ESCULTURAS DO BRASIL (CONTINUAÇÃO)


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[editar]Crise e transição para a modernidade

A Academia formou uma série de alunos hábeis, mas quase todos artisticamente negligenciáveis ou dedicados apenas a trabalhos decorativos secundários, excetuando-se talvez Almeida Reis, contemporâneo de Bernardelli e o único que poderia lhe oferecer alguma concorrência.[10] A proclamação da República assinalou o fim de uma era, e evidenciou que reformas no sistema de ensino eram urgentes, acompanhando as drásticas mudanças sofridas pela sociedade. Um Projecto de Reforma no Ensino das Artes Plásticas foi apresentado em1890 ao Ministro do Interior por Décio VillaresMontenegro Cordeiro e Aurélio de Figueiredo, atacando a Academia como instituição caduca e retrógrada, cerceadora das liberdades simbolizadas pelo advento da democracia, e pleiteava a descentralização do ensino com a criação de aulas de arte em todas as escolas públicas, a fim de desde cedo criar um gosto pelas artes entre a população em geral. Também aconselhava a dissolução da Academia e sua substituição por um Museu Nacional.[11] Contudo a proposta era utópica para aquele momento histórico. Suas idéias só poderiam começar a ser concretizadas depois da estabilização no novo regime, e neste momento o que se observou na escultura foi um esvaziamento. Gonzaga Duque, escrevendo sobre o Salão de 1905, ironizava o monopólio exercido por Bernardelli e os elevados gastos institucionais com o ensino da escultura e com o único pensionista, Corrêa Lima [15], e indagava onde estariam os frutos de tal esforço, pela escassez de obras apresentadas nesta técnica.[12]
Jacob Klintowitz assinala que um dos fatores cruciais para a falência do antigo sistema de ensino foi a mudança na abordagem da arte e da criatividade. Diz ele que a criação passou a valorizar e expressar o universo do indivíduo, mudando o seu ponto de partida: "O artista não retira o excesso da natureza e não impõe a ela o seu quadro completo de valores. Ele aprende no ato de fazer. (…) É através do exercício do trabalho que o artista descobre o que ele é, coloca em jogo novas forças anímicas e psíquicas e descobre sua verdadeira identidade",[13]num flagrante contraste com o modo antigo de ver as coisas, quando a arte era coisa pública e servia a uma ideologia geral e dominante, cabendo a cada criador encontrar os meios de se adequar às demandas da sociedade. A estatuária oficial que seria produzida nas décadas seguintes ainda seguiria estes padrões, sob influência da filosofia Positivista que generalizou-se no início da República.

[editar]Século XX

[editar]Ecletismo e Historicismo

Detalhe da fachada da antiga Cervejaria Brahma, Porto Alegre.
Fenômeno característico da busca de novos caminhos que caracterizou o fim do século XIX foi o surgimento de uma tendência historicista na arquitetura e decoração de fachadas, com a utilização de uma linguagem mista ou eclética que resgatava elementos de estilos históricos como o greco-romano, o gótico, o barroco e oromânico, juntamente com influências neoclássicas e outras como a nascente Art Nouveau no início do século XX. Ligada às inovações tecnológicas e mudanças mundiais surgidas na esfera da economia e dascomunicações, esta tendência encontrou amplo espaço para manifestação no Brasil, desejoso que estava por afirmar-se econômica e culturalmente junto às grandes nações capitalistas do mundo ocidental. A arquitetura desenvolvia novas técnicas e a estatuária de fachada incorporava procedimentos industriais baratos e facilitadores como a técnica de moldes em cimento e estruturas de ferro ou aço[14]

[editar]Escultura sacra no início do século

André Arjonas: Santo Expedito. Igreja de São José, Porto Alegre.
No campo da estatuária destinada à decoração de igrejas e ao culto observou-se igualmente um entrecruzamento de tendências retrospectivas e progressistas. Seu uso, contudo, orientado pelas prescrições conservadoras da religião, impediu o desenvolvimento de radicalismos estéticos, e predominaram elementos neoclássicos mais ou menos modernizados. O aperfeiçoamento e difusão da técnica do gesso em molde, presente no Brasil desde meados do século anterior, permitiu a proliferação de incontáveis peças reproduzidas em escala industrial e com baixo custo.
Pietro Stangherlin: Santa Teresa, Catedral de Caxias do Sul.
Se bem que isso tenha de certa forma popularizado a escultura, o público consumidor, das classes mais baixas e sem maior educação, pouca atenção podia dar às qualidades artísticas em si ou às tendências das vanguardas eruditas, e buscava imagens cuja expressão espelhasse primariamente sua devoção. Com isso a qualidade geral da produção sacra baixou drasticamente, embora em algumas oficinas os artífices criadores dos moldes tivessem talento acima da média e deixassem obras de apelo estético e expressividade incomuns. Comunidades religiosas com recursos podiam, contudo, encomendar obras em mármore, pedra ou madeira a escultores de maior reputação, e se encontram finos exemplares em um grande número de templos levantados nas primeiras décadas do século XX.
O Rio Grande do Sul, contando com a presença de muitos imigrantes europeus com sólida formação em arte em sua terra natal, pôde testemunhar um florescimento interessante na estatuária sacra. A família Zambelli foi um exemplo, mantendo até fins do século um grande atelier que proveu peças para grande parte do nordeste do estado e mesmo a capital. Outros escultores sacros de mérito foram Pietro Stangherlin, também ativo no nordeste do estado, e André Arjonas, que deixou uma série de obras de elegantes traços em Porto Alegre e no interior.
Também é digno de nota, com o surgimento de uma burguesia de posses, o grande desenvolvimento da arte tumular, que constituiu talvez o maior mercado consumidor de escultura nesta época. Em São Paulo é célebre, por exemplo, por sua grande quantidade de estatuária de alto nível e com um imaginário simbólico ilustrativo da ideologia burguesa, o Cemitério da Consolação, com criações de Galileo Emendabili,Luigi BrizzolaraAlfredo OlianiVictor Brecheret e Nicola Muniz.[15] Algumas estátuas tumulares apresentam características ousadas, mas consideradas escandalosas para o fim a que se destinavam, com a presença de nus, símbolos pagãos e figuras com traços sensuais. Boa parte desta rica produção ainda está à espera de maior estudo e se encontra atualmente em estado de abandono.[16]

[editar]Art Nouveau e Art Déco

O nascimento da nova sensibilidade apontada por Klintowitz não passou despercebido pelos que viviam as mudanças naquela época. Escrevendo em 1927Angyone Costa deixa claro que se atravessava um momento de transição, onde nada mais havia de definido ou estável: "O homem de agora assiste ao desenvolvimento de sua própria tragedia intima sem acertar os caminhos que o levem ás claras fontes de belleza (…) O momento é de confusão, de busca imprecisa, indecisão de vontade e de valores. (…) O homem de agora não pensa como pensava o homem de um século atrás".[17] Alguns representantes desta fase, citados por Costa, são Modestino Kanto,Magalhães CorrêaCunha MelloFrancisco de AndradeArmando BragaZacco ParanáCelso Antônio Silveira de Menezes e sobretudo Victor Brecheret, de longe o mais importante deles, lembrado por uma obra original que seria uma das primeiras e maiores manifestações do primeiro Modernismo no Brasil. Mas não foram os únicos, e merecem crédito por obras apreciáveis também Décio Villares [16]Ettore Ximenes [17] [18]Amadeu ZaniElio de GiustoAdolfo Rollo e Francisco Leopoldo e Silva, trabalhando em um estilo influenciado pelaArt Nouveau, que representou as últimas manifestações da herança acadêmica.
Galileo Emendabili: Alegoria da Pintura noMonumento a Ramos de Azevedo.
Victor Brecheret: Monumento às Bandeiras, São Paulo.
Bernardelli morreu em 1931 e no mesmo ano a venerada - e por tantos odiada - Escola Nacional de Belas Artes (a sucessora republicana da Academia Imperial) foi incorporada àUniversidade do Rio de Janeiro, deixando de pontificar no cenário nacional, e abriu-se espaço para uma revolução na escultura brasileira. Estava-se em plena Art Déco e os estatuários voltam a se multiplicar, mostrando criações de qualidade. À frente de todos os seus contemporâneos brilhava o mesmo Victor Brecheret, talvez o maior ícone desta corrente e autor de uma obra de refinado equilíbrio formal. Também foi autor do grandioso Monumento às Bandeiras, em São Paulo, embora o melhor de sua obra esteja nas peças de menores dimensões. Sua enorme capacidade de síntese o levaria, em sua fase derradeira, para aabstração [19] [20] [21] [22] [23] [24]. Outros nomes seguiram a frutífera escolaDéco, como Roque de MingoAlfredo Ceschiatti [25] [26]João Batista Ferri e Lelio Coluccini, todos artistas de primeira linha. Nesta seqüência de Bernardelli ao primeiro Brecheret, apesar do sensível avanço, não se pode dizer que tenha havido quaisquer rupturas formais abruptas, mas sim uma transformação gradual e natural, de caráter moderado e em certo sentido conservador.

[editar]Modernismo

Com uma proposta libertária e ousada, absolutamente chocante para quaisquer padrões burgueses, havia acontecido em 1922 a Semana de Arte Moderna em São Paulo, embora tenha exercido um impacto imediato apenas local. Brecheret foi um dos dois escultores a participar, mas este foi o seu maior contato com a vertente mais radical do Modernismo, influenciada pelo Surrealismo, o Cubismo e o Expressionismo europeus. Nesta seara trabalhou o precursor Quirino da Silva, que em 1925 criou um busto de Dom Quixote de linhas geometrizadas, e depois Lasar SegallAntônio GomideElisabeth Nobiling [27]Julio GuerraErnesto de Fiori [28] [29], com peças de feições apenas esboçadas e tratamento rústico de superfícies, explorando a materialidade, o que emprestava um aspecto de inacabado às composições e prepararia o caminho para o florescimento da escultura abstrata a partir da década de 50.
O Modernismo significou a abertura de um amplo leque de novas possibilidades em termos de forma, técnica, temática e expressividade. Desde então as correntes e estilos se multiplicaram e já não se pode acompanhar uma linha central unificada. O crescente intercâmbio cultural com outros países inundou o Brasil de novas informações e novos conceitos que foram prontamente assimilados e adaptados segundo as características no ambiente artístico nacional.
De todas as inovações nesta primeira metade do século, talvez a mais marcante tenha sido o desenvolvimento da escultura abstrata, introduzida formalmente no país com uma obra de Jacques Lipchitz instalada na frente do prédio do antigo Ministério da Educação e Saúde, no Rio, uma construção de Le Corbusier de 1936. Mas a tendência não era completamente nova e já vinha se anunciando no trabalho de artistas como Victor Brecheret, e se desenvolveria com força depois da década de 50, com a criação das Bienais de São Paulo, onde em sua primeira edição, em 1951, foi premiado o escultor Max Bill. Este evento pode ser considerado o marco inicial da contemporaneidade na arte brasileira.

[editar]A escultura brasileira contemporânea

Alfredo Ceschiatti: Justiça, Brasília.
Os anos 50 são marcados pela acelerada expansão do abstracionismo, tanto de linhas geométricas como informais. O Concretismo, um estilo de abstração geométrica, se torna a moda do momento, sendo louvado por críticos e artistas e dominando os salões e galerias. Paralelamente assistiu-se ao desenvolvimento de uma abstração informal, de tendência lírica ou onírica,[18] e logo se notou também um grupo de artistas que, não desejando abandonar de todo a figuração, passaram a incorporar estilizações abstratizantes a uma estrutura ainda figurativa, seguindo o exemplo de mestres internacionais como PicassoHenry Moore e Alberto Giacometti.
Em termos de arte pública a construção de Brasília na década de 1950, um ambicioso projeto arquitetônico, urbanístico e artístico, centralizou as atenções nacionais e abriu um mercado para a produção de uma escultura monumental, sendo o coroamento de uma onda de renovação arquitetônica em larga escala que vinha acontecendo desde o Estado Novo e se disseminou pelos grandes centros urbanos do país.
Nos anos 60, acompanhando o surgimento da dita Nova Figuração na pintura, frutificou entre os escultores uma tendência irônica derivada da arte Pop norteamericana, e outra que resgatava aspectos do expressionismo, refletindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Entre estes anos e a década de 1980 o Brasil viu ainda aparecerem obras conceituais,minimalistaspoverasland artinstalaçõesmóbiles e obras que recuperavam elementos da arte popular. Tantas tendências operando num mesmo momento acabaram por se entrecruzar, formando uma variedade inextrincável de subtipos e gêneros mistos de arte que em maior ou menor grau fundiam, transformavam e aplicavam princípios, técnicas, materiais e recursos conceituais da escultura. Todas estas linhas de trabalho ainda estão presentes na escultura brasileira mais recente. Ao contrário de se esgotarem ou envelhecerem, sua fertilização mútua tem propiciado o aparecimento de soluções sempre novas que se adaptam à evolução da arte e da sociedade, e muitos artistas experimentaram mais de uma delas ao longo de sua trajetória, tornando impossível uma categorização excludente. Contudo pode-se citar alguns nomes que se destacaram em especial em uma ou outra forma de expressão.
Bruno Giorgi: Teorema.
Assim, na abstração geométrica, alinhados a princípios concretistas, neoconcretistas e minimalistas, foram ou são de importância Bruno Giorgi (que também na figuração deixou trabalhos notáveis) [30] [31] [32]Ascânio MMM [33] [34]Franz Weissmann , Amílcar de Castro [37] [38]Lígia Clark [39]Emanoel Araújo , Haroldo BarrosoYutaka Toyota [42] [43]Sérgio de Camargo , Sérvulo Esmeraldo[46][47] e Geraldo Jürgensen. Nitidamente conceituais são Willys de Castro [48] [49] eWaltércio Caldas [50] [51], e a obra mista de escultura e pintura de Pedro Escosteguy[52], um dos pioneiros do conceitualismo politicamente engajado no Brasil.
Produziram obras influenciadas pela arte Pop Gustavo NakleMaria Helena Chartuni e Rubens Gerchman [62] [63]; a figuração tinta de expressionismo foi cultivada por Francisco Stockinger [64]Carybé e Domenico Calabrone [65], e representando o realismo mágico ou osurrealismo estão Francisco Brennand [66] [67] e Fredy Keller.
Continuando o figurativismo, em sínteses abstratizantes mais ou menos profundas, mas numa atmosfera classicista, trabalharam Pola RezendeAldemir MartinsAbelardo da Hora [68] [69]Sonia EblingVasco Prado [70] [71]Elisabeth Nobiling [72]Felícia Leirner [73] [74] (que depois criou obra importante na abstração informal), Gaetano FraccaroliMoussia Pinto Alves e João Bez Batti.
A geração mais recente de escultores tem utilizado à larga e em completa liberdade recursos e materiais novos oferecidos pela indústria e tecnologia, como o computador para projetar suas obras e as resinas, borrachas e plásticos para realizá-las, e tem incorporado, conforme sua necessidade expressiva, além de todo o enorme acervo de técnicas e formas herdadas da cultura anterior, procedimentos típicos doPós-modernismo como citacionismo e a releitura. Dentre eles se alinham Sérgio Romagnolo [75] [76]Sandra Cinto [77]Mauro Fuke,Carmela Gross [78], Frida Baranek [79] e uma multidão de outros talentos emergentes.

[editar]Escultura popular

A escultura no Brasil não se limitou nem se limita às manifestações da grande arte oficial ou erudita. Desde os primeiros tempos existiram variadas expressões nascidas da gente do povo, inculta, longe das riquezas que patrocinaram a construção das grandes igrejas decoradas com luxo e dos prédios estatais grandiosos com suas estátuas monumentais. Já vimos que grande parte da estatuária barroca e neoclássica que chegou aos dias de hoje pertence a esta categoria, mas outros tipos escultura também são tradicionais na herança cultural popular brasileira: a carranca e o ex-voto.
Benvenuto Conte: Figura do grupo da Lamentação do Senhor MortoCapela do Santo Sepulcro.
Escultura popular em Caruaru.
As carrancas são grandes cabeças de animais, às vezes seres híbridos de animais e homens, colocadas na proa de barcos que trafegam há séculos os rios do Nordeste, ou são algumas vezes instaladas na entrada das casas populares. Em ambos os casos sua função é mágica e propiciatória, se destinam a afastar as forças maléficas e atrair as benfazejas. Sua existência é atestada desde a antigüidade em várias culturas do mundo, sempre com as mesmas funções e características. Mostravam sempre expressões furiosas, para que os imaginados monstros existentes nos ermos assim fossem afugentados. No caso do vale do rio São Francisco, onde este gênero foi mais comum, se julgava que sob seu leito vivia um grande monstro em forma de serpente, chamado de Minhocão, e os bancos de areia seriam habitados pelo Cão d'Água, e as carrancas com fauces escancaradas e dentes enormes deveriam ter o poder de intimidá-los. Nenhum barco ali navegava sem uma carranca protetora, e esta tradição só começou a desaparecer com a chegada dos navios a vapor e com a fundação de uma ermida às margens do rio dedicada ao Senhor Bom Jesus da Lapa, sendo que o último artesão a produzir carrancas ainda dentro do espírito tradicional foi Francisco Bicuíba de Lafuente Guarany, ativo até cerca de 1972.[19] Atualmente o gênero conhece um renascimento, mas agora desprovido de conotações místicas e inserido no mercado de arte e decoração.
A outra categoria é o ex-voto, igualmente de origem arcaica, e presente em todos os pontos do Brasil onde existe alguma devoção religiosa. São as esculturas de partes do corpo, ou representando algum objeto simbólico, depositadas em templos agradecendo alguma graça alcançada ou a cura daquele membro representado. Existem em todos os tamanhos e graus de refinamento, em cera, madeira ou outros materiais, e não são raros os exemplares esculpidos com perícia, sendo os mais antigos ou especialmente criativos conservados em muitos museus de arte. Grande número de igrejas preserva vastas coleções de ex-votos.
Numa outra esfera estão os objetos de classificação difícil, transitando entre a arte e o artesanato, encontrados em todo o território nacional, mas especialmente no Nordeste, que é riquíssimo em diversos tipos de escultura e estatuária popular. Desde os pequenos grupos emterracota representando os ofícios urbanos, os bonecões usados nos blocos carnavalescos do Nordeste, as figuras de animais, até grandes imagens sacras em madeira ou cimento, a multiplicidade de expressões torna difícil elencarmos todas. Mas não é possível passarmos sem a menção a alguns artífices que pela originalidade, força e beleza de suas criações deixaram o anonimato, que impera neste campo, e conquistaram reconhecimento não apenas regional, mas nacional e internacional, como Antônio Poteiro [80]Mestre Vitalino [81], Isabel, Severina de TracunhaémNhô CabocloMestre ExpeditoGTO [82] e tantos outros.

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