Demóstenes

Demóstenes
(Político e o maior dos oradores gregos )
384 - 322 a. C.


Político e o maior dos oradores gregos e da Antigüidade, segundo Plutarco, nascido em Atenas, associou a honradez política com o ideal democrático e, pelo seu simbolismo, alguns historiadores o consideram o maior orador de todos os tempos. De família rica, mas com a fortuna herdada perdida pelos seus tutores, decidiu dedicar-se à oratória, submetendo-se a uma severa preparação que moldou seu caráter inflexível: conta-se que como era gago, para superar o defeito colocava pedrinhas na boca durante os exercícios, à beira-mar. Seu primeiro feito foi quando derrotou brilhantemente ante os tribunais seu tutor Áfobo (363 a. C.). Durante algum tempo trabalhou como logógrafo, tarefa que consistia em redigir discursos para particulares que iam defender suas próprias causas nos tribunais. Sua preocupação com o expansionismo de Filipe II da Macedônia constituiu o tema central de seus discursos mais célebres, as Filípicas (351-341 a. C.), em que conclamava os concidadãos a resistirem ao invasor macedônio e, depois da derrota de Atenas, em Queronéia (338 a. C.), tornou-se o mais aguerrido líder da facção antimacedônica. Seu mais famoso discurso escrito foi Oração da coroa (330 a. C.), contra Alexandre o Grande, sucessor de Filipe, após ter recebido dos atenienses, em reconhecimento por sua luta em defesa da liberdade, uma coroa de ouro, e ser atacado por seu inimigo Ésquines, defensor da política macedônica, que argumentou ser ilegal essa homenagem. A resposta de Demóstenes naquele discurso, considerado obra-prima da oratória, foi tão brilhante que Ésquines acabou exilado. Acusado de cumplicidade com Hárpalo, lugar-tenente de Alexandre que saqueara o tesouro real (324 a. C.), o famoso orador fugiu de Atenas, mas com a morte de Alexandre o Grande, foi chamado de volta pelos atenienses (323 a. C.), e novamente os incitou à guerra contra os macedônios. Depois da derrota de Atenas, o general macedônio Antíparo mandou capturá-lo. Refugiado na ilha de Caláuria, para não ser preso suicidou-se com veneno.

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