Atentado 11 de setembro- Parte 2


Danos

Fotografia aérea do Ground Zero no dia 17 de setembro de 2001.
O Pentágono parcialmente destruído após o colapso do avião.
Junto com os 110 andares das Torres Gêmeas do World Trade Center em si, vários outros edifícios no local do World Trade Center foram destruídos ou seriamente danificados, incluindo o 7 World Trade Center, o 6 World Trade Center, o 5 World Trade Center, o 4 World Trade Center, o Marriott World Trade Center (WTC 3), o World Financial Center e a Igreja Ortodoxa Grega St. Nicholas.[64] A queda das Torres Gêmeas representam os únicos exemplos de colapso progressivo total de estruturas em aço já registrados na história.[65]
O prédio do Deutsche Bank Building foi mais tarde condenado devido à sua inabitabilidade, às condições tóxicas no interior da torre de escritórios, e teve que ser demolida.[66][67] O Fiterman Hall do Borough of Manhattan Community College também foi condenado devido aos danos causados nos ataques, e está previsto para ser demolido.[68]
Outros edifícios vizinhos, incluindo o 90 West Street e o Edifício Verizon, sofreram grandes danos, mas já foram reparados.[69] Os edifícios do World Financial Center, o One Liberty Plaza, o Millenium Hilton e o 90 Church Street tiveram danos moderados[70] e já foram restaurados. Equipamentos de comunicação no topo da Torre Norte, incluindo torres de telefonia, rádio e televisão, também foram destruídos, mas as estações de mídia rapidamente redirecionaram os sinais e retomaram as emissões.[64] No condado de Arlington uma parte do Pentágono foi severamente danificada pelo fogo e uma seção do prédio desabou.[71]

[editar]Resgate e recuperação

Um bombeiro de Nova Iorque solicita mais dez socorristas para trabalharem junto aos escombros do World Trade Center.
New York City Fire Department (FDNY) rapidamente mandou 200 unidades (metade do departamento) para o local dos ataques, cujos esforços foram completados por váriosbombeiros de folga e paramédicos.[72][73][74] O New York City Police Department (NYPD) enviou Unidades de Serviço de Emergência (ESU) e outros policiais, juntamente com a implantação de sua unidade de aviação.[75] Uma vez em cena, o FDNY, NYPD e policiais da Autoridade Portuária não coordenaram os esforços[72] e terminaram até redundante para realizar pesquisas civis.[76]
Com as condições deterioradas, a unidade de aviação da NYPD retransmitia informações aos comandantes dos bombeiros, que emitiram ordens para o seu pessoal evacuar as torres, de modo que a maioria dos oficiais estava em condições de segurança antes de evacuar os edifícios que desmoronaram.[75][76] Com postos de comando criados separadamente, e comunicações de rádio entre os organismos incompatíveis, os avisos não foram repassados aos comandantes do FDNY.
Após a primeira torre desabar os comandantes dos bombeiros enviaram os avisos de evacuação, no entanto, devido a dificuldades técnicas com o mau funcionamento do sistema repetidor de rádio, os bombeiros não ouviram muitas das ordens de evacuação. Os atendentes do 9-1-1 também receberam informações de chamadas que não foram repassada aos comandantes no local.[73] Poucas horas depois do ataque uma importante operação de busca e resgate foi lançada. Depois de meses de operações, o local do World Trade Center foi limpo no final de maio de 2002.[77]

[editar]Responsabilidade

[editar]Al-Qaeda

Fotografia de Osama bin Laden em 1997.
Khalid Sheikh depois de sua captura noPaquistão, considerado o autor intelectual do ataque terrorista às torres gêmeas doWorld Trade Center.
FBI, trabalhando junto com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, identificou os 19 sequestradores falecidos em apenas 72 horas. Poucos tinham tratado de ocultar seus nomes ou cartões de crédito, e eram quase os únicos passageiros de origem árabe nos voos. Assim, no dia 27 de setembro de 2001, o FBI pode determinar seus nomes e em muitos casos detalhes como a data de nascimento, residências conhecidas ou possíveis, o estado dos respectivos vistos, e a identidade específica dos supostos pilotos.[78]
As investigações do Governo dos Estados Unidos incluíram a operação do FBI, a maior já feita na história, com mais de 7.000 agentes envolvidos. Os resultados desta determinaram queAl-Qaeda e Osama bin Laden tinham sido os responsáveis pelos atentados. A idêntica conclusão chegaram as investigações do governo britânico.[79]
Logo após os ataques o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo americano sobre a autoria dos ataques por Bin Laden; caso fossem apresentadas estas provas estes iriam detê-lo e entregá-lo às autoridades americanas. O governo estadunidense nunca apresentou publicamente tais provas.[80][81] As provas públicas de sua autoria se limitam à sua declaração de guerra santa contra os Estados Unidos, e uma mensagem filmada por Bin Laden e outros, conclamando seus adeptos a matarem civis norte-americanos em 1998, e que são consideradas por muitos como evidência de sua motivação para cometer estes atos.
No dia 16 de setembro de 2001 Bin Laden negou qualquer participação nos atentados lendo um comunicado que foi emitido por ele em um canal de televisão via satélite do Qatar, a Al Jazeera, e posteriormente repetido por numerosas cadeias de televisão estadunidenses:[82]
Cquote1.svgInsisto que não executei este ato, que parece ter sido realizado por indivíduos com seus próprios motivos.Cquote2.svg
— Bin Laden
Entretanto, em novembro de 2001, as Forças Armadas dos Estados Unidos encontraram uma fita de vídeo caseiro numa casa destruída em JalalabadAfeganistão, onde Osama bin Laden fala com Khaled al-Harbi.[83] Em várias partes da fita Bin Laden reconhece ter planejado os ataques:
Cquote1.svgNós calculamos por adiantado a quantidade de baixas do inimigo, que morreriam devido ficarem presos na torre. Nós calculamos que os andares que deveriam ser prejudicados eram três ou quatro. Eu era o mais otimista de todos…devido a minha experiência neste campo. Eu pensava que o fogo da gasolina do avião derreteria a estrutura de ferro do edifício e somente faria colapsar a área onde o avião se chocara e os andares acima. Isso era todo o que esperávamos.Cquote2.svg
— Bin Laden[84]
No dia 27 de dezembro de 2001 foi difundido outro vídeo de Bin Laden, no qual afirma:
Cquote1.svgOcidente em geral, e os Estados Unidos em particular, têm um ódio pelo islã… O terrorismo contra EUA é benéfico e está justificado.Cquote2.svg
— Bin Laden[85]
Pouco antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2004, em um comunicado por vídeo, Bin Laden reconheceu publicamente a responsabilidade da al-Qaeda nos atentados dos Estados Unidos, e admitiu sua implicação direta nos ataques. Disse:
Cquote1.svgNós decidimos destruir as torres na América… Deus sabe que não nos ocorreu originalmente essa ideia, mas nossa paciência se esgotou diante da injustiça e inflexibilidade da aliança entre Americanos e Israelenses contra o nosso povo na Palestina e no Líbano e então a ideia surgiu na minha mente.Cquote2.svg
— '
Em uma fita de áudio transmitida pela Al Jazeera em 21 de maio de 2006, Bin Laden disse que ele comandou pessoalmente os 19 sequestradores.[86] Outro vídeo obtido pela Al Jazeera, em setembro de 2006, mostra Osama bin Laden com Ramzi Binalshibh, assim como a dois sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, fazendo preparações para os atentados.[87]
Uma "Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os Estados Unidos" foi formada pelo governo dos Estados Unidos, e é habitualmente conhecida como Comissão do 11 de Setembro. Publicou um informe, em 22 de julho de 2004, concluindo que os atentados foram elaborados e executados por membros da al-Qaeda.[88] Ali se diz: "Os conspiradores de 11 de setembro gastaram finalmente entre 400.000 e 500.000 dólares para planejar e conduzir seu ataque, mas as origens específicas do dinheiro usado para executar os ataques permanece desconhecido."[89]
Segundo conclusões das investigações oficiais do governo americano os ataques cumpriam com a intenção declarada da Al-Qaeda, expressada na fatwa de 1998 de Osama bin Laden, Aymán al-Zawahirí, Abu-Yasir Rifa'i Ahmad Taha, Shaykh Mir Hamzah, e Fazlur Rahman (emir do Movimento Yihadista de Bangladesh).[90]
fatwa lista três "crimes e pecados" cometidos pelos Estados Unidos: apoio militar a Israel, ocupação militar da península arábica e agressão contra o povo do Iraque.

[editar]Motivos

Alega-se que os três principais motivos para os ataques de 11 de setembro sejam a presença dos EUA na Arábia Saudita,[91] o apoio a Israel por parte dos Estados Unidos,[92] e as sanções contra o Iraque.[93] Estes motivos foram ditos explicitamente pela Al-Qaeda em declarações pretéritas aos atentados, incluindo a fatwā de agosto de 1996.[94] e um pequeno fatwā publicado em fevereiro de 1998.[95] Após os ataques, Bin Laden e Al-Zawahiri publicaram fitas de vídeos e fitas de áudio adicionais, algumas delas repetindo as razões pelos ataques. Duas dessas publicações merecem destaque: "Carta para a América" de 2002,[96] e um vídeo de 2004 mostrando Bin Laden.[97] Além de pronunciamentos diretos de Bin Laden e a Al-Qaeda, inúmeros analistas políticos têm postulado outras motivações para os ataques.
A contínua presença das tropas estado-unidenses após a Guerra do Golfo na Arábia Saudita seria uma das motivações por detrás do atentado de 11 de setembro,[95] bem como o Ataque das Torres Khobar.[98] Bin Laden disse que o Profeta Maomé bania a "presença permanente de infiéis na Arábia".[99] No fatwā de 1998, a Al-Quaeda escreveu que "por mais de sete anos, os Estados Unidos têm vindo a ocupar as terras do Islã e os lugares mais santos, a Península Arábica, saqueando suas riquezas, mandando em seus governantes, humilhando seu povo, aterrorizando seus vizinhos, e transformando as bases da península em uma liderança para lutar com os povos muçulmanos vizinhos."[100] Em entrevista em 1999 com Rahimullah Yusufzai, Bin Laden disse que pressentia que os americanos estavam "perto demais de Meca" e considerou que esta era uma provocação para todo o mundo muçulmano.[101]
Em novembro de 2002, na "Carta para a América", Bin Laden disse que o apoio dos Estados Unidos à Israel era outro motivo: "A criação e manutenção de Israel é um dos maiores crimes, e vocês são os líderes desses criminosos. E, claro, não há necessidade de explicar e demonstrar o grau de apoio americano a Israel. A criação de Israel é um crime que deve ser apagado. Toda e qualquer pessoa cujas mãos se tornaram poluídas do contributo para este crime tem de pagar o seu preço, e pagar por isso fortemente."[102] Em 2004 Bin Laden reforçou que o apoio à Israel era um dos motivos.[103] Vários analistas, incluindo John Mearsheimer e Stephen Walt, autores do livro The Israel Lobby and U.S. Foreign Policy, também argumentam que o principal motivo dos ataques de 11 de setembro foi o apoio que os EUA deu à Israel.[101][104]
No fatwā de 1998, a Al Qaeda pronunciou que as sanções do Iraque eram razões para matar os estado-unidenses: "apesar da grande devastação infligida ao povo iraquiano pela aliança cruzado-sionista, e apesar do grande número de pessoas mortas, que ultrapassou um milhão... apesar de tudo isso, os americanos estão mais uma vez contra a tentativa de repetir os massacres horrendos, como se eles não se contentassem com o bloqueio prolongado imposto após a guerra feroz ou a fragmentação e destruição.... Com base nisso, e em conformidade com a ordem de Deus, emitimos a fatwa que se segue para todos os muçulmanos: A decisão de matar os americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todo muçulmano..."[100]
Em adição a esses motivos dados pela própria Al Qaeda, alguns analistas têm sugerido outras razões, muitas vezes rejeitadas, incluindo uma humilhação que o mundo islâmico teria ao ficar para trás do mundo ocidental, especialmente pela diferença expressiva da economia devido à globalização recente.[105] Outro motivo especulado pelos ocidentais é o de que os terroristas teriam o desejo de provocar os EUA para uma guerra mais ampla contra o mundo islâmico, com a esperança de motivar mais aliados a apoiarem a Al Qaeda.[106][107][108]

[editar]Planejamento

Mapa mostrando os ataques ao World Trade Center (os aviões não estão em escala).
Gráfico do FEMA ilustrando os ataques ao World Trade Center.
A ideia para os ataques veio de Khalid Sheikh Mohammed, que primeiro apresentou o projeto a Osama bin Laden em 1996.[109] Nesse momento, Bin Laden e a Al-Qaeda estavam em um período de transição, tendo acabado de se mudar de volta ao Afeganistão, vindos do Sudão.[110] Em 1998, os atentados terroristas às embaixadas dos Estados Unidos na África e ofatwa de bin Laden marcaram um ponto de virada, quando Osama voltou suas atenções a atacar os Estados Unidos.[110] Em dezembro de 1998, Centro de Contraterrorismo da CIArelatou ao então presidente Bill Clinton que a Al-Qaeda estava se preparando para ataques contra os Estados Unidos que poderiam incluir sequestro de aviões.[111][112]
No final de 1998 ou no início de 1999, Bin Laden deu a aprovação para Mohammed avançar com a organização dos ataques. Uma série de reuniões ocorridas no início de 1999, envolvendo Mohammed, bin Laden e seu vice, Mohammed Atef.[110] Atef prestou apoio operacional para o projeto, incluindo seleções de destino e ajuda na organização de viagens para os sequestradores.[110] Bin Laden discordou de Mohammed, rejeitando alguns alvos potenciais, como a US Bank Tower, em Los Angeles, porque "não havia tempo suficiente para se preparar para uma operação desse tipo".[113][114]
Bin Laden liderou e deu apoio financeiro para a trama, além de ter se envolvido na seleção de participantes.[115] Osama inicialmente selecionou Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar, ambos jihadistas experientes que lutaram na Bósnia. Hazmi e Mihdhar chegaram aos Estados Unidos em meados de janeiro de 2000. Na primavera de 2000, Hazmi e Mihdhar tiveram aulas de vôo em San Diego, na Califórnia, mas ambos pouco falavam inglês, mal fizeram as aulas de vôo e, finalmente, serviram como sequestradores secundários.[116][117]
No final de 1999, um grupo de homens a partir de Hamburgo, na Alemanha, chegaram no Afeganistão, incluindo Mohamed AttaMarwan al-ShehhiZiad Jarrah e Ramzi bin al-Shibh.[118]Bin Laden selecionou estes homens porque eles eram educados, falavam inglês e tinham experiência de vida no oeste dos EUA.[119] Novos recrutas foram examinados rotineiramente para habilidades especiais e os líderes da al-Qaeda, consequentemente, descobriram que Hani Hanjour já tinha uma licença de piloto comercial.[120]
Hanjour chegou em San Diego em 8 dezembro de 2000, juntando-se a Hazmi.[121] Eles logo partiram para o Arizona, onde tiveram cursos de reciclagem com Hanjour. Marwan al-Shehhi chegou no final de maio de 2000, enquanto Atta chegou em 3 de junho de 2000 e Jarrah em 27 de junho de 2000. Bin al-Shibh tentou por várias vezes obter um visto para os Estados Unidos, mas como um iemenita, foi rejeitado devido a preocupações que ele ficasse mais tempo do que o seu visto e permanecesse como um imigrante em situação ilegal. Bin al-Shibh permaneceu em Hamburgo, proporcionando coordenação entre Atta e Mohammed. Os três membros da célula de Hamburgo assumiram todos os treinamento de pilotos no sul da Flórida.
Na primavera de 2001, os sequestradores secundários começaram a chegar nos Estados Unidos.[122] Em julho de 2001, Atta reuniu-se com bin al-Shibh na Espanha, onde coordenou detalhes da trama, incluindo a seleção final de alvos. Bin al-Shibh também passou o desejo de Bin Laden de que os ataques fossem realizados o mais rapidamente possível.[123]

[editar]Grupos de apoio

  • Dentro dos Estados Unidos
Por volta de 1.200 estrangeiros foram presos e encarcerados secretamente em relação à investigação dos ataques de 11 de setembro, ainda que o governo não tenha divulgado o número exato.[124]
Os métodos utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos tem sido severamente criticados por organizações de direitos humanos como Human Rights Watch[125] e chefes de governo como a chanceler alemã Angela Merkel.[126]
Até agora o governo dos Estados Unidos não falou a ninguém dos participantes da conspiração que realizaram as operações em terra.
  • Célula de apoio na Espanha
No dia 26 de setembro de 2005, a Audiência Nacional da Espanha, dirigida pelo juiz Baltasar Garzón, condenou a Abu Dahdah a 27 anos de prisão por conspiração nos atentados de 11 de setembro e por ser parte da organização terrorista Al-Qaeda. Ao mesmo tempo, outros 1234 membros da Al-Qaeda foram condenados a penas de entre 6 e 12 anos.[127][128] Em 16 de fevereiro de 2006, o Tribunal Supremo baixou a pena de Abu Dahdah a 12 anos porque considerou que sua participação na conspiração não estava provada..[129]

[editar]Reação

[editar]Resposta imediata

Ex-Presidente dos Estados UnidosGeorge W. Bush é informado sobre o ataque ao World Trade Center.
Os ataques de 11/09 tiveram efeitos imediatos e esmagadores sobre o povo estadunidense.[130] Muitos policiais e equipes de resgate no resto do país tiveram que viajar para Nova Iorque para ajudar no processo de recuperação dos corpos das vítimas dos restos retorcidos das Torres Gêmeas.[131] Doações de sangue também aumentaram nas semanas após o 11/09.[132][133]
Mais de 3.000 crianças ficaram sem um ou os sem os dois pais.[134] As reações das crianças, tanto para essas perdas reais, mas também quanto às perdas da vida e de um ambiente protetor, são resultados bem documentados dos ataques.[135][136][137]
Pela primeira vez na história, o SCATANA forçou todas as aeronaves não-emergenciais civis nos Estados Unidos e em vários outros países, incluindo o Canadá, a pousar imediatamente,[138] deixando dezenas de milhares de passageiros em todo o mundo.[139] Qualquer voo internacional foi proibido de circular no espaço aéreo estadunidense, a Federal Aviation Administration, fazendo com que cerca de quinhentos voos fossem redirecionados para outros países. O Canadá recebeu 226 voos desviados e lançou a Operação Yellow Ribbon para lidar com o grande número de aviões e passageiros que recebeu.[140]

[editar]Operações militares após os ataques

Soldados estadunidenses embarcando em um helicóptero Boeing CH-47 Chinookdurante a Operação Anaconda noAfeganistão.
Às 14h40min de 11 de setembro, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld fez uma rápida emissão de ordens à seus assessores para procurar evidências do envolvimento do Iraque, de acordo com anotações feitas pelo alto oficial Stephen Cambone. "Best info fast. Judge whether good enough hit S.H." - se referindo à Saddam Hussein - "at same time. Not only UBL" (Osama bin Laden), as notas de Cambone citam Rumsfeld dizendo. "Need to move swiftly — Near term target needs — go massive — sweep it all up. Things related and not."[141][142]
O conselho OTAN declarou que os ataques contra os Estados Unidos foram considerados um ataque a todos os países da OTAN e, como tal, correspondem ao 5º artigo da Carta da OTAN.[143] Ao voltar para a Austrália após uma visita oficial aos Estados Unidos na época dos ataques, o então primeiro-ministro australianoJohn Howard, invocou o artigo IV do tratadoANZUS. Na reação aos atentados, a administração Bush anunciou uma "Guerra ao Terror", com metas estabelecidas de levar Osama bin Laden e a Al-Qaeda à justiça e prevenir o aparecimento de outras redes terroristas. Estes objetivos serão realizados através de sanções econômicas e militares contra os Estados vistos como abrigo de terroristas e aumentando a vigilância global e o compartilhamento de informações.
A segunda maior operação dos Estados Unidos na guerra global contra o terrorismo fora dos Estados Unidos e a maior diretamente ligada ao terrorismo, foi o derrube do governo talibãdo Afeganistão por uma coalizão liderada pelos EUA. Os Estados Unidos não foi o único país a aumentar a sua prontidão militar, sendo outros exemplos a Filipinas e a Indonésia, países que têm os seus próprios conflitos internos com o terrorismo islâmico.

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