A localização da Polônia no centro da Europa tornou-se especialmente significativa num momento em que a
Prússia e a
Rússia se envolviam de modo intenso em rivalidades e em alianças européias e em que
Estados-nação modernos se formavam por todo o continente. A Polônia recuperou a sua independência em 1918, mas a Segunda República foi destruída pela
Alemanha e URSS quando as tropas
nazistas e asdo Exército Vermelho invadiram o território polonês, no início da
Segunda Guerra Mundial. Os russos obrigaram a que a fronteira da Polónia recua-se centenas de kilómetros e que aproveitassem territórios roubados à Alemanha. O término do conflito provocou nova variação nas fronteiras polonesas. No final dos anos 1980, um movimento de reforma, o
Solidaridade, logrou obter uma transição pacífica do regime
comunista polonês para a
democracia, que resultou na criação da moderna República da Polônia.
Origens
A
Polónia é um país unificado desde o
século X. O nome Polónia (
Polska) tem origem na tribo dos polanos, que significa "pessoas que cultivam a terra", derivado da palavra
poleque significa "campo". A tribo dos polanos habitava a região "Grande Polónia". A província localiza-se às margens do
rio Warta. As cidades mais importantes na região são Gniezno – a primeira capital polaca e Poznań. Além da tribo dos polanos, habitavam outras tribos eslavas ocidentais:
Silesianos,
Vístulanos,
Pomeranos, e
Mazovianos. Os meios de subsistência eram caça, agricultura e comércio. Pelas terras da Polónia passaram os caminhos de comércio de
Âmbar desde o
século V a.C..
[editar]A época da dinastia dos Piast
Mieszko I foi o primeiro duque da
Polónia, tendo unificado os territórios polacos. Casou–se com a princesa checa Dobrawa e em
966 aceitou o baptismo. A adopção do
cristianismo como religião teve como consequência a latinização da cultura polaca.
Em
1241 a região sul do país foi invadida pelos
mongóis, liderados pelos generais Baidar e Kaidu, ao mesmo tempo que um outro exército, liderado por Batu e Subedei, invadia a
Hungria. O verdadeiro objetivo dos mongóis era a Hungria, e a invasão à Polônia serviu para distrair os vizinhos da Hungria. Algumas cidades como
Cracóvia e
Legnica foram devastadas pelos invasores. Em
1259 e
1287 ocorreram novos ataques mongóis, liderados pelo general
Nogai Khan.
Os cavaleiros teutônicos, cruzados de nacionalidade alemã, foram chamados pelo príncipe polaco
Conrado de Masovia para ajudarem a combater e cristianizar os tribos pagãs na Prússia e fundaram o seu estado no
século XIII, acerca da cidade de Toruń. Mais tarde eles invadiram a
Polônia, ocupando a Pomerania Oriental com a cidade de
Gdańsk, onde massacraram a população.
[editar]A época da dinastia dos Jagiellones
Em
1385 a Polónia e a Lituânia assinaram um pacto de união e foram um só país até
1795. O Grande Duque Lituano Władysław Jagiełło aceitou o baptismo e tornou-se Rei da Polónia. O novo estado polaco-lituano tinha uma área total de 1 milhão de km², com capital em Cracóvia (
Kraków). Outras cidades importantes eram
Vilnius,
Kiev,
Poznań,
Toruń e
Gdańsk. Desde o
século XIV a Polónia foi um estado multi-cultural, multi-étnico e multi-religioso. No
século XIV foi fundado o parlamento polaco. Chamava-se o Seym (Sejm) e dividou-se em Izba Poselska (a câmara baixa) e o Senat (a câmara alta).
No ano
1410 o Gande Duque Lituano e também rei da Polônia,
Władysław Jagiełło, derrotou os exércitos teutônicos. O campo da batalha foi no
Grunwald. Esta foi a maior batalha na
Europa da
Idade Média. Em
1466 a Polónia ganha uma outra guerra contra os cavaleiros teutônicos e este estado torna-se vassalo da Polónia.
No século XV a Moldávia, a
Hungria e o Reino Tcheco tiveram forte influência polonesa. Os reis da dinastia Jagiellon governaram em Cracóvia, Vilnius, Praga e Budapest.
O
século XVI foi o século de ouro na história da Polónia. O século XVI foi o século da Renascença e do estilo Renascentista. Em
1572 o parlamento polaco assinou um pacto de tolerância religiosa.
[editar]A época dos reis eleitos (República da fidalguia)
O
século XVII e a primeira parte do
século XVIII foi o período barocco. Em
1609 o rei
Sigmunt III deslocou a capital de Cracóvia para Varsóvia onde edificou o palácio real e também muitas igrejas católicas. Os reis e a nobreza da Polônia edificaram castelos, palácios, igrejas e cidades. Em
1605 o estado polaco ajudou a oposição na
guerra civil na Rússia. Em
1605 e
1610 o exército polaco conquistou
Moscovo. O filho de rei polaco Zygmunt III, Władysław IV, quis tornar-se o imperador russo mas explodiu uma rebelião contra a Polónia. A Polónia é o único pais católico da Europa Oriental que faz guerra com o ortodoxa Rússia, a muçulmana
Turquia e a protestante
Suécia. Em
1683 o rei Jan III Sobieski derrotou o exército islâmico dos turcos em
Viena, mas não conseguiu estabelecer a ordem dentro do próprio pais. Em
1697 a Polónia assinou um pacto do união com o estado da Saxónia. August II Wettin, duque da Saxónia, tornou-se rei da Polónia. O último rei da Polônia foi
Stanisław August Poniatowski (
1763-
1795), que começou a reforma administrativa do estado e do sistema econômico polonês. Em
1773 foi fundada a Comissão da Educaçao Nacional e no dia de
3 de Maio de
1791 os reformadores assinaram a
Constituição de 3 de Maio - a primeira (ou segunda) na Europa. Esta regra de lei geral embora assinada pelo rei nunca entrou em vigor. Em
1795, porém, os estados da Prússia, Áustria e da Rússia anexaram a
Polónia seguindo os caminhos diplomáticos, apoiando os opositores da constituição. A terras do leste com Varsóvia ficaram sob ocupação russa, oeste com
Poznań e
Gdańsk ficou prusso e por fim o sul da Polónia com Cracóvia sob administração do
Império Austríaco.
[editar]Lista cronológica dos Reis da Polónia
-
[editar]Segunda República Polonesa
-
Em
1918 terminou a
Primeira Guerra Mundial, tendo a
Alemanha e o Império Austro–Húngaro perdido esta guerra. Na
Rússia explodiram duas revoluçõess. Em
11 de Novembro de
1918, a Polônia recuperou a independência.
Józef Piłsudski tornou–se o chefe do estado. Em Varsóvia começou a funcionar o governo e o parlamento polacos. Infelizmente, na Galícia (Galicja ou Małopolska Wschodnia) e em Lwów, explodiu a rebelião dos nacionalistos ucranianos. Eles quiseram fundar um Estado ucraniano do ocidente e assassinar todos de nacionalidade polaca. Estudantes poloneses venceram as tropas nacionalistas ucranianas em Lwów. Em Dezembro
1918, em Poznań, explodiu o levantamento polaco contra a Alemanha.
Poznań tinha sido ocupada pela Prussia/Alemanha desde o ano
1815. Os habitantes polacos ganharam a insurreição. Em
1919 o
Tratado de Versalhesdeterminou as fronteiras polaco–alemãs. Na primavera
1919 começou a
Guerra Polaco-Soviética. O exército polaco conquistou as cidades polacas: Wilno (Vilnius), Grodno e Pińsk. O governo polaco e o governo da Ucrânia assinaram o pacto da ajuda. Na primavera 1920 forcas polaco-ucranianas recuperaram
Kiev, mas o exército soviético quebrou a linha de frente. A Polônia perdeu Kiev, mas no verão
1920 venceu os soviéticos na
Batalha de Varsóvia. Em
1921, em
Riga (a capital da
Letônia), assinaram o pacto da paz. A Lituânia quis conquistar Vilnius porque esta cidade foi a capital da Grão Duque Lituano antes da união com a Polônia no
século XIV mas em Vilnius foi só 5 % pessoas da nacionalidade lituana e 75 % da nacionalidade polaca. Em
1922 os habitantes da cidade votaram que eles queriam permanecer na Polônia, e o estado polaco anexou este território.
No ano de
1921 o parlamento polaco votou o constituição e em
1922 elegou presidente.
Gabriel Narutowicz foi um primeiro presidente mas foi assassinado por um pintor na galeria
Zachęta, no centro de Varsóvia. Então o parlamento elegou o novo presidente.
[editar]Segunda Guerra Mundial
[editar]Guerra defensiva (Setembro 1939)
[editar]Ambiente da Guerra
Durante a guerra os ocupantes mataram 6 milhões de
polacos. De
1940 até
1941 os russos deportaram 500 000 polacos (os funcionários públicos, a nobreza polaca, os padres e os rústicos mais ricos) para a
Sibéria. A elite intelectual e militar polaca foi chacinada às mãos dos Soviéticos e mais milhões de polacos pereceram sobre as mesmas mãos.
De acordo com os resultados da
Conferência de Potsdam, que ocorreu entre os dias
17 de Julho e
2 de Agosto de
1945, as populações germânicas permanecentes fora das fronteiras da Alemanha foram expulsas. O estado da Alemanha foi obrigado a pagar uma indemnização pela guerra em propriedades, produtos industriais e força de trabalho.
Estaline propôs que a Polónia não tivesse direito a uma indenização directa, mas sim que tivesse direito a 15% da compensação da União Soviética (esta situação nunca aconteceu).
[editar]República Popular da Polónia
-
Em
1945 os territórios polacos com as cidades e Wilno (Vilnius) e Lwów foram incorporados pela União Soviética. Os polacos foram expulsos e os bens nacionalizados, as casas e as terras polacas confiscadas. Após a Segunda Guerra Mundial a Polónia ficou sob regime
comunista e sobre forte influência soviética. O governo ficou nas mão do Partido Unificado dos Trabalhadores Polacos ("Polska Zjednoczona Partia Robotnicza", PZPR). Em Varsóvia foi assinado o
Pacto de Varsóvia.
República Popular da Polónia (Polska Rzeczpospolita Ludowa, PRL) era o nome oficial de Polónia no período entre
1952 e
1989. Em linguagem popular é chamada também Polónia Popular. De fato considera-se o verdadeiro início do período da Polónia Popular o ano
1944, quando os territórios do leste do pais actual (não antes da guerra) foram libertados da ocupação alemã. Neste ano foi formado o primeiro órgão governamental comunista na Polónia - PKWN (abrev. de "Comissão da Libertação Nacional Polaca",
Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego). A Polónia passou a ser um país independente, mas com forte influência soviética e regime unipartidário, não democrático, que posteriormente assimilou o nome de chamado "Socialismo Realista".
A questão de atribuição do nome correcto para aquele sistema político sempre provoca divergências. O nome oficialmente usado era o "estado socialista" e de acordo com a própria constituição "estado da democracia do povo", contudo para os inúmeros oposicionistas era o "estado comunista". Na verdade o sistema político da Polónia nunca atingiu a fase teórica do
comunismo.
[editar]Terceira República Polonesa
-
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