GUERRA DAS MALVINAS- PARTE 2 (CONTINUAÇÃO)


Batalha de Goose Green

Soldados argentinos no campo de batalha
Entre as poucas pessoas do lado britânico que não estavam atribuladas para o dever dos acontecimentos se contavam, curiosamente, o Contra-Almirante Woodward e o General Thompson. Ambos tinham seus motivos.
Apesar das severas perdas sofridas, Woodward, como bom marinheiro, conhecia de sobra um princípio básico da guerra naval: sem importar as coisas espetaculares que seriam os golpes propinados ou recebidos, no mar ganha quem fica. A Marinha Argentina se desgastava no porto desde o afundamento do General Belgrano enquanto que a Royal Navy, maltratada ou não, permanecia no mar. O que fez, uma vez completado o desembarque, foi retroceder suas posições tanto como pôde sem denegrir o apoio às unidades presentes em Ilha Soledad. Importantes forças de reserva, como os milhares de homens a bordo do Queen Elizabeth II, foram à deriva nas ilhas Geórgia do Sul. Seus suprimentos e reforços, em vez de viajar diretamente às Malvinas, descreviam um semicírculo que os colocava fora do alcance da aviação argentina. Sim, a Royal Navy havia sofrido severas perdas, porém não era a primeira vez que ocorria em sua história nem seria a última. O fato é que continuava sendo a dona do mar.
O general Thompson, responsável pelas forças terrestres, também tinha seus próprios motivos para não perder a moral. Em último recurso as guerras são ganhas quem conquistam a terra e, a partir do seu punto de vista, o desembarque havia se tornado um êxito total, somente obscurecido pela destruição dos equipamentos a bordo do Atlantic Conveyor e do Sir Lancelot. Em geral, todos os seus homens haviam chegado a terra junto com a maior parte do seu material, estavam bem estabelecidos e protegidos contra ataques aéreos tanto por seus próprios sistemas antiaéreos como pelas patrulhas de Harriers e suas linhas logísticas, embora ameaçadas, seguiam abertas. Frente a isto, 12.000 homens do Exército e da Marinha argentinos. Porém 12.000 homens essencialmente apostos, exceto pelo par de contêineres que os aviões de transporte Hércules transportavam a cada noite a partir do continente.
O Brigadeiro Thompson decidiu que era imprescindível fechar a bolsa que o inimigo fazia o antes possível, confinando-o nos arredores de Puerto Argentino, agarrando-o entre suas próprias forças e o mar dominado pela Royal Navy. E ao mesmo tempo, estabelecer rapidamente uma cabeça de praia desde o interior na costa leste da Ilha Soledad, de tal modo que sua linha logística não tivera que penetrar nas perigosas águas do estreito de San Carlos, agora conhecido como "o corredor das bombas". Dessa forma, os suprimentos e reforços poderiam chegar diretamente a partir do oceano, o seu oceano.
Ordem de batalha
Forças argentinasForças británicas
• 12º Regimento de Infantaria.• 4 companhias del 2 PARA.
• 1 companhia do Regimento de Infantaria 25 (tipo Ranger).
• 1 bateria de artilharia com canhões de 105 mm.• 3 peças de artilharia do 29 °Comando com quase mil projéteis de calibre 105mm e uma unidade Milan antitanque.
• 1 seção do Regimento de Infantaria 8 (3º seção da companhia C).
• defesa antiaérea AAA pesada (Oerlikon de 35 mm e similares).• 2 unidades Blowpipe.
• apoio aéreo limitado pelo mau tempo.• helicópteros Scout de reconhecimento e apoio aéreo de 3 Harriers ao anoitecer do dia 28.
• breve apoio naval da fragata HMS Arrow com 135 projéteis de calibre 114mm.
Total RRHH:
• Mais de 700.• 600 homens.
(Comandante: tenente-coronel Italo Piaggi)(Comandantes: tenente-coronel Herbert Jones —morto— e o major Chris Keeble)
Parte norte da Ilha Soledad (topônimos ingleses). Observe-se que a conquista do corredor entre Darwin e Goose Green parte da Ilha Soledad em duas metades e libera o passo a partir do ponto de desembarque em San Carlos até o oceano, ao Leste.
O primeiro ponto de ataque ficava, pois, evidente; e já durante as primeiras inserções o tiveram em conta. O lugar seria Goose Green (Pradaria do Ganso). Se as forças do Batalhão de Paraquedistas 2 (2 PARA) estacionadas em Darwin logravam tomar esta posição (e de propósitto, o seu aeródromo), as forças argentinas ficariam rodeadas na metade norte da Ilha Soledad, ao outro lado das montanhas, e ele teria acesso a um corredor costeiro até o oceano. A primeira batalha terrestre da Guerra das Malvinas só podia ocorrer, pois, em Goose Green.
Pouco depois da meia-noite do dia 28 de Maio de 1982, o 2 PARA partiu do lado ocidental do extremo norte do istmo que divide Ilha Soledad em dois. As companhias B e D penetraram no istmo, enquanto que a conpanhia A se situou ao leste. A companhia A iniciaría o ataque desde ali, tomando Burntside House sem achar presença argentina. Às 03h30min, as companhias B e D se dirigiram à posição de Boca Hill. De pronto, receberam fortes rajadas de fogo inimigo. A batalha de Goose Green havia começado.
Mapa da batalha de Goose Green.
Entretanto, a companhia A, do major Dair Farrar-Hockley seguiu seu caminho até o sul para encontrar-se com uma seção do 25o. Regimento de Infantaria na colina Darwin. Na luta seguinte, os argentinos detiveram o avanço da companhia A, apesar de sofrerem severas perdas que incluíram o seu comandante, o tenente Roberto Estévez. O ataque britânico havia sido detido.
O soldado recruta Sergio Rodríguez do Regimento 25 (tipo Ranger) foi ferido nesse combate disparando as últimas balas de sua metralhadora MAG. En uma edição especial do diário Tiempo Argentino (Maio de 1983, pág. 10) relata assim a morte do tenente Estévez:
" … chegou a minha posição o tenente Estévez ferido com dois tiros no corpo, na perna direita e no braço, que o teria atravessado. Me perguntou se estava ferido, que o dele não era nada (…) seguia dando ordens e fazendo-os manter o combate, entretanto ele com o único braço se comunicava con o comando, dando toda a informação sobre o inimigo. Não sei como os ingleses haviam tomado posições tão altas. Estava falando pelo rádio no meu lado, quando recebi um tiro de raspão na cabeça que o entrou pelo pulmão direito. O impacto bateu por trás a Estévez. Eu já não tinha medo de nada. Era como que esperava ter um tiro a um inglês, e eu o matava, ou ele me mataria. E o tenente sangrando… houve um momento em que lançaram dois fragmentos de bala na cabeça, e o tenente Estévez, que agonizava em silêncio, pede-me que ponha o casaco de um morto. Caíam os filetes de sangue pelo rosto. Quando voltei a olhá-lo, o tenente Estévez estava morto…"
O tenente-coronel H. Jones, ao comando da operação, não desejava ver-se envolto em uma batalha estática com forças ligeiramente inferiores em número, e as suas ordens eram tomar Goose Green com a maior rapidez possível. Fez ato de presença na companhia A e dirigiu pessoalmente um grupo contra a colina Darwin. Às 10h30min aproximadamente, cairia mortalmente ferido no seguinte episódio: em circunstâncias que o Tenente-Coronel H. Jones e dois de seus homens tentam tomar por assalto uma trincheira com soldados do RI 12, são observados desde um "pozo de zorro" pelos AOR (aspirantes a Oficiais de Reserva - Soldados Recrutas) Guillermo Huircapan e Jorge Ledesma, quem com fogo de metralhadora e fuzil desbarataram este avanço do Chefe do II Batalhão de Paraquedistas, caindo este mortalmente ferido.
Isto se depreende das investigações feitas pelos próprios argentinos e dos testemunhos de seus protagonistas, corroboradas aliás pelo lugar exato de onde morreu o Tenente-Coronel Jones, na colina de Darwin, aonde foi construído um monumento em sua memória. A colocação do monumento não coincide em absoluto com a posição de onde combateu o Subtenente Gomez Centurión, o que faz cair por terra a versão militar argentina que afirmava que Jones mata Gómez Centurión logo depois de uma conversa.
Esta versão militar argentina ficou desvirtuada 25 anos depois do término da Guerra, após as conclusões às quais chegaram os próprios argentinos através das obras "Partes da Guerra" dos Licenciados Speranza e Cittadini e "Pradaria do Ganso - Uma Batalha da Guerra das Malvinas" do investigador-escritor Oscar Teves do qual se conclui que o mais alto oficial inglês caído na Guerra das Malvinas abatem 2 Soldados Recrutas no cerro Darwin.
Agora havia dois combates em marcha nas alturas de Darwin: uma ao redor da baía Darwin, e outra de igual ferocidade em frente a Boca House, defendida pelo subtenente Guillermo Aliaga ao comando da 3a Secção de Atiradores do Regimento 8. A defesa é tenaz, apesar do pesado assalto com morteiros, metralhadoras e projéteis antitanques. Na colina Darwin, o pelotão do Regimento 12 ao comando do subtenente Ernesto Peluffo e os AOR do já falecido Tenente Roberto Esteves, defendiam ferozmente suas trincheras. Se destaca o valor do subtenente Peluffo e de muitos soldados não profissionais que esgotam sua munição e se reabastecem várias vezes com a do pessoal morto. Aqui «os defensores argentinos lutaram encarniçadamente», segundo os autores Max Hastings e Simon Jenkins.
Com o apoio da unidade Milan antitanque, que destruiu numerosas posições argentinas, a companhia A do 2 PARA fez finalmente com as colinas Darwin Boca. Porém, a resistencia é feroz e o plano concebido originalmente pelo falecido comandante Jones, um fracasso. Por trás de uma severa reorganização no meio do combate, os paraquedistas britânicos logram por fim superar as altitudes de Darwin à primeira hora da tarde do dia 28 e descer até Goose Green. Porém, o combate não pára: enquanto as companhias C e D estão tomando a base aérea e a escola do povoado, seguem os tiroteios. Pouco antes do anoitecer — às 5 da tarde, tão rigoroso está o inverno — e aproveitando um instante de bom tempo para produzir um ataque aéreo argentino e outro britânico, que apenas possam causar danos em terra. Sem dúvida um Pucará e um Aeromacchi argentino caem abatidos.
Saldo da batalha de Goose Green
Perdas argentinasPerdas britânicas
• Aprox. 50 mortos.• 15 Paras (+2 outros) mortos .
• Aprox. 120 feridos.• 64 feridos (fuente)
• 1.083 prisioneiros.
• Abundante material.
• 3 Pucará.• 1 Sea Harrier (4 de Maio) 1 Harrier GR.3 (27 de Maio)
• 1 Aeromacchi MB.339.• 1 helicóptero Scout.
Resultados estratégicos
• Goose Green capturado pelos britânicos.
Durante o anoitecer, Keeble oferece a Piaggi que se renda em termos honoráveis. Ante a extrema violência dos combates e a elevada perda de vidas, Piaggi cede. Goose Green caiu em mãos britânicas depois de 14 horas de combate. Quando amanheceu jaziam 15 paraquedistas, 1 Engenheiro Real e 1 piloto britânico mortos, além de 64 feridos. Em torno de 50 argentinos morreram, outras centenas ficaram feridas e mais de mil argentinos foram feitos prisioneiros. Estes serão repatriados via Montevidéu. A posição estratégica britânica em Ilha Soledad está consolidada e seus inimigos expulsos. A partir de agora, é só uma questão de tempo até que a guarnição argentina nas Malvinas entre em colapso.
Em San Carlos, o general Thompson estava contente. Porém, tinha outro problema: os helicópteros com que contava para uma rápida ação aeroterrestre contra Puerto Argentino não eram mais do que ferragens a bordo do calcinado Atlantic Conveyor. As tropas britânicas terão que avançar a pé, através das montanhas geladas. Será um longo caminho.

[editar]Golpes entre os gelos

No dia 30 realizou a operação mais importante da Força Aérea Argentina cujo saldo, apesar dos êxitos dos dias precedentes, é confuso. Sabiam que o almirante Woodward havia retirado seus navios como fazia no leste como o foi possível, sem deixar desprotegidas às suas forças nas Malvinas, e também sabiam que com 3.800 britânicos já desembarcados e suas forças embolsadas, somente uma série de golpes devastadores podiam evitar a derrota. Em particular, era de essencial importância deter as patrulhas de Harriers, que vinham demostrando ser abertamente superiores em combate aéreo a qualquer coisa que a força aérea e aeronaval argentina pudera opor-lhes. Por mais arriscado que fora, tinha que atacar os porta-aviões, com o mesmo coração da frota britânica. Durante os dias anteriores se havia estabelecido firmemente a posição do HMS Invincible em 51°38'S 53°38'W. Seria, pois, o Invincible.
O porta-aviões britânico HMS Invincible visto do USS George Washington em 1998.
Na manhã do dia 30 decolaram de Río Grande quatro Skyhawks com bombas de 250 kg retardadas por paraquedas — para evitar as falhas de detonação que impediram a destruição de grandes alvos nos dias anteriores — e dois Super Étendards, um dos quais transportava o último Exocet AM.39 ar-terra da Argentina.
Após reabastecer-se em voo, atacaram a partir do sul. O primeiro a disparar foi um Super Étendard, lançando seu Exocet contra um alvo de grande tamanho nitidamente detectado em seu radar. Cumprida sua missão, os Super Étendards deram a volta para retornar à base. Sem mais Exocets disponíveis, seu papel na guerra havia se encerrado.
Os Skyhawks, ao contrário, utilizaram o rastro do Exocet para guiar-se até o alvo. De pronto, observaram "uma grande coluna de fumaça preta no horizonte". O Exocet, uma vez mais, havia alcançado algo. Porém, ao mesmo tempo havia posto em alerta os porta-aviões e sua escolta, a fragata HMS Avenger. Quando os pilotos argentinos chegaram, se encontraram com densas camadas de fumaça preta e de névoa branca geradas pelos dois navios para ocultar-se, pelo que não puderam avaliar que tipo de danos havia ocasionado pelo Exocet (segundo a versão britânica, foi detectado aproximando-se e destruído com um disparo DP de 114 mm, porém parece bastante improvável que um disparo de 114 mm intercepte um ágil míssil antinavio). Também se encontraram com algo mais: uma densa barreira de fogo antiaéreo. Quando já tinham claramente o HMS Invincible em suas miras, um míssil Sea Dart derrubou o avião líder, e o fogo antiaéreo do 1o. tenente Omar J. Castillo, tão próximo que um de seus motores caiu sobre o elevador de aeronaves do porta-aviões, produzindo um pequeno incêndio. Ambos os pilotos morreram.
Porém, os outros dois lograram lançar suas bombas e escapar da área a grande velocidade, perseguidos por mísseis e balas. Acharam a última vista de seu alvo de longe, e asseguram tê-lo visto envolto em "uma fumaça densa e preta". Sem dúvida, a versão britânica da história tampouco está de acordo. Assegura que os pilotos argentinos, entre tantas névoas, confundiram al Invincible com o Avenger e suas bombas foram parar no mar.
Nesse mesmo dia, ocurreu um incidente em terra que demostrou a coragem do pessoal de quadros do Exército Argentino. Durante as operações preliminares de reconhecimento para o avanço até Puerto Argentino/Port Stanley, 19 homens da Brigada de Comandos 3 ao comando do capitão Rod Boswell, apoiado por um helicóptero Sea King entraram em contato com a 1a. Secão de Assalto a cargo do capitão José Vercesi, da Companhia de Comandos 602 estabelecida no chamado Casarão de Top Malo. Durante o combate, morreram o tenente Ernesto Espinoza e o primeiro-sargento Mateo Sbert.
O primeiro soldado britânico ferido em combate foi um que destruiu a bazuca do tenente Espinoza (que era um atirador especial), com um fuzil Magnum 300 com mira telescópica noturna. Porém depois o tenente recebeu um impacto de lança-foguete descartável e detonou, junto com os explosivos e as granadas que a sua equipe levava. A casa se incendou, e os comandos argentinos saíram combatendo. O primeiro-tenente Horacio Losito saiu ferido da casa, tinha cravado um fragmento na cabeça e buscou acobertar-se, porém antes recebeu outro disparo na coxa. Os comandos argentinos estavam equipados com munição perfurante e letal. Losito tomou cobertura em uma sala, de onde pela perda de sangue começou a sentir que suas forças estavam acabando. Viu como dois soldados britânicos aproximaram-se, disparando suas pistolas-metralhadoras. Apontou a um deles e deu os tiros. Quando foi apontar ao outro, ficou sem forças, a vista dele escureceu e não pôde disparar o seu fuzil FAL. Tudo isso sucedeu em quarenta minutos. Em seguida, foi tomado prisioneiro e atendido de suas feridas pelos soldados britânicos. Dois argentinos foram mortos, seis feridos e os últimos cinco caíram prisioneiros. Os britânicos sofreram quatro baixas.
Entre os dias 29 e 31 de maio de 1982, aconteceram violentos combates sobre as encostas do monte Kent. Os chefes das Companhias de Comandos 601 e 602 planejavam uma operação para ocupar as colinas mais ou menos sobre a linha do monte Kent. Os majores Mario Castagneto e Aldo Rico iam levar duas companhias de comandos a "enterrá-las" para depois tomar os helicópteros britânicos de surpresa. Mandaram cinco patrulhas em 29 de maio, e no outro dia ia juntar-se ao Esquadrão de Forças Especiais 601 da Guarda Nacional sob as ordens do major José Spadaro. Porém, no dia seguinte, os helicópteros já não podiam sair por causa dos alertas aéreos. Somente fez decolar um Puma, com 17 comandos, sob as ordens do capitão Jorge San Emeterio da Guarda Nacional, porém foi alcançado pelo fogo terrestre (possivelmente próprio) e morreram 6 soldados.
O capitão Tomas Fernández enviou um grupo para explorar o caminho até o cume do monte Bluff Cove Peak, porém, na primeira encosta, ao subir a ladeira íngreme, caíram numa emboscada. Ali caíram imediatamente os boinas verdes Ruben Eduardo Márquez e Oscar Humberto Blas. O golpe devastador era obra dos comandos britânicos (SAS) do major Cedric Delves.
Como simples mostra do vivido nos combates com as patrulhas do Esquadrão D do Special Air Service (SAS) reproduz um fragmento doInformativo Oficial do Exército Argentino referido "Cruz do Heróico Valor em Combate" outorgada ao primeiro-tenente Rubén Márquez, que se põe à frente da 2a. Secão, seguido a curta distância pelo primeiro-sargento Oscar Blas.
"Opor-se a uma facção inimiga superior em número em ocasião que integrava uma patrulha de exploração que operava em uma zona ocupada pelo inimigo. Alertar com sua ação a seus camaradas e combater até lograr que estes se enfrentaram, oferecendo sua vida nesta ação."
Ambos os soldados são abatidos pelo fogo automático do inimigo, porém permitem ao resto da patrulha da 602 enfrentar-se. Por sua conducta, ambos receberam a mais alta condecoração argentina - a "Cruz ao Heróico Valor em Combate".
A 3a Seção de Assalto, sob às ordens do capitão Andrés Ferrero foram deixados por um helicóptero Bell UH-1H a 500 metros do monte Kent. Os soldados da 602 iam separados por 50 metros, portando duas metralhadoras, mísseis Blowpipe e granadas de fuzil. O primeiro-tenente Francisco Maqueda ia adiante, para que sua experiência de montanhista servira à patrulha. Em determinado momento, o capitão Ferrero, junto com o sargento Arturo Oviedo, se adiantou para comunicar algo ao primeiro-tenente Maqueda: nesse preciso instante uma chuva de fogo cruzado se abateu sobre os soldados que caminhavam atrás. O capitão Ferrero com Maqueda e Oviedo caíram e os deram como mortos. Sem dúvida, uma troca de tiros de munição traçante nas encostas do monte os fêz saber que nem todos os seus homens haviam sucumbido.
Depois da emboscada no monte Kent, os capitães Fernández e Ferrero e os sobrevivientes das patrulhas da 602 trocaram tiros com o inimigo apostado nas alturas e responderam até o fundo do vale e encontraram covas de onde puderam esconder-se. Permaneceram ali isolados durante três dias, observando os helicópteros britânicos que se decolavam de San Carlos até o monte Kent.
As patrulhas do SAS tiveram quatro feridos graves nas partes altas do monte Kent e Bluff Cove Peak, entretanto o que aconteceram aos soldados argentinos da 602 e da Guarda Nacional foram oitoo mortos e nove feridos (a maioria soldados de patrulha do capitão San Emeterio).
No dia 1° de junho de 1982, 5.000 homens da Brigada de Infantaria 5º, dos Gurkhas e da Guarda Galesa e Escocesa desembarcam em San Carlos, de onde se suspeita que já opera uma pista para os Harriers. Agora as forças terrestres estão quase igualadas em número. Um míssil Roland de fabricação francesa abate de Puerto Argentino/Port Stanley um Sea Harrier FRS.1.
Agora os avanços britânicos a 20 km de Puerto Argentino/Port Stanley e o Batalhão 42 de Comandos tomaram os montes Kent e Challenger, donde se concentram a acumular suas forças em meio a um tempo espantoso. Agora, os navios, a artilharia e os aviões britânicos bombardeiam quase constantemente a linha argentina estendida sobre os morros Longdon-Dos Hermanas-Harriet. Nestas circunstâncias deve destacar-se a valorosa atitude do capitão Carlos López Patterson, quem, sob o fogo inimigo, recorre às posicões no morro Dos Hermanas dando apoio moral ao pessoal da Companhia C do Regimento 4.
Nessas recorridas, uma coisa que sempre me emocionava era que, enquanto saudava ao subtenente Llambias Pravaz, os soldados dessa seção aplaudiam e comemoraram vitórias. Deve ser porque notavam que lhes reconhecia o valor que estavam adquirindo nesse lugar. Porque estavam muito sós, esperando o inimigo, só eles e suas almas. Ou talvez, porque ao ver o chefe que vá dizer-lhes duas palavras - gesto fraternal de uma pessoa jovem a outras pessoas jovens - sentiam reviver suas vitórias. Um dia, me aproximei de um rapaz e me disse "Já que nos dançamos nesta, vamos fazê-lo bem. Vamos apoiar o subtenente que está enfermo e segue igual com a gente. Temos que ajudar antes que congelem os pés, ou ao que se assuste. Porque daqui saímos todo mundo ou não sai ninguém." O que podia contestar?
Como chefe da Companhia B do Regimento de Infantaria 6 "General Viamonte", o major Oscar Ramón Jaimet fala de seus subordinados desde então.
Aliás, todo o mundo compartilhou os mesmos riscos, as mesmas privações e as mesmas atividades, apesar do mesmo frio e dos mesmos poços que encheram de água. Havia uma tendência de criar diferenças - ou fazer crê-las - entre a vida que dessenvolvia o oficial, o suboficial e o soldado. Meus chefes de seção [os subtenentes Aldo Franco, Augusto La Madrid, Guillermo Robredo e Guillermo Corbella] dormiam junto com os soldados. Eu dormia com os soldados na posição. (Malvinas: Contrahistoria, página 84)
Numerosos soldados recrutas resgatam e valorizam com objetividade a tarefa dos quadros nas Malvinas. Rubén Gaetán integrou a Companhia de Engenharia de Combate 601 durante a contenda.
Meu chefe imediato era o cabo Domingo Villarreal que nos dirigia com eficiência e camaradagem. Porém, minha melhor recordação que tenho é o primeiro-cabo Miguel Galarza, um soldado profissional, e acima de tudo um exemplo de homem. Nos cuidava como um pai. Siga este exemplo. Nos primeiros dias de Junho, durante uma madrugada em que nós aguentamos um intenso canhoneio naval e ataque de artilharia inimiga, e como os projéteis caíam diretamente sobre nossas posições, Galarza nos fez retirar a sítios mais seguros. Villarreal e o teniente Horacio Blanco ficaram de onde nós estávamos. Recordo que me pediu a minha FAP e me entregou sua FAL. Naquele canhoneio foi a salvá-los, e Galarza e seus companheiros terminaram retirando-se também e chegaram até nós. Menos mal que foi assim. Quando o perguntei por minha arma, me disse que a havia perdido ao regressar. Um projétil havia acertado de cheio de onde eles estavam como um rato antes. Ele e os que ficaram a seu lado sentia a proteção do soldado profissional até nós, humildes recrutas e desde logo, o imenso valor que tais oficiais e suboficiais demostraram. (Así peleamos, página 154)
Sobre o aprovisionamiento daqueles dias, Julio Lago (soldado de campo do Regimento 7 "Coronel Conde") mostra sua particular visão.
De entrada fazíamos três refeições por dia, depois duas e ao final, uma. Levantavas-te às quatro da manhã e preparavas um mate cozido; depois já entravas com a comida que se repartia ao meio-dia, outra mais que era repartida às quatro, cinco da tarde, e a preparar tudo para o outro dia. E assim era continuamente. O problema era que amanhecia às dez da manhã ou às nove, e escurecia às três e meia. Com o toque de recolher não podia circular de noite, ou seja, não havia tempo para andar repartindo a comida.
Continuando com esta linha de pensamento o soldado recruta classe 63 Francisco Montenegro, do Regimento de Infantaria 1 "Patricios" explica seu modo de analisar a realidade.
Por suposto que o aprovisionamiento era deficiente, por uma razão muito sensível, era o aprovisionamiento em condições de guerra, o terreno não permitia o deslocamento de um jeep rebocando uma cozinha de campanha, sem falar da contínua observação do inimigo. Não há guerra em que o soldado não tenha passado fome e frio, isso é parte do negócio. (Así Peleamos, página 216).
Em 3 de Junho, um ataque dos Black Buck destrói um radar de controle de fogo Skyguard. Nessa noite, uma nova missão de exploração a cargo de uma patrulha ao mando do primeiro-tenente Jorge Vizoso Posse da 602 detecta escassa presença inimiga no monte Challenger, o qual oferece um flanco favorável para atacar a artilharia inimiga, embora a ocasião é perdida pelos responsáveis da defesa. Durante a noite de 4/5 de Junio, o radar Rasit do Regimento 7 no monte Longdon detecta o movimento de três atiradores especiais do 3 PARA, abrindo fogo no pessoal com morteiros e artilharia. Os paraquedistas se protegem como consequência do fogo recebido.
Em 5 de Junho a 3a Seção da 602 a cargo do capitão Andrés Ferrero ao qual acompanha o major Aldo Rico logra desalojar do monte Wall ao pelotão a cargo do tenente Tony Hornby, do Batalhão de Comandos 42, com o apoio coordenado de fogo do Grupo de Artilharia 3 embora devem abandonar a posição algumas horas mais tarde para não ser pego pelo dispositivo inimigo. Em 6 de Junho, a 2a Seção da 601 liderada pelo capitão Rubén Figueroa se propõe a abrir uma emboscada na ponte sobre o Rio Murell com elementos avançados do 3 PARA, surpreendidos a partir de uma elevação rochosa por duas patrulhas ao mando dos cabos Paul Haddon e Peter Brown, e logo depois de uma eficaz troca de tiros, teve um soldado ferido porém logram pôr em fuga 30 paraquedistas britânicos capturando equipamentos de comunicações, códigos e material. Entretanto o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a resolução 505, que designa como mediador a Pérez de Cuéllar. No dia 5, Estados Unidos e o Reino Unido vetam um novo projeto de cessar-fogo.
Para o general Moore, agora comandante das forças terrestres britânicas, a "crise das Malvinas" está praticamente resolvida. O cerco sobre Puerto Argentino/Port Stanley já estava quase fechado. Tão somente devem desembarcar algumas unidades das Guardas Galesa e Escocesa em Fitzroy e Bahía Agradable, diretamente ao sul da capital malvinense. Junto com eles chegam numerosas peças de morteiro e mísseis antiaéreos Rapier.
A Brigada 5 britânica havia recebido a missão de abrir uma nova frente ao sudoeste de Puerto Argentino/Port Stanley, e no dia 2 de junho, o único helicóptero Chinook que havia sobrevivido ao afundamento do Atlantic Conveyor deixou em dois voos 156 soldados do Batalhão 2 de Paraquedistas em Fitzroy. Este contingente foi reforçado na noite de 5 de Junho por Guardas Escoceses transportados pelos quatro LCU doIntrepid: a travessia não careceu de imprevistos, e somente no último momento se evitou que o destróier HMS Cardiff atacara por engano o pequeno comboio (o ansioso capitão do Cardiff havia derrubado uma hora antes com um Sea Dart um helicóptero desconhecido, que finalmente foi o próprio Gazelle: os quatro tripulantes morreram). Na noite seguinte, o procedimento foi repetido pelo Fearless com os Guardas Galeses a bordo, porém, a imposibilidade de desembarcá-los a todos motivou o regresso do navio a San Carlos para evitar ser surpreendido pela luz do dia fora do cais: a fim de não voltar a arriscar os preciosos navios de desembarque e decidiu então que o Sir Galahad transportaria os trezentos soldados restantes a Fitzroy, acompanhado pelo Sir Tristram, carregado de munição e suprimentos.
A atividade da aviação argentina durante as duas semanas anteriores havia sido relativamente fraca e, quando às sete da manhã do dia 8 de Junho, o Sir Galahad ancorou em Fitzroy, nada previu que a tragédia prontamente se desencadearia. Os Guardas Galeses, que deviam concentrar com as duas companhias restantes em Bahía Agradable, se negaram a realizar a marcha a pé e insistiram em permanecer no navio, até que este os levara em seu destino final: com esta decisão selaram a sua sorte.
Sucedeu, então, o inevitável. Às 13h50min, cinco A-4B Skyhawk se avançaram sobre os navios britânicos, alcançando o Sir Galahad com três bombas e o Sir Tristram com duas: 51 homens morreram e em torno de 150 ficaram feridos, muitos deles com graves queimaduras. Este ataque coincidiu com o de cinco Dagger contra a fragata HMS Plymouth no lado norte do estreito de San Carlos: se bem que o objetivo da formação era Fitzroy, em uma decisão compreensível, porém questionável; os pilotos atacaram o navio de guerra, alcançando-o com quatro bombas que não explodiram e provocando um grave incêndio. Um segundo ataque de Skyhawks perdeu três aviões ao ser interceptado por uma patrulha de Sea Harriers, embora pôde afundar antes a lancha de desembarque Foxtrot 4 (os seis tripulantes morreram), quando esta tentava alcançar San Carlos.
Dois dias mais tarde, a 602, reagrupando todos os seus efetivos disponíveis a mando do major Rico, se mobiliza por terra até às proximidades do Río Murrell, colocando-se a 700 m del morro Dos Hermanas junto ao Esquadrão de Forças Especiais 601 da Guarda Nacional, utilizando novamente o apoio de fogo, coordenado pelo Grupo de Artilharia 3 a partir de Puerto Argentino/Port Stanley. A ação resulta em um duro combate, com 50 homens a cargo do tenente David Stewart, do Batalhão de Comandos 45, cujo balanço resulta em dois mortos destes últimos, confirmadas, nas mãos do primeiro-tenente Vizoso Posse, apesar de encontrar seriamente ferido e a morte do sargento Mario Cisneros. (Veja a versão britânica BRUCE QUARRIE, The Worlds Elite Forces, páginas 53-54, Octopus Books Limited, 1985)
Em 11 de junho de 1982, o Papa João Paulo II chegou a Buenos Aires para «orar pela paz». É recebido com manifestações populares fervorosas. Paralelamente, a diplomacia vaticana está também tentando chegar a um cessar-fogo negociado. A aliança ocidental está ficando demasiadamente danificada pelo conflito.

[editar]O colapso

Imagem de satélite das ilhas Malvinas (verão austral de 1999).

No dia 11 de junho de 1982, ao anoitecer, as forças britânicas iniciam o assalto final sobre Puerto Argentino e de seus arredores. A Armada dos defensores permanece ancorada no porto, e sua aviação apenas dá o mais de si: foram perdidos dezenas de aviões e pilotos, o material está muito deteriorado pelas constantes operações e alcances, não tinham mais Exocets; apenas algum avião de transporte consegue lançar um ou dois containers protegido pela noite. O bombardeio de suas posições a partir do mar, do ar e da terra é contínuo. Circulam rumores sobre a eficácia e letalidade das tropas britânicas. Os soldados recrutas que ainda defendem as Malvinas começam a perder o moral.
O comando britânico considera que um ataque diurno é demasiadamente perigoso, e decidem proceder através dos montes que rodeiam a Puerto Argentino pela noite para não incorrer na mesma falha ocorrida em Goose Green. Durante a noite do dia 11 ao dia 12, osRoyal Marines britânicos tomam o monte Harriet através de um campo minado e sob intenso fogo de artilharia pesada. O capitão Tomas Fox, por sua parte, relatou:
Começou a ficar insustentável a posição e o chefe do Regimento decidiu ir pessoalmente até a Companhia B para organizar um contra-ataque ali à frente. Ele o havia mandado a pedir uma seção, porque a questão é que o pedido não chegou ou demorou. Ante a previsão de que o posto de comando caísse, ordenou que nós queimássemos os códigos; estava ali um suboficial radio-operador e eu, que havia estado colaborando com a direção do fogo. Uma vez que o chefe do Regimento se foi, o general Jofre quis lhe falar e pediu ao suboficial que comunicara con ele; eu lhe disse que havia constituído o posto de comando na companhia B. Então, o general disse ao suboficial: "E você, o que faz aí? Vá com seu chefe que eu quero falar com ele!" O suboficial respondeu: "Sim, meu general", e saiu com o rádio. E fiquei somente eu dentro do buraco colocando fogo nos documentos.
Entretanto, o tiroteio prosseguia: "Era um fogo totalmente disperso, a intensidade do combate havia diminuído exceto pela frente, de onde estava o primeiro-tenente Carlos Alberto Arroyo com sua companhia", relembrou o primeiro-teniente Jorge Alejandro Echeverría," e se vê que puderam mudar de posição, porque estavam combatendo muito forte". (Así Lucharon, página 152)
Sobrepassado pela Companhia L do Batalhão de Comandos 42, durante toda essa noite, um soldado recruta da Companhia B do Regimiento 4, o fustigou e perturbou como atirador noturno, até ser mortalmente ferido. Os soldados do Regimento 4, no monte Harriet receberam 1.000 disparos de artilharia procedentes de 6 peças de artilharia situados no monte Challenger. O monte Harriet foi capturado às custas de 2 vidas dos fuzileiros navais britânicos e 24 feridos. O monte Longdon e Dos Hermanas caem também nas mãos do 3 PARA e do Batalhão de Comandos 45, porém não sem um feroz combate.
No morro Dos Hermanas, os soldados britânicos voltaram a encontrar outra companhia do Regimento 4 que lhes demandou supera um esforço sério. A batalha durou mais de 6 horas. Os fuzileiros navais do Batalhão de Comandos 45, sob as ordens do tenente-coronel Andrew Whitehead perderam 4 homens e tiveram 11 feridos. Entre os feridos argentinos da Companhia C contaram os subtenentes Jorge Pérez Grandi, Juan Nazer e Julio Mosquera. Entre os dez mortos da companhia estava o tenente Luis Carlos Martella.
Foi no morro Dos Hermanas de onde o tenente Luis Martella, de Regimento 4 faleceu ao cobrir a entrada de seus soldados recrutas. Em um momento determinado do ataque, a Companhia Z do Batalhão de Comandos 45 foi detida em seu avanço durante horas, primordialmente pelo soldado Oscar Poltronieri, sob as ordens do subtenente Aldo Franco, da Companhia B do Regimento 6. Relata Poltronieri:
Eu estava no monte Dos Hermanas. Adiante nós estavamos no Regimento 4 de Corrientes. Ao costado, tinhamos o Regimiento de Infantería 7 de La Plata. Passávamos todo o dia na trincheira. Às vezes descíamos o morro para matar um par de ovelhas, prepalá-las assim mesmo e comê-las. Quando vinha um companheiro de curso do tenente que me mandava, que se chamava Llambías Pravaz, eo lhe pedia os binóculos e ele me emprestava. Assim vi como desembarcaram os ingleses. Passaram uns dias desde o desembarque, até que chegaram de onde nós estávamos. Tomaram todas as corridas. Os gurkhas mataram um monte de gente do Regimento 4 de Corrientes. E a nós assim nos rodearam, em forma de meia-lua. Eu estava em cima, no monte, quando os viu, seriam as cinco ou as seis da manhã, no meio da neblina. Ali matam três ou quatro dos nossos soldados, todos próximos de mim: um que deu um tiro de morteiro que cai próximo de mim e um fragmento voa a tampa da roda, limpa, e sangra; quando chega ao hospital de Puerto Argentino chega sangrando. no outro um fragmento entrou nas costas. E a outro que sobe o monte um pouco para montar a metralhadora, também o mataram com uma rajada de metralhadora. Esse era Ramón, meu amigo…
Como simples mostra do vivido na noite, se reproduz um fragmento do relato do capitão Ian Gardiner, do Batalhão de Comandos 45 no livroAbove All Courage (‘Mais além da coragem’, Pen & Sword Books, 2002) referido às capacidades e o espírito de luta da 3a Seção de Atiradores do subtenente Marcelo Llambías Pravaz nas encostas do morro Dos Hermanas nas cercanias do rio Murrell:
Um quadro duro de uns vinte homens [argentinos] havia permanecido por trás e havia lutado, e eram homens valientes. Os que ficaram e lutaram tinham algo. Eu, por minha parte não desejaria fazer frente aos meus fuzileiros em batalha.
Em duas ocasiões, repeliu-os pelo fogo argentino, porém, uma terceira tentativa do capitão Gardiner teve êxito. Ao todo, os soldados e quadros do pelotão do subtenente Llambias Pravaz tiveram 5 mortos e 16 feridos.
A batalha do monte Longdon começou quando o cabo britânico Brian Milne pisou uma mina antipessoal que arrancou uma perna. A explosão da mesma, e o alarido posterior, puseram de sobreaviso o chefe da Companhia B do Regimento 7, lotado no monte Longdon, major Carlos Carrizo Salvadores e foi falar com o subtenente Juan Domingo Baldini na ladeira oeste. A batalha pelas posições do subtenente Baldini nas proximidades do rio Murrell rugiu constante. A 1a. Seção de Atiradores, do subtenente Baldini combatiam de diferentes posições, dificultando ao major veterano Mike Argue - ex SAS -, chefe da Companhia B que atacava o monte Longdon. ãs 02h teve que empregar a 1a. Seção do subtenente Raul Castañeda da Companhia C do Regimento 7 a ordens do capitão Hugo García para reforçar e contra-atacar no monte Longdon.
Estes soldados recrutas lutaram como leões. Dessa seção era o soldado Leonardo Rondi, que armado com seu fuzil FAL chegou à luta corpo a corpo como estafeta a pé até que esgotaram as munições do pelotão e voltou com um troféu de valor singular: uma boina colorida com distintivos do 3o. PARA. Somente 21 argentinos dos 46 que haviam participado no contra-ataque alcançam suas posições em Wireless Ridge. O resto ficou morto, ferido ou feito prisioneiro. O brigadeiro Julián Thompson disse acerca do contra-ataque no monte Longdon:
Em um determinado momento estive a ponto de retirar meus paraquedistas do monte Longdon. Não podíamos crer que estes adolescentes disfarçados de soldados estiveram causando tantas baixas. (Veja Jon Cooksey, 3 PARA Mount Longdon: The Bloodiest Battle, página 98, Pen & Sword Books Ltd)
No dia 12 de Junho de 1982, entre as 4h e 4h30min, os soldados britânicos controlavam a maior parte do monte Longdon. Porém tiveram 13 mortos e 27 feridos na Companhia B do Batalhão 3 de Paraquedistas, e a resistência continuava próximo ao posto de comando do segundo chefe do Regimento 7.
Aproximadamente às 5h, o soldado recruta Horacio Cañeque viu como alguns paraquedistas (os remanescentes dos pelotões 4 e 5 da Companhia B do 3 PARA), avançavam no posto de comando no monte Longdon (nas proximidades de Wireless Ridge), do major Carlos Carrizo sobre seu flanco direito. Cañeque disparava sua FAL com dois projéteis comuns e um traçante para precisão da pontaria, entretanto estouravam bengalas e explosivos por todas as partes.
Ante os autores de Así peleamos: Malvinas (testimonios de veteranos del ejército), (Biblioteca Soldados, 1999), Cañeque recorda:
Escutamse gritos e ordens em inglês. Começo a insultá-los em seu idioma. Os insultos são os primeiros que se aprende e eu tinha uma pronúncia americana bastante boa. Insulto aos gritos, vociferando, durante uma perseguição. Talvez por ações como esta, os ingleses logo diriam que nas Malvinas teve osAmerican Special Forces ou American Snipers.
Os argentinos sobreviventes das 1ª, 2ª e 3ª seções avançadas pugnavam por seguir combatendo até esgotar a munição perto do posto de comando do major Carrizo Salvadores. Assim o relata o aludido Cañeque, quem havia guiado a tenente Castañeda e seu pelotão até os paraquedistas britânicos:
Alejandro Rosas e o cabo Oscar Mussi se penduraram a um pico rochoso e disparavam, com grande risco, desenfreadamente, contra uma das MAG que nos fustigavam (teria sido o cabo Vincent Bramley). Pouco depois, o lugar se converte em um inferno de balas. Não podem manter a posição. Por sorte, logram juntar-se.
Frente a essa situação crítica, aproximadamente às 06h30min, o major Carrizo ordenou juntar-se aos 78 homens da Companhia B qu ficavam no monte Longdon até Wireless Ridge. Para isto, o soldado recruta Jorge Colombo fez disparar sua metralhadora Browning 12.7 a fim de defender a retaguarda dos que se retiraram do monte Longdon.
Segundo Julia Solana Pacheco, autora do livro Malvinas: ¿y ahora qué?, seis soldados argentinos do Regimento 7 (os recrutas Ramón Quintana, Donato Gramisci, Aldo Ferreyra, Enrique Mosconi, Alberto Petrucelli e Julio Maidana), feridos e feitos prisioneiros, foram fuzilados ou baionetados pelos paraquedistas britânicos no monte Longdon, diante dos olhos do soldado recruta Néstor Flores e do cabo Gustavo Pedemonte do pelotão do subtenente Juan Baldini.
Entre os feridos, estava o cabo José Carrizo. Quando foi em 1993, conheceu o livro Viagem ao inferno do ex-paraquedista britânico Vincent Bramley, que denunciou o fuzilamento de argentinos no monte Longdon, Carrizo contou sua história. Relatou que naquela madrugada no monte Longdon, sentiu que lhe puseram a boca de um fuzil nas costas. Levantou os braços em sinal de rendição e um inglês "com olhos de chinês" fez um gesto com a mão como de que iam cortar o pescoço. Logo uma curta rajada de metralhadora arrancou parte da massa encefálica e um olho. Deram-no por morto e o abandonaram ali. Mais tarde, um médico britânico o salvou.
Durante esta noite morreriam os três únicos civis caídos no conflito, três mulheres malvinenses de Puerto Argentino, cuja casa foi alcançada por um obus britânico. Ao amanhecer do dia 12, a capital malvinense está à vista. Na manhã cedo do dia 12 de Junho de 1982, foram destacados para as ladeiras do morro Tumbledown — ao lado de Moody Brook — o major Guillermo Berazay e a Companhia A do Regimento 3, a fim de fazer forte aí para logo tomar as posições perdidas no monte Longdon. Essa oportunidade jamais se daria.
A carência de munição e meios ofensivos adequados era crítica, e a improvisação deveu suprir sua falta: no mais absoluto segredo, os argentinos montaram um míssil Exocet sobre uma precária construção terrestre e desenvolveram durante semanas a engenharia reversa necessária para fazê-lo operacional. O sistema foi chamado humoristicamente "ITB", sigla de "Instalação de Tiro Berreta" (berreta significa "de má qualidade"). Às 3h do dia 12 de Junho, um reduzido grupo, liderado pelo então capitão de fragata Julio M. Pérez logrou dispará-lo com resultado eficaz. A bordo do destróier lança-mísseis classe County HMS Glamorgan, o oficial de navegação Ian Inskip detecta o míssil em trajetória e ordena lançar contramedidas e virar o navio tentando virar para popa. O míssil alcança o navio pelo lado de trás no hangar de helicópteros, destruindo o helicóptero Wessex, matando treze homens e provocando um forte incêndio. Rancoroso e levantando fumaça, o destróier se estropia. Sobreviverá, porém a guerra acabou para ele.
Um sentimento muito parecido com a histeria surge no almirantado inglês. Se a aviação argentina conseguiu mais mísseis Exocet, então, a situação atual de toda a frota é muito perigosa e o que já parece uma iminente vitória pode tornar-se em um novo desastre. Londres move todos os fios possíveis para saber de onde saiu esse míssil, porém, nada sabe.
Na realidade, a aviação argentina não havia conseguido nenhum novo míssil. Tampouco é o primeiro Exocet que dispara contra um navio britânico desde a Isla Soledad (o primeiro falhou sem ser detectado). Resulta que embora a frota argentina esteja ancorada no porto, seus preciosos lança-mísseis superficie-superficie não têm o por quê de ficar ali. Modificar um Exocet MM38 superficie-superficie para convertê-lo em um AM39 ar-superficie estava além do alcance dos engenheiros argentinos, porém não é assim desmontar um conjunto de lançadores do destróier ARA (D-25) "Seguí" junto com seu sistema de guia, aerotransportá-lo sobre reboques às Malvinas, pô-lo em funcionamento e acioná-lo até o alvo, tudo com uma pequena margem de erro. Se trata de uma aplicação improvisada desta arma letal; sem dúvida, ao segundo disparo efetivo (no total de 3 tentativas, um dos quais não obteve lançamento e o outro se perdeu sem acertar alvo) fizeram inutilizar o HMS Glamorgan em uma ação inédita e histórica. Depois da guerra, o Reino Unido, tendo capturado e estudado o engenhoso dispositivo, retomaria a ideia para comercializá-lo como «sistema de defensa costeira Excalibur».
No momento, a ação contra o Glamorgan detém o ataque terrestre britânico durante todo o dia 12, pois o apoio desde o mar ficou impedido. Não será até a noite do dia 13 que o 2 PARA e o Segundo Batalhão da Guarda Escocesa tomem Wireless Ridge e o monte Tumbledownsob intensos combates contra o Batallhão de Fuzileiros Navais 5 e o Regimiento 7 de Infantaria e a Companhia A do Regimento 3, que a apoiava. O assalto britânico demorava ante a desesperada e enérgica resistência. As três companhias do Batalhão de Fuzileiros Navais 5, com seus 700 homens às ordens do capitão de fragata Carlos Hugo Robacio agora esperavam lutar contra o invasor na zona do monte Tumbledown-monte William-colina Sapper. Entretanto os esperavam com ansiedade crescente, o major Aldo Rico montou emboscadas para proteger o perímetro e enviou a vários comandos a instalar uma emboscada em frente ao monte William.
Um infernal dilúvio de balas abateu sobre as Companhias A e C do Regimento 7 que seria a unidade com mais baixas da guerra: 36 mortos e 152 feridos. As bocas de fogo da artilharia britânica esmagaram constantemente as posições argentinas com um intenso e preciso fogo, ferindo gravemente os majores José Banetta, Emilio Nani e José Bettolli e os capitães Hugo García, Jorge Calvo, Carlos Ferreyra e Luis Limia.. «Durante as doze últimas horas de luta, descarregaram seis mil tiros de artilharia», disseram Max Hastings e Simon Jenkins (La batalla por las Malvinas, p. 326, Emecé, Buenos Aires, 1984).
Ali estava o soldado Carlos Daniel Sotelo, um dos 21 sobreviventes do pelotão do subtenente Castaneda: "Nos mandaram uns poucos reforços, cinco ou seis soldados e três oficiais com uma metralhadora pesada MAG, que foram para frente, a posições que conhecíamos bem e que sabíamos que eram muito complicadas: te davas conta de que havia um esforço desesperado por resistir. O pior era escutar como havíamos escutado pela rádio do comando, os pedidos de ajuda das outras posições: isso fica na tua cabeça para sempre."
Perto de Puerto Argentino o soldado Raúl Menéndez, do Grupo de Artilharia Aerotransportada 4, em 14 de Junho de 1982, saiu disparando as últimas munições de sua Bateria C.
"Tínhamos seis obuses de 105 mm e a amanhecer todavia mantínhamos um belo duelo de artilharia com os ingleses. porén, pouco a pouco nos foram desgastando a maior parte das peças, porque tinhamos que disparar a uma média de dez projéteis por minuto, nós disparávamos trinta por minuto. Perto do amanhecer, havia um canhão Sofma de 155 mm que disparava desde Sapper Hill e uma peça do meu grupo: eram as únicas que disparavam. Me acordo que defendiamos a retirada do BIM 5 (Batalhão de Fuzileiros Navais 5) que se retirava desde o Monte William."
Longe de Puerto Argentino e muito mais próximo do inimigo, o tenente Miguel Cargnel batalhava em Wireless Ridge juntos às partes dos tenentes Luis Karbiner e Jorge Guidobono:
No dia 12 de Junho de 1982, quando os ingleses atacaram Longdon, vimos que estávamos muito comprometidos. E dizemos: «A bandeira, não». Com o tenente Jorge Guidobono colocamos o mastro e os ferros na nossa posição de combate. Guidobono costurou o pano no interior da jaqueta de frio. E eu fiquei com a gravata e a fita e repartimos as condecorações entre outros oficiais. Assim nos retiramos no dia 14 a Puerto Argentino, quando já se sabia da rendição.
Karbiner foi o extravagante oficial que fez uma festa de cumprimentos e distribuiu doces de batata para os seus soldados no dia 13 de Junho.
Tomaram facilmente o perímetro do capitão Hugo García em Wireless Ridge e avançaram até as defesas del capitã Jorge Calvo. As companhias do tenente coronel Omar Gimenez se desmoronaram; seus homens e os paraquedistas que os acompanhavam fugiram até Moody Brook. O general Jofre enviu a Polícia Militar e o tenente coronel Eugenio Dalton, do Estado Maior da Brigada 10 com vários comandos a fazer cargo do Regimento. Entretanto Dalton se fez cargo da situação de uma companhia do atuante Regimento 25 de Rangers, treinados por soldados, foi reforçar as unidades na saída de Puerto Argentino.
A posição argentina em Tumbledown era agora insustentável, com o risco de que os fuzileiros foram cercados, e o general Menéndez autorizou a retirada. Foi tal a surpresa que padeceram inicialmente a Guarda Escocesa no monte Tumbledown, que o subtenente Robert Lawrence ficou mutilado, narrou que o subtenente James Stuart insistiu que o seu pelotão abandonara o assalto e que disparara contra qualquier que os impedira retirar da batalha. (Veja Robert Lawrence, Depois da batalha: Tumbledown, Buenos Aires, REI, 1989)
Nesse momento, o capitão Robacio, chefe do BIM 5 recebeu uma chamada pelo telefone de campanha: em cima do monte Tumbledown acabava de cair, seus homens batiam em retirada, avançavam os soldados inimigos. Imediatamente informou ao major Jaimet e se propôs organizar uma retirada imediata, o que este aceitou. Conta Poltronieri:
A mim me deu como um ataque de loucura e comecei a sacudir a MAG, que é uma metralhadora pesada. Meu abastecedor estava cansado de por as cintas de balas na MAG, porém eu seguia atirando. Eram as nove da manhã. As balas passavam bem próximas: as traçantes eram vistas claramente. O subtenente me dizia: «Vamos, Poltronieri, que ele vão te matar…». Porém eu dizia que eles se foram. Porque eu sabia que o sargento Hector Echeverría havia tido família nesses dias. Então disse: «Vão vocês, que tem filhos, que tem família. Eu não tenho nada». Os rapazes vinham cantando, atirando no ar, como de passagem… e bem chupados (alcoolizados).
Assim não dei bola ao tenente e me fiquei esperando que a minha companhia retirara. Até que me acabaram as balas e comecei a retirar para Puerto Argentino. cheguei de tarde de onde estava o Batalhão de Fuzileiros Navais 5. Lhes preguntei se sabiam aonde estava o Batalhão 6 de Mercedes, porque eu queria juntar com os meus. Me disseram que era próximo do cemitério, que era o ponto de reunião. Quando me viram, não o podiam crer: me haviam dado por morto. Ali me juntei com os que haviam rendido às dez da manhã. E viu como às três da tarde nós havíamos deixado de combater. Quando vimos a bandeira branca estendida no mastro, a maioria ficou chorando.
Desde o edifício do comando da Brigada 10, o general Oscar Jofre e o coronel Felix Aguiar, segundo comandante da Brigada 10 enviavam mensagens para abandonar essa posição; em qualquer momento podia produzir um ataque aerotransportado inimigo que o impediria facilmente a retirada até à cidade.
O comandante das Guardas Escocesa e Galesa, declarou o seguinte: "Não há dúvida de que os homens que nos opuseram eram soldados tenazes e competentes, e muitos foram mortos em seus postos". (Veja Paul Eddy e Magnus Linkater, Um lado da moeda, Buenos Aires, Hispamerica, página 382)
Foi o próprio capitão Robacio quem buscou e reconheceu os mortos do BIM 5 no monte Tumbledown que havia sido muito atingido pela artilharia britânica.
Nessa noite teme uma grande manifestação em Buenos Aires exigindo a não rendição; não é possível inflamar uma sociedade como fez a Junta, e logo pretender que não reaja. Galtieri proibiu a Menéndez que se renda. Desde o continente, a maltratada Força Aérea Argentina ainda tenta dar os seus últimos golpes. Há um último plano peruano de paz em marcha.
Agora que a frente militar estava próximo do golpe, o major Carrizo Salvadores tratava de aproveitar o impulso para contra-atacar com alguns soldados do Regimento 7. Conta o soldado Horacio Cañeque:
O major ia ao flanco da fila. Por momentos estava na ponta da coluna. Às vezes se perdia atrás, verificando se tudo estava em ordem. O capitão Raúl Daneri ia em frente… Nisso estamos quando nos chega desde a obscuridade do caminho um grupo numeroso de soldados. Vem caminhando rápido, e muitos se confundem com nossa improvisada companhia. Tem cansaço, temor e esperanza nesses olhos. Há abraços de amigos que não pensavam voltar a ver. Tem fuzis e carregadores cheios retirados no meio do caminho. …O major gritava em vão tratando de fazer ouvir. Viu que pouco fivava por fazer, porém não se resignava. Gritei duas vezes assim: "os que queiram voltar, os que queiram, que me sigam", e encarou até Wireless Ridge sozinho, sem olhar para atrás.
Os sete Rayos saímos atras dele. Sentíamos que era uma loucura porém não podíamos deixá-lo só. Alejandro Rosas e Luis Cunningham haviam jogado seus radios ao diabo. Agora traziam somente seu fuzil. Nos acompanhou vinte soldados e um par de suboficiais. Uno deles era o sargento Pedro Villarreal, quem había sido meu chefe do grupo no período de instrução, o início do meu serviço militar. Senti orgullo de que o homem que me havia ensinado tudo o que eu sabia da guerra ao vir às Malvinas, estivera comigo nesses momentos. …Em pouco tempo, os ingleses fizeram saber de sua presença. … Não tinhamos cobertura e os ingleses atiravam intensamente, parece que também com metralhadoras 12,7 mm ou algo assim… A terra parecia ferver ao nosro redor.
Foi um outro ato desesperado e valente. Porém, não tiveram sorte. Foram rechaçados. Porque os paraqueidistas britânicos já haviam conquistado Wireless Ridge, e desde ali fizeram a cena. Com o major foram os sete Rayos (os integrantes de seu pelotão de comando) Horacio Caneque, Gabriel García, Carlos Connell, Fernando Magno, Luis Cunningham, Daniel Cesar Maltagliatti e Alejandro Rosas. (Veja *[1])
Porém quando os britânicos decidem avançar ante o contra-ataque argentino, não encontram mais resistência. É o resultado de quatro dias de operações psicológicas executadas pelo coronel Mike Rose, do SAS, e o capitã Rod Bell, tradutor. Estavam desde o dia 10 falando com Menéndez pelo radio, ganhando sua confiança e insistindo a rendição «com dignidade e honra». O 2 PARA entra nos arredores de Puerto Argentino com suas boinas em vez dos casacos de combate e tremulando bandeiras britânicas. No dia 23, o comandante das forças britânicas Jeremy Moore chega no helicóptero a Puerto Argentino e conversa com Menéndez. Quando o primeiro mostra ao segundo os documentos de rendição, Menéndez declara de imediato a palavra «incondicional». Não era isso o pactado durante as conversações secretas de rádio dos dias anteriores.
Faz uma breve continência e abaixa a mão, o general Mario Benjamín Menéndez se rende nas ilhas Malvinas ao general Jeremy J. Moore às 23h59min do dia 14 de Junho de 1982, sendo testesmunha o coronel Pennicott. Os 8.000 soldados argentinos são desarmados e concentrados no aeroporto na qualidade de prisioneiros de guerra. O inverno austral esfria. Faz muito frio.
No dia 15 de Junho de 1982, a bandeira colonial britânica é mastrada de novo no edifício do governo das ilhas Malvinas.
Quando as notícias chegam a Buenos Aires, produz-se uma importantes manifestações populares que são reprimidas pela Junta, perdendo assim o pouco apoio que os ficava entre a população sensível a seu discurso nacionalista e patriótico. Durante o dia 15, o resto das unidades argentinas presentes no arquipélago entregam as suas armas. No dia 20, cinco navios britânicos fazem ato de presença nas ilhas Sandwich do Sul e a guarnição de Thule se rende sem luta. Todos os prisioneiros são repatriados durante o mês seguinte.

[editar]As consequências

Port Stanley (Porto Argentino) em 2003. Catedral da Igreja de Cristo.
Um quarto de século depois, a normalidade reina nas Ilhas Malvinas (Falkland Islands em inglês). Para sua população, a guerra de 1982 não era mais do que uma funesta recordação. Não obstante, anos depois de firmadas todas as pazes, estreitadas todas as mãos e caídos todos os políticos que a protagonizaram, alguns indícios permitem observar que não se trata de mais um domínio colonial. A guarnição britânica no arquipélago é singularmente numerosa, as pistas do pequeno aeroporto adquiriram tamanhos típicos de um aeroporto internacional e um discreto dispositivo antiaéreo e naval varre apazivelmente mares e céus.
Para o povo britânico e a opinião pública internacional, a «questão das Malvinas» está essencialmente resolvida. Entre o povo argentino, por outro lado, perduram aqueles que seguem considerando que as Malvinas são, em justo direito, argentinas. Sem dúvida, não parece que este desejo pode conduzir de novo a uma guerra, ao menos em tempos próximos.
A Guerra das Malvinas foi o primeiro conflito aeronaval moderno em que se enfrentaram armas de alta tecnologia. Foi um enfrentamento entre duas nações ocidentais, ambas aliadas dos Estados Unidos na Guerra Fria. Violaram tratados, cometeram excessos, houve guerras secretas paralelas. A Guerra das Malvinas teve consequências.

[editar]Consequências militares

Saldo geral da Guerra das Malvinas
Perdas argentinasPerdas britânicas
Navios de guerra:
Afundados:46
Gravemente danificados:115
Navios de apoio:69
Aviões de guerra:5811
Aviões de apoio:23
Helicópteros:221
Vidas humanas:649258
Feridos:1.068777
  • A Guerra das Malvinas revelou que, em termos costeiros, a guerra aeronaval não havia mudado muita coisa desde a Segunda Guerra Mundial. A maioria dos navios afundados se perderam nas mãos de aviões realizando «rasantes» com bombas, foguetes e canhões. Tal fato afirmou a importância da implementação de poderosos meios de defesa antiaérea nos navios das próximas décadas.
  • O míssil já era uma arma apreciada em 1982, porém, a partir desse momento adquiriu uma relevância enorme tanto em suas variantes, tanto aéreas, como de superficie. Em particular, a letalidade demonstrada pelos Exocet, na luta antinavio, e pelos Sidewinder, em combate aéreo, influenciou decisivamente na mentalidade militar mundial. Todos os navios de guerra posteriores a 1982 levam algum tipo de defesa antimíssil.
  • Se pôs em evidência que o conceito de «projeção de força» era especialmente válido, pois podem produzir conflitos imprevistos que não se liberam nas imediações do próprio território ou países aliados.
  • Ficou nitidamente demostrada a eficácia dos submarinos modernos na hora de conter uma frota inimiga. A carência de submarinos modernos por parte da Argentina, e sua grande disponibilidade por parte do Reino Unido, foi decisiva para conceder a este último o dominio marítimo na guerra.
  • A vulnerabilidade dos navios britânicos frente aos ataques aéreos argentinos resultaram em um duro ensinamento, não só para o Reino Unido, mas também para quase todas as forças navais do mundo, que vieram a necessidade de modernizar os radares e as defesas contra mísseis de seus navios com novas proteções, como o sistema de defesa de área.[7]
  • Demostrou-se que caças modernos subsônicos com eletrônica de ponta e pilotos bem preparados (Harrier britânicos) eram superiores aos caças supersônicos de alta velocidade com uma eletrônica mais antiga e pilotos menos treinados (Mirage argentinos). Os Harriers impuseram superioridade aérea no primeiro combate de caças a jato da América Latina.
  • O conflito deixou as Forças Armadas Argentinas debilitadas em equipamento, pessoal e moral. Perdeu a supremacía na região e, com a perda de prestígio da cúpula militar, as verbas e gastos militares foram mais controlados nos anos seguintes.
  • Mostrou-se claramente que a superioridade de treinamento dos recursos humanos é decisiva para a vitória. Foi o princípio do fim dos exércitos de recrutamento obrigatório, um processo de desaparecimento ainda em curso, e o crescimento dos exércitos profissionais altamente especializados.

[editar]Consequências políticas e históricas

Monumento em memória dos mortos argentinos na Guerra das Malvinas emUshuaia (Argentina).
  • Desde a Guerra das Malvinas, nenhuma nação ousou disputar uma grande potência por uma possesão colonial. A partir deste ponto de vista, o conflito contribuiu a um maior grau de estabilidade internacional, como também ao reforço de políticasneocoloniais que aspiram a modificar o statu quo por meios mais sutis.[8][9]
  • A guerra piorou ainda mais a situação econômica argentina, e significou um severo golpe para a moral do país, do que tardaria muito em recuperar-se. Leopoldo Galtieri caiu e teve que renunciar a presidência três dias após a derrota, sendo substituído por Alfredo Óscar Saint-Jean, que a sua vez foi suplantado duas semanas depois por Reynaldo Bignone. Porém, a Junta Militar estava ferida de morte. Um ano e meio depois, o último militar entregava o poder a Raúl Ricardo Alfonsín, primeiro presidente eleito democraticamente desde ogolpe de Estado de 1976. A democratização da Argentina foi, talvez, a única consequência política positiva da Guerra das Malvinas.
  • O setor da sociedade que antes havia apostado sempre nos militares para que consertassem as coisas quando estas iam mal, começou a pensar que eles careciam na realidade de habilidades políticas, com isso, a mentalidade golpista foi se dissolvendo na Argentina durante os anos seguintes.
  • No Reino Unido, a vitória tirou o governo de Margaret Thatcher do atoleiro em que se encontrava por suas duras políticas sociais de porteneoliberal, e ganhou as eleiçoes de 1982 com a mais ampla maioria que havia tido um candidato desde 1935. Isto lhe permitiu enfrentar com muita força todos os conflitos, com o apoio de amplas camadas da população, derivados das políticas mencionadas que se produziram nos anos seguintes e continuar no poder até 1990.
  • A Guerra das Malvinas significou na prática, o fim do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), pois o mais poderoso dos seus componentes, Estados Unidos, decidiu desonrá-lo de fato para aliar-se com a outra parte no conflito. Também significou um fracasso para a ONU e para a diplomacia de numerosas nações.
  • Pelo contrário, a Guerra das Malvinas reforçou a «relação especial» entre os Estados Unidos e o Reino Unido, dando lugar a um atlantismo extremo que em tempos recentes havia significado profundas divisões no processo de construção da União Europeia. Não obstante, os Estados Unidos votaram em novembro de 1982 a favor de uma resolução das Nações Unidas, juntando as partes para renegociar o conflito. Por sua parte, o resto dos países da União Europeia declarou sanções à Argentina, enquanto a guerra terminou. Havia mais mísseis e fragatas para vender.
  • Na atualidade, as relações entre a Argentina e o Reino Unido podem qualificar-se de regulares. Há um «parêntese de silêncio» sobre a questão malvinense. Em 1985, Londres concedeu aos habitantes o direito a autodeterminação; tendo em conta que estes são e se sentem britânicos em sua imensa maioria, não parece que isso significa grande coisa. Em 1990, se restabeleceram as relações diplomáticas entre ambos os países. Em 1999, foi retirada do aeroporto de Buenos Aires a placa «Las Malvinas son nuestras» (As Malvinas são Nossas). *Voltaram os voos regulares entre a Argentina e Puerto Argentino/Port Stanley (o que a grande quantidade de argentinos continua chamando de Puerto Argentino). Em 2001, o Primeiro Ministro britânico Tony Blair visitou oficialmente a Argentina. Os arquipélagos seguem nas mesmas mãos que estavam no dia anterior ao início do conflito. As relações bilaterais são igualmente cordiais.
  • Graças à neutralidade do Brasil na guerra, a Argentina começou a deixar de ver o país vizinho como um potencial perigo bélico.
Os centros de veteranos indicam que desde o fim da guerra, mais de 450 ex-soldados suicidaram-se por estarem mergulhados em profundo estado de depressão. Esse número é superior ao de soldados mortos em batalhas nas ilhas, que foram um total de 326; outros 323 morreram quando um submarino britânico torpedeou o cruzador General Belgrano.

[editar]Os segredos não contados

Usualmente, os governos só vão manter secretas durante 25 ou 30 anos certas informações delicadas para a opinião pública. No caso das informações classificadas nas mãos do Estado britânico acerca da Guerra das Malvinas, uma vez finalizado o conflito, «o governo desse país decretou que sua publicação somente poderá realizar-se no ano 2082».
Em 2005, no programa Informe Especial, veio à luz o apoio que o Chile prestou ao Reino Unido. Um dos membros da Junta Militar do Chile, o general Fernando Matthei, afirmou que o Chile apoiou secretamente o Reino Unido e fez todo o possível para que a Argentina perdesse a guerra. Aviões britânicos com insígnias chilenas sobrevoavam a Patagônia chilena e usavam bases chilenas como centros de operações. Ademais, um grande número de soldados chilenos foram trasladados para o sul do Chile, alarmando a Argentina e fazendo com que as tropas argentinas se transferissem para essa zona.
Se supôs que o Peru não somente apoiou diplomaticamente a Argentina, como também apoiou militarmente com ações de inteligência e os temíveis mísseis Exocet de fabricação francesa, apetrechos militares e remédios, aliás, o Peru mobilizou a sua frota naval ao sul, fronteira que compartilha com o Chile com o propósito de neutralizar o movimento militar Chileno à Patagonia, as forças armadas peruanas estavam postas para entrar em ação se o Chile tomasse parte do conflito. Peru foi um dos poucos aliados da Argentina que a apoiou abertamente durante o conflito.
Arquivos secretos mostram que o governo brasileiro alertou os EUA que não aceitaria que tropas britânicas atacassem a região continental da Argentina durante a Guerra das Malvinas. O documento narra dois encontros em maio de 1982 entre os então presidentes do Brasil, general João Baptista Figueiredo, e dos EUA, Ronald Reagan, além do secretário de Estado dos EUA, Alexander Haig. a primeira conversa, no dia 11 de maio, na Blair House – a casa de hóspede oficial do presidente dos EUA, Figueiredo encontra-se apenas com Haig, numa preparação para a reunião presidencial, dois dias depois, com Reagan. Tanto ele quanto Haig lamentam que a disputa pelas Malvinas – que os britânicos chamam de Falklands – tenha se tornado um conflito militar e tentam operar como moderadores. Mas Figueiredo avisa que as consequências poderiam ser muito piores se os britânicos terminassem por combater em solo continental, em vez de apenas no Arquipélago das Malvinas.
O general brasileiro dá a entender que essa situação não seria aceita na América do Sul e o Brasil poderia até mesmo se posicionar militarmente ao lado dos vizinhos. Segundo o documento, ao término do encontro, Haig perguntou a Figueiredo se “haveria algo que pudesse dizer ao presidente Ronald Reagan” como preparação para o encontro do dia seguinte. Segundo o relato do arquivo, “o presidente Figueiredo, em resposta, disse que só tinha uma preocupação, qual seja a do fato consumado de que a Inglaterra promova ação no continente, o que teria repercussões desastrosas na América do Sul”.
O documento deixa claro que “o presidente Figueiredo assinalou a necessidade de que essa hipótese seja evitada a todo custo”. O receio brasileiro era que um ataque desse tipo, representando invasão de território sul-americano por um país europeu, provocasse forte reação popular contrária.

[editar]A ameaça nuclear contra a Argentina

Em Dezembro de 2005, apareceu o livro Rendez-vous : La psychanalyse de François Mitterrand (ISBN 2-02-029760-4), escrito por Ali Magoudi, que havia sido psicanalista do presidente francês François Mitterrand entre 1982 e 1993. No livro, Magoudi afirma que o presidente francês havia revelado que, durante a guerra das Malvinas, a primeira ministra britânica, Margaret Thatcher, ameaçou lançar um ataque nuclear contra a Argentina se a França não cedesse os códigos de desativação dos mísseis Exocet que ela havia vendido à Argentina ("Que mulher mais terrível, esta Thatcher. Com seus quatro submarinos nucleares destacados no Atlântico Sul, ameaça lançar mísseis nucleares contra a Argentina, a menos que o proporcione com os códigos secretos que deixariam os mísseis que vendemos surdos e cegos aos argentinos"). Questionado sobre a veracidade da afirmação de Mitterrand, Magoudi insistiu em que todas as citações atribuídas a Mitterrand no livro são autênticas, porém não pode garantir a veracidade das afirmações do presidente.
Dois anos antes da guerra, o Partido Trabalhista britânico inquiriu se o Reino Unido havia enviado um submarino à ilha de Ascensão como apoio para um ataque nuclear contra a cidade de Córdoba, em caso de a guerra ir mal. Os almirantes a cargo da Armada Real o negaram.[10]

[editar]O uso de cargas de profundidade nucleares

Em 2003, o Reino Unido reconheceu que sua frota durante a Guerra das Malvinas havia contado com cargas de profundidade nucleares. O presidente argentino Néstor Kirchner exigiu que o Reino Unido apresentasse desculpas à Argentina pelo "lamentável e monstruoso ato" de empregar armas nucleares em seus navios de guerra.[11]

[editar]Forças Argentinas na Guerra das Malvinas

Junta Militar da Argentina
  • Exército Argentino: Tenente-General Leopoldo Galtieri, Presidente.
  • Armada da República Argentina: Almirante Jorge Anaya
  • Força Aérea Argentina: Brigadeiro General Basilio Lami Dozo
Operação Rosario - 2 de Abril
Vice-almirante Juan Lombardo
Força de Tarefas 20 Capitão de Navio José Sarcona
  • Porta-aviões ARA Veinticinco de Mayo (ex HMS Venerable)
  • Destróier ARA Comodoro Py (ex USS Perkins)
  • Destróier ARA Hipólito Bouchard (ex USS Borie)
  • Destróier ARA Piedrabuena (ex USS Collet)
  • Destróier ARA Comodoro Seguí (ex USS Hank)
  • Navio petroleiro ARA Punta Médanos
Força de Tarefas Anfíbia 40 Contra-almirante Jorge Allara
Grupo de Tarefas 40.1 Contra-almirante de Fuzileiros Navais Carlos Busser
  • 2o. Batalhão de Fuzileiros Navais. c. 700 homens em Puerto Argentino/Port Stanley
  • 20 veículos anfíbios LVTP-7 Amtraks
Grupo de Tarefas 40.2 Capitão de Mar e Guerra Alejandro Estrada
  • Navio de desembarque de tanques ARA Cabo San Antonio (ex USS LST 1171)
  • Quebra-gelos ARA Almirante Irizar
  • Transporte ARA Isla de los Estados
Grupo de Tarefas 40.3 Capitão de Fragata Molina Pico
  • Destróier ARA Santísima Trinidad (Tipo 42 '80)
  • Destróier ARA Hércules (Inglaterra '76)
  • Corveta ARA Drummond (Francia ’78)
  • Corveta ARA Granville (França ’82)
Grupo de Tarefas 40.4 Capitão de Corveta Alberto Bicain
  • Submarino ARA Santa Fe (ex USS Catfish)
  • Mergulhadores táticos cerca de 102 homens.
2a. Esquadrilha Aeronaval de Helicópteros: 5 S-61D SeaKing
Geórgia do Sul. - 3 de Abril
Grupo de Tarefas 60 Capitão de Mar e Guerra Carlos Trombeta
  • Quebra-gelos ARA Bahía Paraíso
  • Transporte ARA Bahía Buen Suceso
  • Corveta ARA Guerrico (França ’78 - danificada)
  • 100 homens do 2o. Batalhão de Fuzileiros Navais
  • 1 Alouette III (danificado) e 1 Puma do Exército (perdido)

[editar]Teatro de Operações das Malvinas

General de Brigada Mario Menéndez (Governador)
Exército Argentino:
Puerto Argentino/Port Stanley - General de Brigada Oscar Joffre - cerca 8.000 homens.
  • 10a. Brigada de Infantaria Mecanizada com os 3o., 4o., 6to, 7o. e 25o. Regimentos: cerca de 5.000 homens.
  • Grupo de Artilharia com 3 canhões de 155mm e 30 canhões de 105mm.
  • Comandos do 601o.Grupamento Antiaéreo com canhões de 20mm, 30mm e de 35mm e mísseis Roland, Tigercat e Blowpipe.
  • Esquadão de Reconhecimento de Cavalaria Blindada com 12 Panhards.
  • 9o. Batalhão de Engenheiros.
  • 181a. Companhia de Policía Militar
Ilhas Malvinas sem Puerto Argentino/Port Stanley - General de Brigada Omar Parada :
Ilha Soledad:
Goose Green cerca de 1.000 homens
  • 3a. Brigada de Infantaria Mecanizada com o 12o. Regimento.
  • elementos do 601o Grupo Antiaéreo.
  • Bateria "B" de Artilharia de 3 canhões de 105mm
Ilha Grande Malvina:
Port Howard cerca de 800 homens
  • III Brigada de Infantaria Mecanizada com o 5o. Regimento.
  • elementos de engenheiros do 9o batalhão.
Fox Bay - cerca 900 hombres
  • III Brigada de Infantaria Mecanizada con o 8o. Regimento.
  • elementos de engenheiros do 9o batalhão.
Comando de Aviação do Exército Argentino: 601o. Batalhão de helicópteros
  • Chinook CH-47C, 1 perdido, 1 capturado.
  • Puma SA.330L, todos perdidos.
  • 3 Agusta A-109A Hirundo, 1 perdido, 2 capturados.
  • Iroquois UH-1H, todos capturados.
Armada da República Argentina ARA:
  • Transporte ARA Isla de los Estados, afundado
  • Transporte ARA Bahía Buen Suceso, afundado
  • Transporte Río Carcarañá, hundido
  • Aviso ARA Alférez Sobral (ex USS Salish) , danificado
  • Aviso ARA Comodoro Somellera
Infantería de Marina:
  • 5º Batalhão de Fuzileiros Navais c. 800 homens em Montes William e Tumbledown.
Comando da Aviação Naval Argentina COAN:
  • 1ª Esquadrilha de Ataque: 6 Aermacchi MB.339 em Puerto Argentino/Port Stanley, 2 perdidos, 3 capturados.
  • 4ª Esquadrilha de Ataque: 4 Mentor T-34C em Ilha Borbón, todos perdidos.
Força Aérea Argentina FAA:
  • Westinghouse AN-TPS43 sistema de Radares de Vigilância em Puerto Argentino/Port Stanley
  • 3º Grupo de Ataque: 24 IA-58 Pucará, aviões de ataque em Puerto Argentino/Port Stanley, Goose Green e Ilha Borbón, 13 perdidos, 11 capturados.
  • 7º Grupo Aéreo de Helicópteros: 2 Bell 212 helicópteros, todos capturados.
  • 7º Grupo Aéreo de Helicópteros: 2 Chinook CH-47C.
Guarda Nacional Argentina GNA:
  • Seção de Forças Especiais, quadro esquadrões.
Prefeitura Naval Argentina PNA:
  • Lancha costeira GC-82 Islas Malvinas, capturado.
  • Lancha costeira GC-83 Río Iguazú, afundado
  • 1 Puma SA.330L, capturado.
  • Skyvan 3-M de transporte leve em Ilha Borbón, todos perdidos.

[editar]Força Aérea Sul

Brigadeiro Ernesto Crespo
Força Aérea Argentina FAA:
  • 1º Grupo de Transporte Aéreo: 9 Hercules C-130 baseados em Comodoro Rivadavia, 1 perdido.
  • 1º Grupo de Transporte Aéreo: 12 Fokker F-27 Friendship e 6 F-28 Fellowship, de El Palomar.
  • 1º Grupo de Transporte Aéreo: 1 Boeing 707 (utilizado em missões de reconhecimento de longo alcance) baseado em Comodoro Rivadavia, El Palomar e Ezeiza.
  • 2º Grupo de Bombardeio: 8 Canberra baseados em Trelew, 2 perdidos.
  • 3º Grupo de Ataque: 11 IA-58 Pucará baseados em Comodoro Rivadavia, 1 perdido.
  • 4º Grupo de Caça: 15 Skyhawk A-4C baseados em San Julián, 9 perdidos.
  • 5º Grupo de Caça: 24 Skyhawk A-4B baseados em Río Gallegos, 10 perdidos.
  • 6º Grupo de Caça: 20 IAI M-5 Dagger baseados em Río Grande e San Julián, 11 perdidos.
  • 8º Grupo de Caça: 17 Mirage IIIEA baseados em Comodoro Rivadavia e Río Gallegos, 2 perdidos.
  • 9º Grupo de Transporte Aéreo: DHC-6 Twin Otter baseados em Comodoro Rivadavia.
  • Grupo Aerofotográfico: Learjets baseados em Comodoro Rivadavia e Río Gallegos, 1 perdido.
Comando da Aviação Naval Argentina COAN:
  • 1ª Esquadrilha de Abastecimento Logístico Móvel: 3 L-188 Electra baseados em Río Grande.
  • 2ª Esquadrilha de Abastecimento Logístico Móvel: 3 F-28 Fellowship baseados em Río Grande.
  • 2ª Esquadrilha de Caça e Ataque: 5 Super Étendard baseados em Río Grande.
  • 3ª Esquadrilha de Caça e Ataque: 8 Skyhawk A-4Q do ARA 25 de Mayo baseados posteriormente em Río Grande, 3 perdidos.
  • Esquadrilha de Exploração: 2 SP-2H Neptune baseados em Bahía Blanca e Río Grande
Prefeitura Naval Argentina:
  • Unidades de Búsca e Resgate CSAR: 2 aviões (Turboélices)Short Skyvan, e 2 helicópteros Puma SA330, baseados en Río Grande.
Aviões civis:

[editar]Teatro de Operações do Atlântico Sul

Vice-Almirante Juan Lombardo
Armada da República Argentina ARA:
Grupo de Tarefas 79.1 Contra-Almirante Jorge Allara
  • Porta-aviões ARA Veinticinco de Mayo Capitán de Navío José Sarcona
  • Destróier ARA Santísima Trinidad
  • Destróier ARA Hércules
  • Navio petroleiro ARA Punta Médanos
Grupo de Tareas 79.2 Capitão de Mar e Guerra Juan Calmon
  • Corveta ARA Drummond
  • Corveta ARA Granville
  • Corveta ARA Guerrico
Grupo de Tareas 79.3 Capitán de Navío Héctor Bonzo
  • Cruzador ARA General Belgrano, afundado.
  • Destróier ARA Hipólito Bouchard
  • Destróier ARA Piedra Bueno
  • Navio petroleiro ARA Punta Delgada
Força de Submarinos:
  • Submarino ARA Santa Fe, avariado.
  • Submarino ARA San Luis
Outros:
  • Quebra-gelos ARA Almirante Irizar
  • Navios espiões María AlejandraConstanza e Capitán Canepa.
  • Buque espiões Narwal, afundado.
Comando da Aviação Naval Argentina COAN:
  • 3a. Esquadrilha de Caça e Ataque: 8 Skyhawk A-4Q do ARA 25 de Mayo.
  • Esquadrilha Anti-submarina: 6 S-2E Tracker del ARA 25 de Mayo
  • 1a. Esquadrilha Aeronaval de Helicópteros: 10 Alouette III + 2 Sea Lynx. 1 Alouette III perdido a bordo do ARA General Belgrano e 1 Lynx do ARA Santísima Trinidad, destruído em acidente.
  • 2a. Esquadrilha Aeronaval de Helicópteros: 5 S-61E Sea King do ARA 25 de Mayo.
Navios civis na MEZ:
  • Navios mercantes da Argentina: Formosa e Mar del Norte.
  • Navio mercante das Malvinas: Monsunen, capturado.
  • Navios mercantes das Malvinas: Forrest y Penelope.

[editar]Mortos do lado argentino

  • Exército Argentino:
    • 194 (16 oficiais, 35 suboficiais, 143 soldados recrutas)
  • Armada da República Argentina:
    • 375 (ARA General Belgrano 321, ARA Alférez Sobral 8, ARA Santa Fe 1, ARA Guerrico 1, ARA Isla de los Estados 5, fuzileiros navais 34, Base das Ilhas Malvinas 1 e 4 pilotos do COAN)
  • Força Aérea Argentina:
    • 55 (41 aviadores)
  • Guarda Nacional Argentina:
    • 7
  • Prefeitura Naval Argentina:
    • 2 (Río Iguazú 1)
  • Agentes civis:
    • 16 (ARA Isla de los Estados 13, ARA General Belgrano 2 e Narwal 1)
649 homens

[editar]Mortos do lado britânico

  • Exército Britânico: 123 (7 oficiais, 40 suboficiais).
    • Regimento de Paraquedistas: 39
    • Serviço Especial Aéreo: 19
    • A bordo dos navios RFA Sir Galahad e Sir Tristam: 43.
  • Marinha Real Britânica (Royal Navy): 86
    • destóiers: HMS Sheffield 19, HMS Coventry 18, HMS Glamorgan 13, fragata HMS Ardent 22.
  • Fuzileiros Reais (Royal Marines): 27 (2 oficiais, 14 suboficiais).
  • Real Frota Auxiliar: 4. (RFA Sir Galahad e Atlantic Conveyor).
  • Real Força Aérea Britânica: 1.
  • Agentes civis: 14 (Atlantic Conveyor 8, RFA Sir Galahad e Sir Tristam 4).
  • Moradores das Malvinas: 3 mulheres. (Sua casa foi destruída equivocadamente pelo HMS Avenger).
255 homens e 3 mulheres.
As cifras oficiais são duvidosas. Os registros próprios falam das seguintes cifras:
Aeronaves:
BAC Sea Harrier FRS.1: 6
BAC Harrier GR.3: 4
Boeing Chinook HC.1: 3
Westland Sea King HC.4/HAS.5: 5
Westland Wessex HAS.3/HU.5: 9
Westland Sea Lynx HAS.2: 3
Westland Scout AH.1: 1
Aérospatiale 342 Gazelle AH.1: 3
Total: 34
Navios afundados ou destruidos
Destróier tipo 42 classe Sheffield (D-80) HMS Sheffield.
Destróier tipo 42 classe Sheffield (D-118) HMS Coventry.
Fragata tipo 21 clase Amazon (F-184) HMS Ardent.
Fragata tipo 21 clase Amazon (F-170) HMS Antelope.
Navio logístico de desembarque (L-3005) RFA Sir Galahad.
Navio logístico de desembarque (L-3505) RFA Sir Tristam.
Porta-containers de grande porte Atlantic Conveyor.
Lancha de desembarque Foxtrot Four.
Total: 8
Navios avariados de consideração
Porta-aviões leve (R-05) HMS Invincible.
Porta-aviões leve (R-12) HMS Hermes. (*)
Destróier classe County (D-18) HMS Antrim.
Destróier classe County (D-19) HMS Glamorgan.
Destróier tipo 42 classe Sheffield (D-88) HMS Glasgow.
Destróier tipo 42 classe Sheffield (D-89) HMS Exeter.
Fragata tipo 22 classe Broadsword (F-90) HMS Brilliant.
Fragata classe Leander (F-56) HMS Argonaut.
Fragata tipo 21 classe Amazon (F-173) HMS Arrow.
Fragata tipo 12 classe Rothesay (F-126) HMS Plymouth.
Submarino classe Oberon (S-21) HMS Onyx. (acidente operacional)


Falklands, Campaign, (Distances to bases) 1982.jpg
Data2 de Abril a 14 de Junho de 1982
LocalIlhas Malvinas e Sandwich do Sul
ResultadoReino Unido manteve a posse das ilhas.
Combatentes
Argentina ArgentinaReino Unido Reino Unido
Comandantes
Mario Benjamín MenéndezJeremy Moore
Forças
Proximidade geográficaSuperioridade tecnológica
Baixas
649 mortos
1,068 feridos
11,313 aprisionados
---------
cruzador
1 submarino
4 cargueiros
barcos patrulha
1 traineira para espionagem
---------
25 helicópteros
35 caças
bombardeiros
aviões de carga
25 aviões de ataque ligeiro
9 traineiras armadas
255 soldados mortos[1] e 3 civis mortos
777 feridos
115 aprisionados
---------
destróieres
fragatas
2 navios logísticos de desembarque
1 navio porta-containers
---------
24 helicópteros
10 caças

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