Estados do Brasil (parte 3)


Goiás
Localizado no Centro-Oeste brasileiro, Goiás é o estado mais populoso da Região. Faz limite com os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Tocantins, além do Distrito Federal, que foi construído em uma parte do território goiano. 

As primeiras expedições para a região ocorreram no século XVI. A partir de 1650, bandeirantes paulistas ocuparam a região e capturaram índios para abastecerem omercado de trabalho colonial. No entanto, o principal objetivo dessas bandeiras paulistas era a busca pelo ouro e outras pedras preciosas. 

Por volta de 1720, o ouro foi encontrado em grandes quantidades pelos bandeirantes; Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, fundou o Arraial da Barra, que foi o primeiro povoado goiano. Nas décadas seguintes, a região foi ocupada por milhares de mineradores e comerciantes, atraídos pelo ouro.

Goiás tornou-se capitania independente em 1748, o nome da sede mudou de Vila Boa, para Goiás, tradicionalmente chamada de Goiás Velho. No fim do século XVIII, a capitania foi responsável por 20% da produção de ouro da colônia. Porém, no início do século XIX houve o esgotamento das jazidas de ouro, fato que alterou a economia goiana para as atividades da agropecuária.

Bandeira de Goiás
A bandeira de Goiás é composta pelo verde, que representa as matas da região; o amarelo, representando as riquezas minerais; e o quadro azul com estrelas simboliza o céu goiano com a constelação do Cruzeiro do Sul.

A cidade de Goiânia passou a ser a capital do Estado em 1942. Goiás possui extensão territorial de 340.103,467quilômetros quadrados. É composto por 246 municípios e, conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), sua população totaliza 6.003.788 habitantes. Apresenta crescimento demográfico de 1,8% ao ano.

O relevo é caracterizado por planalto, chapadas e serras na maior parte, e depressão ao norte do território. A vegetação é composta pelo cerrado e o clima é tropical. Os principais rios são: Aporé, Araguaia, Claro, Corumbá, dos Bois, Paranã, Paranaíba, Maranhão e São Marcos.

Além da capital Goiânia, outras cidades importantes do Estado são: Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Rio Verde, Trindade, Cidade de Goiás e Caldas Novas.

A economia se baseia principalmente na atividade agropecuária. A indústria é responsável por aproximadamente 34% da riqueza goiana. O crescimento industrial está ocorrendo em razão da expansão da agroindústria. Goiás tem atraído investimentos em metalurgia, mineração e no setor químico e farmacêutico.

Goiás apresenta problemas como saneamento ambiental, pois metade da população não é beneficiada por esse serviço; e o analfabetismo funcional, que atinge 19,7% da população goiana.

Maranhão

Localizado no oeste da Região Nordeste, o estado do Maranhão é o único da região que tem parte do território coberto pela floresta Amazônica. Possui a segunda maior costa litorânea brasileira, com extensão de 640 Km.

Os espanhóis foram os primeiros a chegarem à região, que atualmente corresponde ao Maranhão. Posteriormente o território foi disputado por franceses, portugueses e holandeses no início da colonização brasileira.

O Maranhão possui extensão territorial de 331.935,507 km², divididos em 217 municípios, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totaliza 6.574.789 habitantes.

O relevo apresenta costa recortada e planície litorânea com dunas e planaltos no interior. O ponto mais elevado é a chapada das Mangabeiras, com 804 metros de altitude. A vegetação do Maranhão é caracterizada por mata de cocais a leste, mangues no litoral, floresta Amazônica a oeste, cerrado ao sul. O clima é tropical.
Uma importante área de proteção ambiental é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, por onde se espalham dunas de até 50 metros de altura.

A capital do estado é a cidade de São Luís, outras cidades importantes são: Imperatriz, Caxias, Timon, São José de Ribamar, Codó, Açailândia, Bacabal, Paço do Lumiar, Barra do Corda.

Os principais rios são: das Balsas, Gurupi, Itapecuru, Mearim, Parnaíba, Pindaré, Tocantins, Turiaçu.

Até a década de 1960, o Maranhão era um estado brasileiro praticamente isolado, sem acessos por terra, que impossibilitava avanço em sua economia, tímida, quase inexistente perante o restante do país. A partir deste período, com a implantação de linhas férreas e rodovias, o estado foi interligado a outras regiões do Brasil. 

O comércio e os serviços respondem por mais da metade da economia do estado, que não chega a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O complexo portuário integrado pelos terminais de Itaqui (possui 420 metros), Ponta da Madeira e Alumar é responsável por mais de 50% da movimentação de cargas portuárias do Norte e do Nordeste. São exportados principalmente alumínio, ferro, soja e manganês. A indústria se apoia nos setores metalúrgico, alimentício e madeireiro. A pesca é outra atividade econômica importante para o estado. 

Está sendo construída no Maranhão a maior refinaria da América Latina e uma das maiores do mundo. A Refinaria Premium será instalada no município de Bacabeira, localizado a 60 km da capital, São Luís. Sua instalação proporcionará um novo ciclo industrial no estado. Serão gerados aproximadamente 130 mil empregos diretos e indiretos.

Bandeira do Maranhão
Significado da bandeira: brancos, negros e índios estão representados pelas faixas brancas, pretas e vermelhas. A estrela sobre fundo azul simboliza o estado do Maranhão no céu do Brasil.

O Maranhão revela em sua culinária a mistura dos colonizadores com os índios e os negros trazidos da África. Os doces portugueses dividem a mesa com os de frutas nativas, como maracujá, bacuri, jenipapo e tamarindo. No litoral são consumidos marisco, siri, caranguejo, e peixes.

A principal manifestação cultural do estado é a festa do bumba meu boi, mas também se destacam o tambor de crioula e o tambor de menina.
Bumba meu boi é uma brincadeira que mistura lendas indígenas, dança e música. Ocorre na temporada junina, onde centenas de grupos se apresentam nos arraiais.
O tambor de crioula é considerado Patrimônio Imaterial do Brasil, é uma manifestação cultural de matriz afro-brasileira em louvor a São Benedito ou associado a outras festas. É uma mistura de dança, canto e percussão de tambores. Não tem data específica e pode ocorrer ao longo do ano.
O tambor de menina faz parte dos rituais da umbanda, religião afro-brasileira. O culto é realizado nos terreiros, onde os iniciados cultuam, invocam e incorporam entidades espirituais. Com roupas especiais para a ocasião, os integrantes cantam e tocam instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs.

O estado maranhense possui alguns problemas sociais. O índice de mortalidade infantil apresenta taxas elevadas – 36,5 por mil nascidos vivos. Embora tenha melhorado muito, é a segunda pior taxa do Brasil, só superada pela de Alagoas.
O Maranhão, apesar do desenvolvimento alcançado em alguns setores econômicos, permanece como um dos mais pobres e carentes estados do país, ocupando a penúltima posição no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Mato Grosso
O estado do Mato Grosso está localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, faz fronteira com os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins e com a Bolívia. É o terceiro maior estado do país em extensão territorial. Mato Grosso apresenta a menor densidade demográfica dos três estados do Centro-Oeste.

Os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul compunham um único estado brasileiro. No entanto, em 1977 o governo federal decretou a divisão do mesmo, alegando dificuldade em desenvolver a região diante de sua grande extensão e diversidade. O norte, menos populoso e mais pobre, permaneceu como Mato Grosso. O sul do território, mais próspero e populoso, passou a ser Mato Grosso do Sul.

A extensão territorial do Mato Grosso é de 903.329,700 quilômetros quadrados, conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totaliza 3.035.122 habitantes distribuídos em 141 municípios. O crescimento demográfico é de 1,9% ao ano; a densidade demográfica é de aproximadamente 3,3 hab/km². A população mato-grossense se distribui de forma desigual, com desertos demográficos ao norte e áreas urbanas populosas, como Cuiabá e Várzea Grande.

O relevo do estado é pouco acidentado e alterna um conjunto de grandes chapadas, no planalto Mato-Grossense, com altitude entre 400 e 800 metros, e áreas de planície pantaneira, sempre inundadas pelo rio Paraguai e seus afluentes. É caracterizado por planalto e chapadas no centro, planície com pântanos a oeste e depressões e planaltos residuais a norte. O ponto mais elevado é a serra Manto Cristo, com 1.118 metros de altitude.

A cobertura vegetal é composta por cerrado na porção leste, floresta Amazônica a noroeste e pantanal a oeste. O clima é tropical.
Os principais rios do estado são: Araguaia, Cuiabá, das Mortes, Juruena, Paraguai, São Lourenço, Teles Pires, Xingu.

Bandeira do Mato Grosso
Significado da bandeira: o azul representa o céu; o branco, a paz; e o verde, a extensão territorial. A estrela amarela simboliza o ideal republicano e as riquezas minerais do Mato Grosso.

A capital do estado é a cidade de Cuiabá, fundada em 8 de abril de 1719, começou às margens do rio Coxipó, com o surgimento do Arraial da Forquilha, povoamento que deu origem à capital. Sua população atual é de 551.098 habitantes e possui extensão territorial de 3.363 quilômetros quadrados.
Outras cidades importantes do estado são: Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Cáceres, Tangará da Serra, Barra do Garças.

O maior responsável pela economia é a agropecuária, que gera 40,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, o setor de serviços representa 40,2% do PIB, o setor industrial corresponde a 19% do PIB.
Atualmente o estado é o maior produtor de soja do país, sendo o grão o maior produto de exportação do Mato Grosso. O polo de algodão, cujo principal centro é o município de Rondonópolis, chega a produzir 1,2 milhão de toneladas por ano. O crescimento econômico anual do estado supera a média brasileira. O rebanho bovino é um dos maiores do país.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado é de 0,796, ocupando a 11° posição entre os estados do Brasil. Cerca de 90% dos habitantes com mais de 15 anos são alfabetizados.
Existe um grande déficit nos serviços de saneamento ambiental, visto que cerca de 50% das residências não têm coleta de esgoto e acesso a rede de água tratada. A taxa de mortalidade infantil é de19,2 para cada mil nascidas vivas.

O estado apresenta grande riqueza cultural, que é representada pelo Cururu, Siriri, Rasqueado Cuiabano, o Boi, a Serra, a Dança de São Gonçalo, a Dança dos Mascarados, o Chorado, Congo, entre outras.
Na culinária se destacam os pratos típicos: Maria Isabel, farofa de banana, pacu assado, pacu na folha de bananeira, moqueca de pintado, bolo de arroz, frango com pequi e linguiça cuiabana.

O artesanato é representado pela viola de concho, bonecas de pano, artesanato em madeira, cerâmica, trançados feitos através de fibras vegetais de taquara e as redes bordadas.

Mato Grosso do Sul
Localizado na Região Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso do Sul faz fronteiras com os estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná; além de países como Bolívia e Paraguai. Seu território é cortado no extremo sul pelo Trópico de Capricórnio.

O estado abriga a oeste, dois terços do Pantanal Mato-Grossense, a maior planície alagável do mundo e um dos ecossistemas mais importantes do planeta. Tanto que, em 2001, foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como patrimônio natural da humanidade. Outro destaque do estado são as grutas e os rios da cidade de Bonito, que atraem turistas para a serra da Bodoquena. 

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul compunham um único estado brasileiro. No entanto, em 1977, o governo federal decretou a divisão do estado, alegando dificuldade em desenvolver a região diante de sua grande extensão e diversidade. O norte, menos populoso, permaneceu como Mato Grosso. O sul do território, mais próspero e populoso, passou a ser Mato Grosso do Sul.

Sua extensão territorial é de 357.145,836 quilômetros quadrados. Conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado totaliza 2.449.024 habitantes, distribuídos em 78 municípios. Desses, apenas 23 possuem população superior a 20 mil habitantes. O território do Mato Grosso do Sul é composto por grandes propriedades rurais e enormes vazios populacionais, refletindo diretamente na baixa densidade demográfica, que atualmente é de aproximadamente 6,8 hab./km².

O relevo é caracterizado por planaltos, com escarpas a leste e depressão a noroeste. O ponto mais elevado é o morro Grande, no morro da Santa Cruz, com 1.065 metros de altitude. Predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco. A vegetação é composta por cerrado a leste, pantanal a oeste, floresta tropical ao sul.

Os principais rios do estado são: Anhanduí, Apa, Aporé ou do Peixe, Aquidauana, Correntes, Miranda, Paraguai, Paraná, Paranaíba, Pardo, Sucuriú, Taquari, Verde.

Bandeira do Mato Grosso do Sul
Significado da bandeira: a estrela simboliza o estado e a riqueza produzida pelo trabalho; o verde é um alerta à preservação ambiental; o azul representa o céu; e o branco, a paz.

Fundada em 1899, Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, acolhe paulistas, paranaenses, gaúchos, árabes, nordestinos, entre outros migrantes. Sua população é de 786.797 habitantes. Outras cidades populosas do estado são: Dourados (196.035), Corumbá (103.703), Três Lagoas (101.791), Ponta Porã (77.872), Naviraí (46.424), Aquidauana (45.614), Nova Andradina (45.585), Paranaíba (40.192) e Coxim (32.159). 

Mato Grosso do Sul apresenta o maior crescimento econômico da Região Centro-Oeste. A principal atividade econômica desenvolvida no estado é a agropecuária, sendo responsável por aproximadamente 29% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Na agricultura, os principais produtos são: a soja e a cana de açúcar. Destacam-se também as plantações de arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana- de- açúcar. 

Na pecuária, Mato Grosso do Sul detém o maior rebanho bovino do país. Para ampliar a atividade industrial, o estado concede incentivos fiscais, como a maioria dos estados brasileiros. Esse fato tem proporcionado um significativo processo de industrialização na região.

O estado possui o 8° melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, com média de 0,802. A mortalidade infantil é de 16,9 a cada mil nascidos. Apenas 8,7% da população não é alfabetizada. No entanto, Mato Grosso do Sul apresenta um dos menores índices de domicílios com rede de esgoto, apenas 20%.

A culinária é bem diversificada, entre os hábitos alimentares da população incluem, além dos peixes, os pratos feitos com carne. Sob influência do Paraguai, vem o gosto pelo mate gelado ou tererê, além das chipas, uma espécie de pão de queijo. Outro prato muito popular são as salteñas, pastéis assados e recheados com frango, de origem boliviana
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Minas gerais
O estado de Minas Gerais está localizado na Região Sudeste do Brasil, é o maior em extensão territorial da Região, com área de 586.520,368 Km2, ocupando 6,9% do território brasileiro. A maior parte de sua área localiza-se em planaltos, com uma paisagem marcada por montanhas, vales e grutas. 

A ocupação na região ocorreu no final do século XVI em virtude da descoberta de ouro, fato que atraiu vários portugueses juntamente com seus escravos africanos em busca de lavras de ouro e diamante. A exploração de ouro na área desencadeou uma série de conflitos, os principais motivos eram a fiscalização e a cobrança de impostos realizada por Portugal sobre o ouro. 

Entre os conflitos, a Guerra dos Emboabas foi desencadeada em razão da constante luta pelo direito de exploração das minas de ouro, em que mineradores paulistas se opuseram a comerciantes portugueses e brasileiros. 

A Inconfidência Mineira surgiu com a intenção de romper as relações entre a colônia e a metrópole. O movimento reuniu proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares, numa conspiração que pretendia eliminar a dominação portuguesa e criar um país livre, em 1789. Tiradentes, filho de um pequeno proprietário, foi a figura de maior destaque da Inconfidência Mineira. O movimento foi tão importante que inspirou a criação da bandeira de Minas Gerais.

Bandeira de Minas Gerais
A bandeira do estado é composta por um triângulo que simboliza a Santíssima Trindade, o branco representa a paz dos inconfidentes. A frase em latim, foi extraída da obra do poeta romano Virgílio, significa “Liberdade ainda que tardia”.

O estado possui 853 municípios, sendo Belo Horizonte a capital. Outras cidades importantes de Minas Gerais são: Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Betim, Montes Claros, Ribeirão das Neves, Uberaba, Governador Valadares, Ipatinga, e as cidades históricas: Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Sabará, São João Del Rey e Diamantina. A população estadual é de  19.597.330 habitantes, o que corresponde a 10,2% da população brasileira. Sendo 85,3% residentes em área urbana e 14,7% residentes na zona rural.

O relevo é caracterizado por planaltos com escarpas e depressão no centro. O ponto mais elevado é o pico da Bandeira, localizado na serra do Caparaó, com 2.889,80 metros. A vegetação é composta por floresta tropical e cerrado; o clima é tropical, com temperatura média anual de 21°C. A hora local é a mesma de Brasília. Os principais Rios são: das Velhas, Doce, Grande, Jequitinhonha, Mucuri, Paracatu, Paranaíba, Pardo e São Francisco.

No âmbito da economia, Minas Gerais é o maior produtor de café e leite do país, é o segundo Estado mais industrializado do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo. A agropecuária é uma atividade muito influente. Um setor que está se desenvolvendo no Estado é a biotecnologia. É o maior produtor brasileiro de minério de ferro, outros minerais explorados são o ouro e o zinco. 

O estado apresenta uma grande disparidade social entre o sul e o norte do seu território, sendo o norte de Minas Gerais uma das áreas mais pobres do Brasil, com precária rede de esgoto, alta taxa de mortalidade infantil e analfabetismo.

Pará

O estado do Pará está localizado na Região Norte do Brasil, apresenta o segundo maior território do país, sendo menor apenas que o Amazonas. Conforme dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o território do Pará concentra 31 etnias indígenas espalhadas em 298 povoações, totalizando mais de 27 mil índios. Também possui comunidades negras remanescentes de antigos quilombos.
A extensão territorial é de 1.247.950,003 quilômetros quadrados, conforme contagem realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado totaliza 7.581.051 habitantes, que estão distribuídos em 143 municípios. Apresenta baixa densidade demográfica, com aproximadamente 6 hab./km². A população é bem miscigenada, sendo formada por indígenas, negros, europeus, ribeirinhos e asiáticos.
O relevo do Pará apresenta planície amazônica a norte, depressões e pequenos planaltos. O ponto mais elevado é a serra do Acari, com 1906 metros de altitude. A vegetação é caracterizada por mangues no litoral, campos na ilha de Marajó, cerrado ao sul e floresta Amazônica. O Pará altera regiões de planícies alagáveis como a ilha de Marajó, com a floresta Amazônica, na porção oeste, e campos de pastagens em regiões desmatadas na porção leste. O clima é equatorial, a temperatura média anual é de 27°C.

A capital do estado é a cidade de Belém, outras cidades importantes são: Ananindeua, Santarém, Marabá, Castanhal, Abaetetuba, Cametá, Bragança, Itaituba, Marituba.
Os rios de maior importância são: Amazonas, Jari, Pará, Tapajós, Tocantins, Tromberas, Xingu.

Bandeira do Pará
Significado da bandeira: a faixa branca representa a linha do Equador e o rio Amazonas. O vermelho significa a força da população paraense. A estrela azul simboliza o estado do Pará.

A economia paraense tem no extrativismo mineral sua principal atividade econômica (ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho), o alumínio e o minério de ferro são os principais produtos de exportação. O extrativismo vegetal se mantém importante, porém, nem sempre de forma sustentável. Outras atividades são: agricultura, pecuária, o setor de serviços se destaca nas maiores cidades, as indústrias e, de forma lenta, o turismo vem se destacando.

O garimpo manual de Serra Pelada, que na década de 1980 atraiu aproximadamente 100 mil garimpeiros, esgotou-se. Hoje ele integra o projeto Ouro Serra Leste, da Companhia Vale do Rio Doce, que retira o minério de jazidas profundas.

O Pará é o maior produtor de pimenta do reino do Brasil e está entre os primeiros na produção de coco da Bahia e banana. São Félix do Xingu é o município com maior produção de banana do País.
A indústria concentra-se mais na região metropolitana de Belém, encabeçada pelos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua, e nos municípios de Marabá e Barcarena.
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado é de 58.519 bilhões.

As manifestações culturais são bem diversificadas, no segundo domingo de outubro a cidade de Belém recebe devotos de todo o Brasil na procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Cerca de 20 milhões de pessoas participam de uma das maiores festas católicas do país.

As danças típicas como o carimbó e o lundu representam bem a identidade do povo paraense. O artesanato é marcado por peças inspiradas nas milenares civilizações indígenas e joias produzidas com matérias primas encontradas na própria natureza.
O Pará eterniza personagens de lendas amazônicas como o Uirapuru e o Boto, por meio de apresentações culturais que ocorrem em diferentes localidades do estado.

A culinária tem a influência indígena, portuguesa e africana, nela destacam-se os peixes, os molhos apimentados, a maniçoba (espécie de cozido preparado com carne de porco e o sumo das folhas tenras da mandioca), o pato no tucupi, no qual a ave é servida com molho de mandioca e ervas, açaí, bacaba, castanha do pará, bacuri, entre outros.

Entre os problemas sociais no Pará, o uso da terra é um dos principais, pois o estado é dominado pelo latifúndio – 1% das propriedades ocupa mais da metade de sua extensão territorial. Por essa razão, o estado enfrenta graves problemas pela disputa da terra.
O Pará também tem registros de trabalho escravo. Na área de saúde, a malária ainda preocupa por sua alta incidência. A taxa de mortalidade infantil é de 23 para cada mil nascidos vivos.






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