por razões que se tornarão aparentes mais adiante, incluimos nest análise o efeito de um feixe de elétrons.
De um modo geral, uma excitação incidente desencadeará na matéria uma resposta, dita um sinal, que podemos adquirir por um sensor adequado. No caso especial de ocorrer a excitação por um feixe de elétrons acelerados, verifica-se a ocorrencia de múltiplos sinais.
Dois exemplos são bem conhecidos de todos: a imagem luminosa de um tubo de televisão, e a radiação emanante de um tubo de raios-X.

Evolução da Microscopia Eletrônica de Transmissão

A simples consideração da expressão de de Broglie indicaria a busca de microscópios de transmissão operando com tensão cada vez maior. Deste modo, o comprimento de onda associado à onda de elétrons diminuiria, melhorando a resolução. Infelizmente, este argumento não é tão simples; as crescentes dificuldades técnicas associadas ao aumento de tensão terminam por influir negativamente na resolução que pode ser obtida. Em alguns casos, no entanto, a alta tensão é desejável por outras razões.
Isto determinou que o microscópio eletrônico de transmissão se desenvolvesse em duas direções distintas: alta tensão (High voltage electron microscopy - HVEM) e alta resolução (High resolution electron microscopy - HREM).
A construção de microscópios de alta tensão, na faixa dos megavolts, que inicialmente buscava o objetivo discutido acima, encontrou sua aplicação no exame de amostras espessas, na indústria nuclear, e em determinadas aplicações biológicas. Considerações técnicas e de mercado fazem o HVEM um instrumento completamente diferente do TEM; enquanto este é um instrumento de produção seriada, o HVEM é, pelo seu vulto e complexidade, de construção especial.
Operam no mundo algumas poucas dezenas destes microscópios. Na maioria dos casos constituem laboratórios nacionais , para fazer face, pela operação centralizada, aos altos custos e disponibilidade de especialistas.
As principais características de operação destes instrumentos são:
Amostras mais espessas podem ser examinadas; estas podem ser mais representativas da estrutura interna dos materiais do que lâminas delgadas; em alguns casos, dispositivos integrais podem ser examinados;
A maior energia do feixe eletrônico resulta em maior interação com a estrutura da amostra, ocasionando danos semelhantes aos danos de irradiação, permitindo a geração e estudo de tais danos in situ;
Paradoxalmente, este mesmo excesso de energia causa menor dano em amostras biológicas, permitindo seu exame por mais tempo.
Por outro lado, o projeto de geradores de extra-alta-tensão, com características comparáveis de estabilidade de tensão, é problemática; os problemas de projeto de lentes, estabilidade mecânica e térmica, vulto do instrumento para a devida proteção de radiação, todos contribuem para que a resolução alcançada esteja comprometida acima de um determinado valor de tensão. Esta constatação deu origem a que se desenvolvessem microscópios destinados à resolução atômica ou da rede, operando em tensões intermediárias. Estes instrumentos operam geralmente na faixa de 500/600 kV, e têm um vulto comparável com os TEM normais.
Trata-se de microscópios onde todos os componentes são cuidadosamente otimizados para o resultado esperado, e também operados em laboratórios que fizeram dos problemas de alta resolução seu objetivo, em número bem delimitado no mundo. A interpretação de imagens de rede faz forte apelo ao uso de técnicas computacionais, e da desfocalização, para a computação e validação de hipóteses de estruturas.

Advento da Microscopia Eletrônica

Vimos que no começo do século XX, a microscopia ótica havia atingido o limite de resolução previsto pela teoria de Abbe. Uma vez que a qualidade das lentes não oferecia mais escôpo para progresso, o único caminho para conseguir maior resolução seria através da utilização de radiações com menor comprimento de onda. Em 1924 de Broglie formulou sua postulação da dualidade onda-partícula para elétrons, que lhes atribuia um comprimento de onda equivalente a

l = h / 2 m v &nbspou l = ( 150 / V )-1/2

onde l é o comprimento de onda, V a tensão de aceleração dos elétrons , h a constante de Planck e m, v a massa e velocidade dos elétrons. Portanto, a aceleração de elétrons a algumas dezenas de milhares de volts resulta em comprimento de onda da ordem de ångstroms, da ordem das dimensões atômicas.
A carga dos elétrons determina que que sejam influenciados por campos magnéticos e eletrostáticos, o que possibilita a construção de lentes. Em 1926 Busch descreveu a teoria básica de lentes eletrostáticas, logo em seguida complementada pela descrição das lentes magnéticas. A possibilidade de construção de um microscópio eletrônico foi imediatamente percebida por diversos pesquisadores, principalmente de grupos em Berlin, empenhados na construção de osciloscópios de raios catódicos. Dentre estes, Knoll e Ruska tomaram a dianteira, e rapidamente desenvolveram o instrumento a ponto de superarem, pela primeira vez em 1931, a resolução do microscópio ótico. Durante a década de '30, o instrumento conheceu sucessivos aperfeiçoamentos, e à véspera da 2a. Grande Guerra, iniciava sua comercialização pela firma Siemens.
A disposição do microscópio eletrônico de transmissão (MET) é semelhante ao do microscópio biológico, incluindo uma fonte de radiação, lentes condicionadoras do feixe, a amostra transparente aos elétrons, e aumento da imagem através de sucessivos estágios de lentes. As peculiaridades devidas ao uso de elétrons são a necessidade de estabelecer vácuo em todo o percurso dos elétrons, amostras muito finas, e aquisição da imagem por filmes ou telas fluorescentes.
A necessidade de dispor de amostras transparentes aos elétrons determinou o avanço da aplicação biológica em relação à metalurgia. Inicialmente o exame de materiais foi restrito ao uso de réplicas da superfície; foi só após 1955, quando Heidenreich obteve pela primeira vez lâminas finas da ordem de 100 nm, transparentes aos elétrons, que a estrutura interna de metais pode ser examinada.
O MET possibilita a obtenção de dois tipos principais de informações: morfológicas, e no caso de amostras cristalinas, cristalográficas.
Restringirmo-nos-emos às primeiras, preservando o caráter de microscopia strictu sensu desta conferência. Analisemos brevemente as origens do contraste da imagem em microscopia eletrônica de transmissão. Estas incluem absorção, contraste de fase e contraste de difração.
A absorção, de maior importância no caso de amostras biológicas ou amorfas, corresponde em princípio ao contraste de amplitude na microscopia ótica, e resulta da absorção diferenciada de elétrons por diversas regiões da amostra, seja por variação de espessura, seja por interação com atomos de maior ou menor número atômico. No caso da microscopia de materiais, este mecanismo surge como importante no caso do exame de réplicas. O contraste de fase resulta da interação entre feixes que percorrem regiões adjacentes da amostra, e entre as quais haja diferenças de fase provocadas por variações de espessura, estrutura cristalina, etc; notar no entanto que a origem clássica do contraste de fase em microscopia ótica, baseada na variação de índice de refração, não tem equivalente no MET. O estudo da interação entre a radiação e a matéria indica uma variação de intensidade periódica com a espessura da amostra, e com sua estrutura cristalina. Este contraste pode ser exemplificado pela observação de defeitos de empilhamento em cristais. Finalmente, uma vez que o comprimento de onda dos elétrons corresponde à distância interatômica nos sólidos, a difração se apresenta como fenômeno de importância. Aplica-se a mesma expressão de Bragg que vale para difração de raios-X, e que resulta em espalhamento elástico coerente para determinadas orientações da malha cristalina. A observação de discordâncias exemplifica este mecanismo.
Qual é a resolução que podemos esperar do MET? A simples consideração do comprimento de onda nos indicaria grande facilidade em resolver os átomos individualmente, uma vez que às tensões usuais de trabalho, entre 100 e 200 kV, corresponde algo como 0.3 nm. Tal resolução não é realizada na prática, devido à sérias deficiências na qualidade das lentes eletromagnéticas, principalmente em relação à aberração esférica. Esta só pode ser controlada através da redução radical da abertura numérica, mantendo os raios de elétrons praticamente paraxiais. Assim, enquanto que lentes óticas são projetadas com aberturas da ordem de pi/2, as lentes eletromagnéticas apresentam aberturas de cerca de 0.03 rad. A consideração da fórmula de Abbe nos indica portanto que as resoluções são muito piores do que o esperado. Se levarmos em conta outras dificuldades de projeto, como estabilidade elétrica, mecânica e térmica do conjunto, resulta modernamente uma resolução garantida, para um microscópio de rotina, de cerca de 0.2 nm para malhas periódicas, ou seja, o limiar da resolução atômica.
Fonte: www.coppe.ufrj.br
Microscópio

MICROSCOPIA

INTRODUÇÃO
A célula é um micromundo cujas as estruturas só podem ser observadas com o auxilio de instrumentos e técnicas especializadas que comporta alguns riscos dos quais é necessário estár consciente.
Sendo assim ouve uma convergençia de várias técnicas que ao longo dos tempos permitio estabelecer uma verdadeira « Anatomia das células ». Pelo geral o poder resolvente do olho humano é de 0.1mm, ou seja a menor distançia vista ou resolvida pelo olho humano é de duas linhas a 1mm de distançia, sendo evidente, isto prova a nessecidade do aparecimento do microscópio,ex: duas linhas a 100 um de distançia, veremos uma só linha.
A descoberta da célula, tal como todo o conhecimento humano, foi resultado de um longo percurso de investigação envolvendo interação de ideias e invenções de técnicas
HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO
Cronologicamente até o seculo XVII conhecia-se bastante sobre os orgãos que constituem os seres vivos, mas não sabiam como eram organizadas e constituidos(em unidades mais pequenas, as células)isto na época de Galileu que interessou para esse problema e fez quase um microscópio.
Neste mesmo século um Holandês, vendedor de roupas e especialista em lentes Anthony Van Leeuwenhoeck(1650-1700)construio o 1º microscópio simples que concistia, apenas numa única lente montada numa moldura simples, com um cistema para segurar o objeto à distançia. Van o usava para examinar tudo desde da água,à sua propria saliva.
Comunicou as descobertas, por carta á Royal Society de Londes onde na descrição dizia que descobrio pequenos animais(os protozoários ex: vorticela)e foi o primeiro homem a ver bactérias, e na época considerou-se a descoberta dum 3º mundo dos microrganismos(x270). Esses animais com fama(1676)foram designados anímáculos onde havia uma péssima imagem com lentes defícientes e com uma imagem pouco nitidas e deformadas.
30 anos mais tarde «tecidos fibrosos» «rete mirabile = rede maravinhosa» « papa» «lodo» e sucos nobres são algumas das designações usadas pelos cientistas do sec. XVII para descrever matéria viva. Robert Hook(1636-1703)pública o livro Micrografia onde é o 1º a descrever células. Examinou uma lámina muito fina de cortiça e coloco-a num dos 1º microscópios simples construidos, que é constituido por uma única lente e mais tarde associaram-se duas ou mais lentes até o microscópio composto simples que permitiram observações mais precisas das estruturas animais e vegetais. O seu aprofeiçoamento ao longo do sec. XVII iria permitir um avanço no estudo dos seres vivos. Contribuio tambem um zoológo, Malpighi(1628-1694).
Da célula Hook vio apenas as paredes esquelécticas, sem intervir na natureza real e na sua individualidade. Os seus trabalhos no entanto encorajaram outros cientistas a utilizarem o microscópio na observação de material bíologico.
A hipotese Hooke admitio que todos os seres vivos são constituidos por células(que eram porções de matéria que podiam ou não estar envolvidas por uma parede, citoplasma, nucleo.
Foi preciso 150 anos para que a noção de célula adquirisse o significado que têm hoje.
No sec. XVIII em 1838-39 entre uma conversa dos cientistas alemões, Schleiden o zoológo e Schwan o botânico, nasceu ou foi inuciada uma téoria geral da célula(Teoria Celular)que modificou as ideias no tempo e no espaço; « a celula é a unidade básica do metabolismo que contêm material hereditário e fisiologica, sob o ponto de vista estrutural e funcional, dos seres vivos e ou seja todos os organismos são constituidos por células, onde se desemrolam as reações da vida ».
Robert Brown(1831-1839)descrobrio o nucleo nas células vegetais,e um tempo depois o biologista alemão e médico Virchow(1855)acrescentou a teoria celular com « elas multiplicam-se por divisão dependente duma continuidade genetica entre célula mãe e células filhas»
A teoria celular constitui um grande marco da ciençia em geral,e da microscopia em particular.
Foi decissivo e essencial para tornar comprêncivel o desenvolvimento embrionário, e das leis da heriditariedade.
Com o aprofeiçoamento do microscópio, acomularam-se as provas sobre essa teoria unificadora da biologia, porque se foram observando cada vez mais estruturas no interior da substânçia gelatinosa da célula. Foi-se modificando e evoluindo a mecânica e a óptica do microscópio até os nossos dias onde existe o Microscópio Composto(Óptico)
Já na antiguidade se observaram, atravez de lascas de cristal trasparente, com superficíes curvas, dão imagens ampliadas dos objetos.
Desde então a biologia do sec.XVIII progredio em passos lentos devido à insuficiencia de meios materias e ópticos para observação dos « imfinitamente pequenos » ou fragmentos dos tecidos e de orgão de seres superiores.
A invenção do microscópio permitio preencher uma grande lacuna da ciençia onde hoje é possivel decompolos e estuda-los em dois tipos:
MICROSCÓPIO COMPOSTO OU ÓPTICO
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO

MICROSCÓPIO COMPOSTO OU ÓPTICO

Este aparelho fornece imagens ampliadas dos objetos, permitindo portanto a observação de estruturas invisiveis à vista desarmada. Haviam vários defeitos nestes microscópio no principio do sec.XIX a nivel do acromatismo e esfericidade que atualmente já foram corregidos com uma associação de lentes fabricados com materias especiais para esse fim, e as imagens têm vindo a ser mais nitidas e cada vez mais premenorizado. A ampliação é feita atravez de dois cistemas de lentes de ampliação(objetivas e oculares)suportados por uma série de péças mecânicos que permitem uma utilização prática desse aparenho.

A ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO

Pé, Coluna
Tubo
Parafusos(micrométrico e macrométrico)
PARTE MECANICA
Platina ou Estativo
Revolver
Sistemas de objetivas x20,x40,x100 etc...
Sistema oculares
PARTE ÓPTICA
Sistemas de iluminação
Espelho
Plano
Côncavo
Condensador
Diafragma
As OBJETIVAS são formadas por uma associação de lentes inceridas num suporte metálico e têm uma escritura na parte externa com o seu poder resolvente e de ampliação. A ampliação proporcionada pelo microscópio óptico deve-se em geral a uma conjugação do poder de sistemas de objetivas e do sistema ocular a ser usado; ex: 40xocular,120x objetivas= 40x100= 400 vezes de ampliação. Normalmente a ampliação tem limites,e se usar ampliações muito grandes as imagens começam a perder qualidade.
Falando do poder resolvente que tinhamos falado anteriormente(ex: duas linhas....), o poder resolvente é calculado com os parametros:
1) O comprimento de ondas eletromagnéticas de luz radiada que é limitádo(luz visivel entre 400nm a 700nm ou 0.01 um de comprimento)é limitádo para esse microscópio, e que é calculada atravez da velocidade da luz 300000 m\s sobre o tempo de uma onda.
2) NA objetivas e NA condensador = que são aberturas numéricas da objetiva e do condensador,onde NA é uma caracteristica especifica do sistemas de lentes ex: NA = n. sen #, n=indice de refração, # formado pelo eixo óptico.
Poder Resolvente = comprimento de onda da luz visivel
NA objetivas + NA condensador
Sendo assim o poder de resolução máxima é de 200 - 250 nm e o aumento máximo é de 1500x.
Neste microscópio o tipo de radiação é a LUZ natural ou artificial, daqui que as amostras podem ter animais vivos ou mortos e de preferençia fino e montado em material transparente, lâminas e lamelas de vidro, sobrepostas umas nas outras geralmente com amostras finissimas. LENTES em geral de vidros
DIAFRAGMA é um despositivo mecânico que serve para diminuir ou aumentar e evitar a incidênçia da luz que dificulta a observação de amostras muito finas e fica situado debaixo da plataforma e que serve de mediador entre a luz que vem do espelho ou lâmpada até ás amostras.
A imagem trasmitida é geralmente colorida.
O campo do microscópio tem uma certa profundidade, dai a possibilidade de podermos focar vários planos, ou seja, quando focamos um plano o de baixo e de cima ficarão desfocados como se fessem pequenas alturas diferentes e assim sucessivamente para os outros planos.
Para movimentar a imagem para outras posições deve-se deslocar a lamina sempre no sentido oposto a que queremos ir(mas atualmente à parafusos especiais na plataforma,e com precisão para esse fim ou seja para movimentar a amostra)(e ainda existem atualmentente parafusos micrometros para visualizar nitidamente no mesmo plano, e parafuso macromero para focar a imagem).

TIPOS DE MICROSCÓPIO COMPOSTO

MICROSCÓPIO DE CAMPO LUMINOSO as amostras podem ser coradas ou não, ex: bactérias coradas, serve para determinação de elementos morfológicos. Aumento 1000-2000 vezes todos os m. compostos.
MICROSCÓPIO DE CAMPO OBSCURO amostras não coradas e utilizan-se lentes que desviam raios luminosos onde aparece iluminado as amostras com fundo escuro e os microrganismos vão exibir alguns dados morfológicos caracteristicos em estado vivo e em suspenção liquida.
MICROSCÓPIO DE LUZ ULTRAVIOLETA utiliza como fonte de luz as radiações ultravioletas onde é vantajoso nas radiações visiveis e de condições de visibilidade e podem ser em amostras coradas e não coradas e podem ser fotografadas e deferençia-se os componentes e estruturas intra-celulares com maior ou menor absorção das diferentes partes atravez da luz ultra violeta.
MICROSCÓPIO DE CONTRASTE DE FASES se desviam raios luminosos com uma grande intencidade, com vários graus de brilho, e fazem-se exames de estruturas celulares em células vivas de microrganismos maiores: leveduras, algas, protozoários e bactérias.
MICROSCÓPIO DE FLUORESCENÇIA brilhante a corado por cor fluorecente e usa-se para técnicas diagnósticas com diferentes organismos e com diferentes fluoresçencia onde vai revelar a sua propria identidade como micrôrganismo.

A PREPARAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO PARA M. OPTICO

Deve ser feita temporariamente ou exporádicamente ou de preperação defenitiva, e deve-se ser de pequena espessura e é colocada sobre a lamina, mergulhando sobre solusões aquosas à ocasião. Ou tambem « in vivo » meio mormal de vida das células e com solusão de Ringer.
Há coloração especificada para ver diferentes e especificados organelos citoplasmática.
Podem ser os processos:
1) Colheita,
2) Fixação,
3) Desindiatação,
4) Inclusão,
5) Corte,
6) Colagem,
7) Desparafinação,
8) Montagem. E etc....
Vantagens do Microscópio Composto Óptico
Maior poder separador ou de resolução ou seja capacidade de distinguir X do Y aos permenores.
Quanto á luz, menor for o comprimento de onda maior é o poder resolvente do microscópio e o de luz ultravioleta menhora extraordináriamente as qualidades da imagem quanto aos permenores.

MICROSCÓPIO ELETRÔNICO

O fisico francês De Broglie em 1924 descobrio que os electrões possuiam uma natureza ondulatória e que as radiações ultravioletas tinham menor comprimento de onda. Assim sendo na decada de 30 o Prof. E. Ruska em 1933 constroi o 1º microscópio eletrônicoque na sua natureza é bastante volumoso e complexa tendo uma mesa com todos os comandos incluindo um monitor e com um tubo metálico com vários metros de comprimento.
Na sua natureza á um emissor de de feixes de electrões quanto á radiação, um conjunto de lentes eletromagnéticas, um cistema condensador, de objetivas, e de projetil.
O comprimento de ondas usado é variável entre 0.005 nm.
O poder de resolução maxima varia entre 0.5-0.2 nm = 500x m.óptico =10 Angst.
E o poder de ampliação maxima de 250000X -500000X -1000000X de vezes.
O seu funcionamento, no interior exige uma pressão de vácuo exagerado de(0.0001 a 0.0000001 mmHg), a uma voltagem de 4000 a 100000 volts, onde os seres vivos não conseguem suportar vivos(uma desvantagem)por serem muito delgados(uma prévia preparação), permitirão um nº suficiente de electrões o atravesse e forme uma imagem observadas de ultra-estruturas.