aterros sanitários no Brasil



Faltam aterros sanitários no Brasil


Em 64% dos municípios brasileiros, todo o lixo produzido é jogado em terrenos que não passam por nenhum tipo de controle. Os lixões contaminam o solo e a água, além de representar risco à saúde.

Na série especial sobre a ameaça ambiental do lixo, que o Jornal Nacional está exibindo esta semana, a gente viu como alguns países estão fazendo para reaproveitar os resíduos. Mas, aqui no Brasil, faltam lugares adequados pra depositar esses rejeitos.
O repórter Paulo Renato Soares mostra a diferença enorme que existe entre um aterro sanitário decente e um lixão comum das nossas cidades.
Botar o lixo pra fora de casa é uma tarefa tão corriqueira que nem perguntamos o que acontece depois. “Para onde vai, eu não sei”.
A montanha de lixo gerada todos os dias tem que ir pra algum lugar. E é aí que começa um grande problema. A maioria das cidades brasileiras não trata de maneira adequada os resíduos gerados pela população.
Segundo o último censo do IBGE, feito no ano 2000, em 64% dos municípios tudo é jogado em terrenos que não passam por nenhum tipo de controle: os lixões.
Acumulado a céu aberto, o lixo contamina o solo e também a água e pode provocar problemas de saúde até em populações que vivem longe dessas áreas. E mesmo depois que deixam de ser usados, os lixões representam riscos e podem acabar em tragédias.
A favela no Morro do Bumba, em Niterói, que desmoronou por causa das chuvas no início de abril, tinha sido erguida na área de um lixão abandonado.
“O lixão é um local em que não tem um sistema de controle do que entra lá, podem entrar resíduos perigosos, podem entrar resíduos radiotivos, etc”.
Cuidar do lixo é um desafio enorme. Apenas 14% dos municípios brasileiros têm aterro sanitário, que não tem nada a ver com os lixões.
Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a operação começou há sete anos e é responsabilidade de uma empresa privada que ganhou a concessão por 20 anos.
O que acontece no local é uma obra de engenharia. Antes de receber o lixo, o terreno passa por uma rigorosa preparação. Um tipo de plástico muito resistente cobre o lugar para proteger o solo e as águas subterrâneas.
Em seguida, um sistema de drenagem é instalado para captar líquidos e gases gerados na decomposição.
O lixo é depositado em camadas, sempre intercalando com argila. Quando atinge uma determinada altura, o terreno não pode mais ser usado.
O morro que se formou recebe outra manta plástica para impedir que a água da chuva espalhe os resíduos. Por fim, a área recebe uma vegetação.
O lixo bem cuidado, armazenado em condições que não agridem o meio ambiente, é questão fundamental de saúde pública, mas tem outros benefícios.
O que não pode ser mais reaproveitado nem reciclado não precisa ficar enterrado e esquecido. Aterros sanitários também têm um grande potencial econômico.
O chorume, esse líquido escuro e poluente que sai do lixo, vira água limpa de novo ao passar por um sistema complexo de filtragem. Só não pode ser usada para beber.
Em São Paulo, uma usina termelétrica aproveita os gases gerados na decomposição dos resíduos de dois aterros para produzir energia suficiente para o consumo de 800 mil pessoas.
Mas para o pesquisador ambiental, é preciso investir em outras tecnologias. Segundo o professor, os aterros sanitários ocupam áreas muito grandes e requerem monitoramento por muitos anos depois de serem usados.
“Não sei se os novos contratos feitos aqui no Brasil , o pessoal está atentando pra isso: pra guardar dinheiro pra monitorar um aterro sanitário fechado que pode durar 50 ou mais anos, precisando de cuidados, precisando de atenção. E esse custo tem que ser pago pela sociedade que criou aquele lixo e não pela sociedade futura” , disse Cláudio Mahler, pesquisador de questões ambientais da Coppe .
Na maior parte do Brasil, a preocupação ainda é com o básico. Lixo fora do lugar pode até matar.
fonte: jornal nacional (Rede Globo)
 



Aterro sanitário

O lixo ou resíduos sólidos que produzimos em nossa casa, no nosso trabalho, em nossa escola ou em qualquer outro local polui o meio ambiente e agrava consideravelmente a situação dos aterros sanitários do país, isso quando as cidades possuem um aterro sanitário, pois muitas possuem apenas um depósito a céu aberto onde as pessoas, que do lixo retiram seu sustento, podem se contaminar com doenças. Nessas cidades é necessário maior controle ambiental e maior cuidado com a saúde pública.

Os resíduos da atividade humana vêm se acumulando e degradando o ambiente natural, o que faz com que os recursos fiquem mais escassos e consequentemente mais caros.
O que ocorre é que a maioria da população não se preocupa com a quantidade de material descartável que gera e continua a utilizar mais do que a reciclar, sacos plásticos, metais, eletrônicos, que com o advento da modernidade se tornam rapidamente defasados, madeira, vidro, além do desperdício de alimentos e de muitos outros materiais que rapidamente são considerados inúteis, indesejáveis ou descartáveis.

Um aterro sanitário é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana, são provenientes de residências, indústrias, hospitais, construções e consiste em camadas alternadas de lixo e terra que evita mau cheiro e a proliferação de animais.

Um aterro segue princípios da engenharia de confinar resíduos sólidos à menor área possível e reduzí-los ao menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão da jornada de trabalho ou em intervalos menores, se necessário. Deve ser impermeabilizado e possuir acesso restrito, ter a quantidade de lixo controlada e conhecer que tipos de resíduos estão sendo depositados. Na maioria, os aterros sanitários são construídos em locais afastados das cidades em razão do mau cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e das águas subterrâneas. Essa contaminação pode ocorrer por infiltração do chorume ou percolado, líquido contendo componentes tóxicos que flui do lixo para o solo e corpos d’água.

Atualmente, existem normas que regulam a implantação dos aterros, e uma dessas regras é a implantação de mantas impermeabilizantes que evitem essa infiltração. É necessário também que haja a retirada desse líquido, por sistemas de drenagem eficientes, com posterior tratamento dos efluentes sem que agrida o meio ambiente. Gases também são liberados e podem ser aproveitados como combustíveis, o que pode trazer benefícios financeiros. Outras maneiras ambientalmente mais viáveis são a reciclagem, a compostagem, a reutilização e a redução.
Com a reciclagem, materiais que podem ser reciclados não vão para o aterro. Mas para que isso seja possível, é necessário que ocorra a coleta seletiva do lixo, ou seja, a separação dos diferentes componentes que utilizamos.
Com a reciclagem, os materiais são transformados em matéria-prima para a produção de um novo produto, reduzindo assim a utilização de fontes naturais. Um exemplo é a reciclagem de latinhas de alumínio. Reutilizar significa usar de novo, dando ou não uma nova função para um objeto considerado sem utilidade, como quando alguém transforma a embalagem de leite longa vida em caixa para presente.

Para evitar o desperdício de alimentos, muitas pessoas criam galinhas a fim de aproveitar tanto os ovos como os restos alimentares humanos. Já a compostagem é um conjunto de técnicas. O homem utiliza a compostagem para controlar o processo biológico dos micro-organismos ao transformarem a matéria orgânica em um material chamado composto, semelhante ao solo; utilizado como adubo por ser rico em nutrientes minerais e húmus. Esse processo aumenta a presença de fungicidas naturais e a retenção de água pelo solo.

Outro interessante modo de reduzir a quantidade de lixo produzido é o consumo consciente, ou seja, comprar aquilo que irá realmente utilizar, sem exageros para que não ocorram desperdícios

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